A região do Vale do Rio Reno é uma das mais belas áreas da Europa, tanto em território alemão quanto francês. Oferecemos um roteiro de quatro dias baseado na bela cidade de Baden Baden no lado alemão, que se destaca por seus Spas de águas termais e atrações históricas. Desde Baden sugerimos visitar lugares encantadores, como a charmosa Estrasburgo (Straussbourg) do lado francês, a inusitada siderúrgica Völklingen Ironworks em Saarbrücken e a famosa e maravilhosa Floresta Negra ao sul da Alemanha.
Dia 1
Comece o primeiro dia em Baden Baden.
Graças ao seu clima ameno e fontes termais, Baden-Baden é uma das cidades termais mais conhecidas do mundo e um dos lugares mais populares para se visitar na Alemanha. Os spas ricos em minerais que tornaram a cidade famosa foram usados desde os tempos romanos e você pode visitar alguns desses locais bem como desfrutar das experiências fantásticas de spas como o Caracalla.
Baden Baden também é um destino popular para entusiastas do esporte, com muitos clubes de golfe e tênis, bem como esportes equestres, como corrida de cavalos. No verão, é um paraíso para caminhadas, enquanto no inverno, suas trilhas atraem esquiadores nórdicos. A rota turística Schwarzwald-Hochstrasse contorna as extensas florestas da cidade, tornando-a uma base perfeita para explorar a bela Floresta Negra.
Comece o dia na cachoeira Geroldsau de seis metros de altura que mergulha em uma piscina rochosa cercada por rododendros, um tipo de flor.
O pintor Gustave Courbet e o compositor Johannes Brahms, natural de Baden-Baden, encontraram inspiração neste local tranquilo e pitoresco, que pode ser alcançado por uma curta caminhada por um caminho ao longo do Grobbach. A cachoeira é o ponto de partida para diversos passeios no bosque por trilhas bem marcadas no bosque, uma ótima forma de começar o dia.
De lá, encantador Lichtentaler Allee, um parque localizado no coração de Baden-Baden. Com quase dois quilómetros e meio de extensão, a avenida da margem oeste do rio Oos segue um antigo caminho peatonal que data de meados do século XVII. É um local encantador para um passeio, entre mais de 300 variedades de árvores como castanhas, magnólias, limas, carvalhos e bordos. Um destaque é o Gönneranlage, um lindo jardim Art Nouveau com mais de 400 tipos diferentes de rosas.
Depois do parque, siga para o Castelo Hohenbaden (também chamado de Altes Schloss, ou Castelo Antigo), oferece uma vista impressionante de Baden-Baden e da paisagem circundante. Construído pelos Margraves de Limburg em 1102, a parte mais antiga do castelo é a construção superior, enquanto o castelo inferior gótico foi construído no início de 1400. No seu auge, no final de 1400, havia mais de 100 quartos, mas o castelo ficou em ruínas por séculos antes de sua estabilização e permanece uma ruína romântica até hoje.
Você pode ver detalhes decorativos, por exemplo, no piso térreo, um pilar mostra um brasão de anjos, e você pode visitar as masmorras e subir na torre para vistas panorâmicas sobre a Floresta Negra e o Vale do Reno. Uma interessante característica moderna é a harpa de vento de quatro metros no antigo Salão dos Cavaleiros, construída em 1999 pelo fabricante de harpas Rüdiger Oppermann. Suas cordas de náilon são ativadas quando a brisa está forte o suficiente.
Após o passeio pelo castelo, faça uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o charmoso restaurante Weinstrube Baldreit. O restaurante é especializado em vinhos da região e as mesas ficam distribuídas em um pátio arborizado. No cardápio, constam pratos como a flammkuchen, a pizza de massa fina alemã.
Após a refeição siga para o centro antigo de Baden Baden. Dedique algum tempo para passear pelos becos e vielas da compacta cidade velha de Baden-Baden. Essa é uma maneira perfeita de explorar sua arquitetura de influência barroca, bem como visitar as muitas pequenas joalherias e antiquários, galerias e cafés que compõem os encantos da cidade. Outros destaques incluem a igreja datada de 1467 assim como o Convento do Santo Sepulcro do século XVII que também merece uma visita, especialmente por sua elaborada grade que separa a Galeria das Freiras e os desenhos botânicos esculpidos no púlpito.
Para completar o passeio pelo centro da cidade, não deixe de conhecer o famoso Café König, que oferece as mais deliciosas sobremesas da região.
Depois de conhecer a cidade, reserve o restante da tarde para relaxar em um spa.
Há mais de 2 mil anos atrás, os romanos tiraram proveito das propriedades curativas das dezenas de fontes termais que borbulham sob a terra, e hoje 800.000 litros de água por dia alimentam o moderno e elegante Caracalla Spa.
O centro de terapia e banho de 4 mil metros quadrados do Caracalla Spa inclui duas piscinas circulares e uma grande fonte central, além de grutas de pedras quentes e frias, banheiras de hidromassagem, piscinas, saunas, um canal de corrente e jatos d’água, todos alimentados por nascentes , de onde a água sobe a temperaturas de 69 graus celsius, fazendo desse o local perfeito para relaxar.
No spa, não deixe de passar um tempo na área de banho e sauna, onde a temperatura da água termal varia de 18 ° C a 38 ° C. Além das piscinas atraentes, a espaçosa área interna possui uma gruta de pedra com piscinas quentes e frias, um relaxante banho de vapor aromático e uma sala de inalação de salmoura.
Na extensa área exterior encontra duas piscinas de mármore, um canal de água e duas jacuzzis. Aqui você também pode aproveitar a energia do sol enquanto relaxa em uma espreguiçadeira no gramado espaçoso para tomar banho de sol. Um destaque especial são as piscinas exteriores no inverno. Mesmo com neve no solo e baixas temperaturas, deitar e relaxar na água termal quente é um deleite maravilhosamente saudável.
À noite, você pode aproveitar um pouco da vida noturna da cidade. A cidade oferece diversas opções de entretenimento, como o fabuloso cassino Baden Baden, descrito pela atriz Marlene Dietrich como o mais lindo do mundo, que atrai visitantes de todas as partes ou ir a um concerto na Festspielhaus, a maior casa de ópera da Alemanha e uma das mais célebres da Europa.
Para o jantar, nossa recomendação é o restaurante francês com estrela Michelin Le Jardin de France.
Dia 2
Dedique o segundo dia para conhecer a cidade de Estrasburgo, na França. A cidade fica a menos de uma hora de distância de Baden Baden.
Comece o dia na catedral da cidade. Na cidade de Estrasburgo não há outro marco que poderia ser tão imperdível quanto a Catedral de Notre-Dame. Esta obra-prima gótica apresenta uma figura monumental graças ao seu elaborado exterior de arenito. Encontrada no centro histórico de Estrasburgo, a catedral foi concluída em 1439, após cerca de 400 anos de construção. Graças à sua torre elevada de 142 metros, a Catedral de Estrasburgo foi o edifício mais alto do mundo de 1647 a 1874.
Uma visita à catedral, entretanto, não está completa até que você entre para ver o seu imenso interior. Ao caminhar pelos corredores, você será banhado por uma luz multicolorida, cortesia dos vitrais vibrantes que decoram todos os lados do edifício. Depois, há a magnífica rosácea que fica logo acima da entrada. A outra grande descoberta dentro da catedral é o relógio astronômico. A complexa mecânica do relógio é mascarada por sua aparência atraente. Antes de sair, não perca a chance de ter uma vista panorâmica da cidade do topo da torre da Catedral.
Estando no meio da Grande Île, siga para explorar a ilha. Seguindo o que chamar a sua atenção, saia pelas ruas sinuosas da cidade e descubra Estrasburgo como quiser. Você poderia ir em busca de casas antigas deliciosamente fotogênicas como a Maison Kammerzell, conhecer os pequenos becos ou apreciar as atrações em torno de praças como a Place Gutenberg. E por se tratar de uma ilha, basta dar um passeio pela orla que circunda a Grande Île.
Depois do passeio, siga para a maior praça pública da cidade, a Place Kléber. Localizada na Grande Île, esta praça cênica oferece dicas das muitas faces de Estrasburgo. Com fontes borbulhando e muitas pessoas fazendo compras ou sentadas nos cafés locais, a Place Kléber é uma colmeia de atividades e uma ótima maneira de sentir o pulso da cidade como um todo.
Se há uma parte de Estrasburgo que deixa os visitantes totalmente pasmos, é o distrito de Petite France. Você encontrará a maioria dos turistas nessa região, mas entenderá o porquê assim que ver o que este bairro tem a oferecer. Petite France é uma combinação adorável de cursos de água e casas de enxaimel que, juntas, formam um dos locais mais bonitos da França. Para uma cena típica da Alsácia em Estrasburgo, não há lugar melhor para estar.
Conforme você vagueia por suas idílicas ruas de paralelepípedos, você será dominado por casas com estrutura de madeira, cada uma em um belo tom diferente. Na Petite France, antes que você perceba, você está perto de outro cartão-postal à beira-mar e cruzando uma charmosa ponte após a outra. Enquanto você cruza a ponte medieval fortificada de Ponts Couverts, pare por um momento e admire a Barrage Vauban, uma ponte de pedra coberta que fica sobre um açude no rio Ill.
Para o almoço, nossa sugestão é o restaurante Au Petit Bois Vert, localizado em frente a um dos canais da cidade. O menu é dedicado para pratos típicos da região da Alsácia, contando sempre com ingredientes frescos. O local ainda conta com uma enoteca e uma cervejaria.
Na margem mais distante da extremidade sul da Grand Île, fica um conjunto de casas bastante modestas que abriga o Museu Alsaciano da cidade. Você provavelmente não saberia, olhando para eles da rua, que os três edifícios eram enormes mansões em estilo renascentista. No entanto, isso muda conforme você passa por eles, atravessa as tábuas do piso, sobe escadas estreitas e vê o maravilhoso pátio que as une.
Já as exposições cobrem todos os aspectos do cotidiano de quem viveu na região durante os séculos XVIII e XIX. Até os cômodos das casas foram fielmente reconstruídos para combinar com a aparência da época. Tocando em todas as partes da vida das pessoas daquela época, tudo em um espaço tão dedicado, você realmente tem uma noção de como deve ter sido a vida uma vez na Alsácia.
De lá, siga para o Palais Rohan.
O Palais des Rohan é uma grande residência com fachadas majestosas e um interior decorado. O palácio já foi uma residência real, mas agora abriga três museus fascinantes, além de uma galeria. Dedique algum tempo para ver as exposições e as galerias do Museu de Belas Artes, do Museu Arqueológico e do Museu de Artes Decorativas.
Caminhe pelos grandes arcos e entre no prédio principal para ver seus salões majestosos. O palácio foi encomendado pelo bispo de Strasbourg em 1731. Desde então, a mansão hospedou muitos residentes famosos e hóspedes, a mais notável foi Maria Antonieta em 1770.
O porão do palácio abriga o Museu Arqueológico. Nesse museu o visitante pode ver a coleção do século XVIII do historiador Johann Daniel Schöpflin e objetos da Era Paleolítica, da Idade do Bronze e da época dos romanos.
O Museu de Artes Decorativas fica no piso térreo. Caminhe pelas luxuosas câmeras barrocas e rococós e admite as belíssimas peças de porcelana, ouro e prata da região da Alsácia.
No piso do primeiro andar fica o Museu de Belas Artes, com pinturas de grandes mestres, como Botticelli, Giotto e Piero di Cosimo. Uma ala lateral do palácio abriga a Galerie Robert Heitz na qual são feitas exposições temporárias.
No final da tarde, faça um passeio pela Cave Historique des Hospices, uma adega abaixo do hospital de Estrasburgo que está em operação desde 1395. Você pode visitar aqui por conta própria ou fazer uma visita guiada para saber mais sobre esta adega histórica.
Esta magnífica adega abobadada de 1200 m² contém alguns tesouros entre os seus tonéis. Entre eles um barril exclusivo para o rei Luís XVI que foi salvo na Revolução Francesa e três tonéis datados de 1472, 1519 e 1525. O mais antigo tem o título de vinho branco mais antigo do mundo e só foi provado em 3 ocasiões: em 1576 com os aliados de Zurique durante o Hirsebreifahrt, em 1718 com a reconstrução do hospital e depois em 1944 por General Leclerc, na libertação de Estrasburgo. Análises foram feitas em 1994 e 2017 e o líquido continua sendo vinho, embora possua características singulares, como o alto pH que pode causar úlcera a quem ingerir.
Depois de ver a galeria de barris e passear pelas cavernas, você pode navegar por uma variedade deslumbrante de vinhos locais e regionais e fazer uma degustação no local.
Para o jantar, a nossa sugestão é o restaurante L’Ancienne Douane, localizado próximo a Catedral da cidade. O restaurante é instalado em um edifício histórico onde funcionava a Aduana de Estrasburgo. No menu, são servidos pratos clássicos da culinária na região da Alsácia.
Dia 3
Dedique o terceiro dia para conhecer a cidade de Saarbrücken, capital do Estado de Saarland, região que foi durante séculos palco de disputa principalmente entre Alemães e Franceses.
Mesmo estando ao lado da fronteira francesa, Saarbrücken é a capital da região Saarland na Alemanha. A cidade foi separada da Alemanha por duas vezes no século XX, o que a torna única para ser explorada. Com sua paisagem plana, rio Saar encantador e vinhos deliciosos, Saarbrücken atrai muitos visitantes todos os anos.
Situada a 160Km de distância de Baden Baden, saia cedo para aproveitar bem o dia. Chegando em Saarbrücken, comece o passeio visitando a Ludwigskirche, uma obra prima do artista barroco Friedrich Joachim Stengel.
Na década de 1760, Stengel foi contratado por William Henry, Príncipe de Nassau-Saarbrücken, para construir não apenas esta igreja, mas também a praça circundante, tudo como uma única obra harmoniosa. O resultado é um dos pontos altos da arte barroca alemã, bem como uma das igrejas protestantes de destaque na Alemanha.
Do lado de fora você encontrará estátuas dos quatro evangelistas nos nichos, enquanto nas balaustradas estão 28 figuras entre profetas, apóstolos e outras figuras da Bíblia. O interior é totalmente branco e adornado com estuque delicado, com galerias nos quatro lados. Stengel esteve envolvido no projeto dos palácios ao redor da igreja (oito permanecem até hoje), até as maçanetas.
De lá, siga para o Museu de História Regional para conhecer mais sobre a história cultural, econômica e social da região do Rio Saar. A exposição permanente é centrada no período entre 1870 e o final dos anos 1950 e é a porta de entrada para uma parte de Saarbücken que é muito mais antiga do que isso. Escondida a 14 metros de profundidade, as ruínas da fortaleza medieval e as casamatas de 500 anos levam você a tempos passados ??e dão a oportunidade de vislumbrar uma masmorra antiga, passagens secretas e um fosso de castelo.
Ao lado do museu está localizado o Castelo de Saarbrücker, também projetado pelo mestre Friedrich Joachim Stengel como o centro da atual Altsaarbrücken. Os eixos deste primeiro planejamento urbano encomendado pelo Príncipe Wilhelm Heinrich foram preservados até hoje e são claramente visíveis.
Completamente destruído após a Segunda Guerra Mundial, na década de 1980 o Castelo de Saarbrücken foi fundamentalmente renovado com base no projeto de Stengel do século XVIII. O que o torna único e inconfundível é sua estrutura central de vidro pós-moderna, projetada pelo único vencedor do Prêmio Pritzker da Alemanha, Prof. Gottfried Boehm. Hoje o local é utilizado para eventos privados, mas vale a pena fazer a visita pelo lado de fora.
Ainda na Schlossplatz, não deixe de visitar o Museu de Pré-história e História Antiga é um dos museus históricos mais importantes da região e mostra os destaques da Coleção de Antiguidades do Estado de Saarland. A coleção conta com peças desde o machado de mão da Idade da Pedra a testemunhos de celtas e romanos a broches medievais feitos de ouro e pedras preciosas. A exposição é constantemente atualizada com as últimas escavações feitas na região.
O tesouro da coleção é o túmulo da princesa celta de Reinheim, que é um dos achados mais preciosos do gênero na Alemanha, é uma atração única da apresentação permanente. Criado por volta de 370 aC, inclui joias de ouro decoradas com maestria e várias outras adições preciosas de âmbar e bronze. As coloridas pinturas de parede, que vêm de uma magnífica villa romana em Mechern e mostram a luta de gladiadores, também são espetaculares.
Para o almoço, nossa sugestão é o Café am Schloss, um dos restaurantes mais bucólicos da cidade e local perfeito para se deliciar com a culinária francesa – quiche lorraine, sopa de peixe provençal ou uma salada de queijo de cabra com croûtons estão no menu, bem como regulares pratos de massa e favoritos alemães ricos em carne. Se o tempo estiver bom, não deixe de fazer sua refeição no biergarten.
Após o almoço, visite a impressionante Völklingen Ironworks, a única fábrica de processamento de ferro do mundo que restou conservada desde a era de ouro da indústria do ferro e do aço, nos séculos XIX e XX. A gigantesca instalação siderúrgica, que ocupa uma área de 600.000 metros quadrados, foi o primeiro monumento industrial a ser declarado patrimônio mundial da UNESCO, em 1994, e é hoje um centro cultural e parque temático.
Em 1986, depois de mais de cem anos processando milhões de toneladas de ferro bruto, a siderúrgica de Völklingen foi fechada, sendo tombada pelo patrimônio histórico logo em seguida e, apenas oito anos mais tarde, foi declarada patrimônio mundial da UNESCO. A casa de ventiladores, com suas máquinas enormes e uma área de mais de 6.000 metros quadrados, a planta siderúrgica com seis altos fornos gigantescos e o elevador inclinado, único no mundo, são destaques do prodígio tecnológico da engenharia do início do século XX, assim como a plataforma de carga a quase 30 metros de altura, de onde os fornos eram alimentados com coque e minério.
Hoje, a plataforma é usada para apreciar a vista e é uma das estações mais impressionantes no passeio de aproximadamente seis quilômetros pela planta, seguindo uma sinalização perfeita que permite conhecer a instalação por conta própria. De alguns anos para cá, o espaço é usado também para a realização de eventos culturais, desde concertos de rock ao ar livre até exposições sobre o fogo, o ferro e o aço, como as que se encontram no “Ferrodrom”, o primeiro centro de ciências da região.
Depois de visitar Völklingen Ironworks, retorne ao centro de Saarbrücker e caminhe pela Alte Brücke (ponte velha) e pelo State Theatre em direção à St. Johanner Market Square. A pitoresca praça é o epicentro da vida pública de Saarbrücken. Bares, bistrôs e cafés criam um ambiente animado, especialmente nos meses de verão.
A partir dali, não é longe para mais duas maravilhas arquitetônicas. A Câmara Municipal é uma visão bastante imponente com suas varandas com dossel e estatuetas de arenito. Em segundo lugar está outra das obras de Stengel – a Basílica de São João foi meticulosamente reconstruída após a Segunda Guerra Mundial e agora ostenta o título honorário de Basílica Menor. Reserve algum tempo para olhar os detalhes, o portal de bronze e o órgão gigante dentro em particular.
Passe o resto da tarde vagando pelo distrito comercial. Você encontrará muitas e muitas oficinas de artistas, pequenas butiques e lojas especializadas ao longo do caminho. Vale a pena visitar Fröschengasse. Outrora repleta de casas de trabalhadores e artesãos encostadas à antiga muralha da cidade, a viela foi construída em estilo barroco e hoje abriga muitos restaurantes com pátios bonitos.
Para o jantar, a nossa recomendação é o Stiefel Bräu, dedicado às especialidades regionais e nacionais alemãs, como escargots, schnitzel, e cerveja artesanal.
Dia 4
Dedique o quarto dia de viagem para conhecer Freiburg e para conhecer um pouco da região da Floresta Negra.
Os Irmãos Grimm ambientaram muitos de seus contos de fadas na famosa Floresta Negra na Alemanha – e dirigir por esta área permitirá que você vivencie a magia dos contos de fadas.
O “negra” em seu nome é na verdade um termo impróprio, já que a Floresta Negra está repleta de uma vegetação esverdeada. O nome da região foi realmente concedido pelos romanos, que aludiam às profundezas desconhecidas da floresta. A “escuridão” da região moderna vem, na verdade, da sombra das numerosas bétulas e pinheiros que cobrem toda a encosta da montanha.
É altamente recomendável que você dirija pelas estradas florestais. Recomendamos que você pegue o High Forest Ridgeway da Floresta Negra (também conhecido como Schwarzwaldhochstrasse ou Rota B500), que o levará para a parte norte da região. Você deve começar em Baden-Baden e dirigir até Freudenstadt para desfrutar da paisagem única dentro da Floresta Negra.
Saindo de Baden-Baden, o primeiro ponto que vale a pena parar é Museu ao Ar Livre da Floresta Negra, localizado na cidade de Gutach.
Ao viajar pela região, você com certeza verá várias casas de fazenda típicas de vários andares, com seus telhados gigantes inclinados e vigas pendentes. Para saber mais sobre eles, bem como para fazer um tour de seu celeiro no térreo até suas fileiras de alimentos secando sob as vigas do sótão, pare no Museu ao Ar Livre da Floresta Negra.
A casa da fazenda e seus chalés e anexos foram trazidos de seus locais originais e, juntos, formam uma típica aldeia agrícola da Floresta Negra. No local, você pode ter uma visão de perto das técnicas de agricultura e construção, como fazer telhado de palha e fazer queijo, bem como habilidades caseiras, como tecer e cozinhar a lenha. O café no local serve especialidades tradicionais da Floresta Negra, incluindo o famoso bolo de chocolate.
De lá, siga para Triberg, cidade localizada diretamente na linha ferroviária da Floresta Negra e é famosa pelas cachoeiras mais altas da Alemanha, que têm uma queda total de 163 metros em 7 cascatas. A área ao redor da entrada das cachoeiras é uma reminiscência da região da Baviera, no centro da cidade, muitas lojas oferece ao número ainda maior de turistas relógios de cuco, esculturas em madeira, souvenirs, bem como alguns pratos que são oferecidos na região.
No entanto, embora a cidade seja encantadora, o destaque são as cachoeiras, acessíveis através de uma trilha curta, que termina em um mirante que oferece sete pontos de vista diferentes com vista para o rio enquanto a água despenca 163 metros de piscina em piscina. A sucessão de cascatas e cachoeiras cria um conjunto de vistas em constante mudança conforme você escala, e vale a pena ir até a ponte de madeira no topo para ver as vistas da ravina rochosa.
Da cachoeira, siga até a cidade de Furtwangen im Schwarzwald para visitar o Black Forest Cuckoo Clocks, um museu dedicado a história dos relógios cuco.
O mais duradouro e cativante exemplo de arte popular da Floresta Negra também carrega uma longa tradição de artesanato requintado. A história deles começa em 1600, quando fazendeiros pobres ganharam renda adicional criando esculturas em madeira com árvores locais abundantes. Eles esculpiram relógios elaborados com figuras móveis e, como os relógios de metal eram caros, eles também os fizeram de madeira. A região logo se tornou conhecida por seus relógios meticulosamente trabalhados e lindamente esculpidos, e sua característica marcante, qualquer que fosse seu tamanho ou complexidade, era o passarinho que apareceu e disse “cuco” a cada hora.
O Museu organiza exposições temporárias e permanentes de vários tipos de relógios: um calendário da Idade da Pedra, cronômetros de cozinha simples, um relógio de altar barroco, uma máquina de ponto, um relógio atômico, o primeiro relógio de pulso controlado por rádio, relógios cuco, torre relógios e muitos mais. Possui exposição permanente desde 2010, com 1.400 metros quadrados de área, detalhando o desenvolvimento de relógios e outros relógios e o próprio conceito de cronometragem. Os museus se distinguem por exibir não apenas relógios, mas também outros instrumentos relacionados à fabricação de relógios.
Do museu, siga para o lago Titisee, o lago mais alto da Floresta Negra.
Titisee é um dos lugares mais procurados pelas famílias, com uma ampla gama de possibilidades de entretenimento. Suas margens são uma agradável mistura de florestas e alojamentos, portanto, embora haja muitos lugares para se hospedar, o lago mantém sua paisagem natural. A Seestraße em Titisee-Neustadt é um calçadão, onde você pode passear entre a costa e uma seleção de lojas e cafés, ou para fazer uma caminhada na trilha ao redor do lago. Você também pode alugar uma bicicleta para percorrer o caminho ao redor do lago ou alugar quase qualquer tipo de barco pequeno, de barcos a motor a caiaques, pranchas de stand up paddle e pedalinhos.
De lá, siga para Höllental, um vale estreito de aproximadamente 9km de extensão e parcialmente cercado por penhascos com altura de até 600 metros.
Também conhecido como Vale do Diabo, o trecho de estrada de nove quilômetros entre Freiburg e Hinterzarten desce abruptamente em um desfiladeiro estreito cercado por encostas muito íngremes e densamente arborizadas. A cena é tornada ainda mais bonita pelos altos arcos de pedra de um viaduto que paira 190 pés acima, carregando a ferrovia Devil’s Valley.
Um caminho leva mais longe no vale até a histórica Capela de St. Oswald, a primeira igreja da área, construída em 1148. Durante quatro finais de semana em dezembro, a encosta íngreme sob os arcos de pedra do viaduto é o local do Mercado de Natal da Garganta de Ravenna, uma das joias escondidas da Floresta Negra.
Depois de conhecer a região, siga para Freiburg, uma pequena cidade universitária que abriga 6 universidades e é frequentemente referida como a capital do sol da Alemanha porque tem mais horas de sol do que em qualquer outro lugar no país. Com todo esse sol, Freiburg gera muita energia solar e é uma das cidades mais sustentáveis ??do mundo.
Antes de começar a passear pela cidade, faça uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o restaurante Ganter Brauereiausschank que oferece aos visitantes uma sessão de nostalgia alemã em seu restaurante e cervejaria alemã tradicional, em funcionamento desde 1530. O restaurante histórico atrai visitantes que procuram experimentar a grande tradição da fabricação de cerveja Ganter, exclusiva do estabelecimento. Além de uma grande seleção de cervejas especiais, a cozinha aconchegante também serve pratos típicos da região, incluindo sopa de raiz-forte, cortes de porco suculentos, schnitzel e ravióli da Suábia.
Saindo do restaurante você já terá a visão da peça central da paisagem arquitetônica de Freiburg, a Freiburg Minster, a igreja românica do século XIII.
A igreja levou quase 300 anos para ser construída, mas os arquitetos não pouparam despesas. A torre de 116 metros é linda e a arte da fachada é impressionante. As 418 figuras de pedra esculpidas no portal apenas nos anos 1200 são de tirar o fôlego. Apesar da destruição em torno da Münsterplatz em 1944, a catedral sobreviveu com apenas pequenos danos. Você pode subir até a plataforma de observação de 70 metros para uma vista incrível da cidade abaixo e da Floresta Negra ao redor.
Ao redor da catedral, há uma praça de pedestres de paralelepípedos, cercada por monumentos históricos e cenário de um mercado que comercializa todos os dias da semana, exceto aos domingos.
A praça foi quase totalmente arrasada por bombas em 1944, mas junto com a catedral, um dos prédios intactos foi o Wentzingerhaus, na margem sul da praça. Esta mansão barroca foi construída em 1761 pelo pintor, escultor e arquiteto Johann Christian Wentzinger e agora abriga um pequeno museu sobre a cidade.
Também no lado sul da Münsterplatz está um magnífico edifício renascentista construído como armazém de mercado. O corredor é imperdível por sua fachada carmesim e azulejos estampados em suas janelas de sacada.
No seu formato atual, com empenas em degraus e arcada no rés-do-chão, o edifício data do início da década de 1530. As quatro estátuas acima da varanda de acesso na fachada representam três Sacro Imperadores Romanos e o filho de um deles que morreu antes do pai, então nunca chegou a ser rei. Sob as janelas da sacada, é possível conferir os brasões dos cinco domínios sob o controle da Casa de Habsburgo. Estas, junto com as estátuas, foram esculpidas pelo artista renascentista Hans Sixt von Staufen.
Dali, siga andando pelas pequenas ruas do centro da cidade até chegar no Schwabentor, o mais novo dos dois portões medievais de Freiburg que foi erguido em meados do século XIII.
A torre tem três andares e foi construída em arenito vermelho. A parte da escada e os prolongamentos em enxaimel são um pouco posteriores, do século XVI. Do lado da cidade, você pode ver uma pintura barroca de 1672 de um comerciante. Isso logo se tornou o assunto de uma lenda sobre a cidade sobre um comerciante que tentou comprar Freiburg com sacos do que ele pensava ser ouro, mas foi substituído por areia e pedrinhas por sua esposa.
Seguindo pela Gerberaustrasse, você chegará ao Martinstor, o mais antigo dos dois portões da cidade, datado de 1202.
O portão era uma ponto central das fortificações medievais, mas quando as muralhas da cidade foram redesenhadas em 1600, ele se tornou obsoleto. O terço inferior da torre do portão é todo original, enquanto os andares superiores datam da virada do século XX e foram reconstruídos por uma cobertura de estilo gótico. Do lado da passagem da cidade há uma placa que homenageia três mulheres queimadas como bruxas na cidade em 1599.
Ao virar da esquina do Martinstor está uma atração culinária melhor descrita como uma praça de alimentação internacional. São mais de 20 barracas que preparam especialidades de todo o mundo, para que você possa degustar a culinária italiana, chinesa, argentina, japonesa, indiana, brasileira ou do Oriente Médio. O local é ótimo para tomar uma cerveja ou café enquanto se observa a arquitetura.
Depois de conhecer o centro histórico de Freiburg siga para Schauinsland, uma montanha com 1284 metros de altura.
A Schauinsland fica a apenas dez quilômetros do centro histórico e é muito frequentada por seu teleférico. O Schauinslandbahn é o teleférico mais longo da Alemanha, com 3,6 quilômetros de extensão e uma subida vertical de mais de 700 metros. A viagem até o topo da montanha dura 15 minutos. No cume da montanha, você pode olhar para o oeste para os Vosges arredondados e para o sul para os picos dos Alpes ao norte.
Para o jantar, recomendamos o restaurante Wolfshöhle localizado em Freiburg que recebeu uma estrela Michelin. No menu, os pratos oferecidos são de culinária moderna. Para retornar a Baden-Baden, pegue a autobahn A5, a viagem dura cerca de 1h20.