BERLIM, Alemanha – 3 dias Perfeitos

Berlim tem tudo. Cultura vibrante, comida fabulosa, festas incríveis e toneladas de história, tornando-a uma das melhores cidades para se visitar na Europa. Desde explorar os terrenos do palácio prussiano de Charlottenburg, vagar ao longo do Muro de Berlim ou se emocionar ao presenciar locais de relação direta com o planejamento do terrível Holocausto, a história de Berlim é incrivelmente tangível.

É importante ter em mente que todo ponto da cidade está rodeado de história. Esse fator, somado com a diversidade cultural e a beleza arquitetônica clássica da cidade faz com que Berlim seja um destino único no mundo, agradando desde os mais jovens até os mais velhos, que certamente irão se encantar com a cidade.

 

Dia 1

Comece o primeiro dia na Potsdamer Platz, um dos maiores centros culturais de Berlim, considerado o coração da cidade nos anos 1920 mas que sofreu severamente durante as guerras e a divisão do Muro.

Desde a reunificação, o que costumava ser um deserto com o Muro de Berlim se tornou um bairro completamente novo. A Potsdamer Platz Arkaden, com suas muitas lojas, é um local popular para fazer compras na cidade, onde você pode pegar o elevador mais rápido da Europa até o Panoramapunkt na Torre Kollhof e desfrutar de uma vista fantástica do horizonte de Berlim.

Em fevereiro, a Potsdamer Platz está no centro da Berlinale, o festival de cinema de Berlim que acontece no Sony Center, um centro comercial que conta com cinema, restaurantes e lojas, que além desses pontos, é muito interessante de se visitar por conta da sua arquitetura inovadora.

O apogeu da praça foi no início do século 20, quando ela estava agitada e com tráfego intenso. Em 1924, os primeiros semáforos na Europa continental foram instalados para orientar os ônibus, bondes, ônibus e carros. A elite cultural se reunia nos cafés e restaurantes ao redor da praça.

A Segunda Guerra Mundial deixou a praça arrasada e foi o ponto de encontro dos setores soviético, britânico e americano. Em seguida, foi dividido pelo Muro de Berlim, o que significa que passou mais de 40 anos abandonado – um terreno baldio entre o Oriente e o Ocidente. O único prédio que não foi destruído pelas bombas foi o Weinhaus Huth. Após a reunificação, surgiu a oportunidade única de se construir um novo bairro completo no centro da cidade. Em 1991, o concurso para projetar Potsdamer Platz e Leipziger Platz foi vencido pelos arquitetos Heinz Hilmer e Christoph Sattler. O conceito baseava-se no modelo de “cidade europeia”, que rejeitava explicitamente as densas concentrações de edifícios altos.

No inverno, a Potsdamer Platz se transforma de maneira grandiosa, com a maior pista de tobogã da Europa, uma pista de patinação no gelo, curling e uma cabine de festas après-ski.

Na Potsdamer Platz também está localizado uma das atrações mais interessantes da cidade, o German Spy Museum.

O museu permite que você explore o excitante universo de agentes e do serviço secreto. Usando tecnologia de ponta, você pode experimentar uma jornada multimídia através da história da espionagem. Sua jornada começa com escrituras secretas da antiguidade e termina no presente, com o recente debate na NSA. Você obtém informações sobre técnicas de espionagem elaboradas, casos lendários e operações secretas espetaculares. Ouça ex-agentes falando sobre suas vidas secretas. O Museu Alemão da Espionagem de Berlim é o único museu desse tipo na Alemanha, com boa parte da exposição sendo interativa.

Entre os objetos expostos no German Spy Museum Berlin, estão guarda-chuvas com flechas envenenadas integradas, luvas que escondem uma pistola e sapatos com escutas no calcanhar. As telas sensíveis ao toque permitem que você visualize esses objetos bizarros de diferentes ângulos. As telas também oferecem informações interessantes sobre as próprias exposições. Você pode até ver o que é preciso para se tornar um agente ultrassecreto – hackear computadores e decifrar códigos. Teste sua agilidade no emocionante percurso a laser e sentir-se como um agente secreto.

Em seguida, siga pela Ebertstrasse por alguns quarteirões até o Memorial do Holocausto, um emocionante memorial de reflexão, lembrança e advertência.

Em 1999, após longos debates, o parlamento alemão decidiu estabelecer um memorial central, o Memorial aos Judeus Mortos da Europa. O concurso para projetá-lo foi ganho pelo arquiteto americano Peter Eisenman. O memorial foi inaugurado cerimonialmente em 2005.

Em um local de 19.000 metros quadrados, Eisenman colocou 2.711 lajes de concreto de diferentes alturas. A área está aberta 24hs e dos quatro lados, você pode mergulhar totalmente na estrutura espacial totalmente acessível. O memorial está em uma ligeira inclinação e sua forma ondulada é diferente onde quer que você esteja. O piso de concreto irregular dá a muitos visitantes um momento de tontura ou mesmo incerteza. Sua abertura e abstração oferecem espaço para confrontar o tema de sua maneira pessoal. A dimensão da instalação e a falta de um ponto central de memória põe em causa o conceito convencional de memorial. Não é incomum ver turistas andando pelo local e discutindo qual foi a sensação que o arquiteto quis transmitir aos visitantes que passam pelo memorial.

No subsolo funciona um museu dedicado as histórias de algumas das vítimas, também projetado por Eisenman. Em um espaço de 800 metros quadrados, você encontra informações sobre as vítimas e os locais. Salas temáticas como a Sala das Dimensões, a Sala das Famílias, a Sala dos Nomes e a Sala dos Sítios tratam do destino dos indivíduos, com fotografias, diários e cartas de despedida. Biografias curtas tiram as vítimas de seu anonimato. Fotografias históricas e filmagens mostram os locais de perseguição e extermínio. É uma visita bastante comovente, no entanto extremamente necessária para quem tem interesse em saber mais sobre esse terrível período histórico.

Dali, siga para o Portão de Brandenburgo, localizado ao lado do memorial.

O Portão de Brandemburgo é um dos monumentos mais importantes de Berlim – um marco e um símbolo com mais de duzentos anos de história. Erguido em 1791, esse antigo símbolo da cidade dividida atraiu visitantes que costumavam subir uma plataforma de observação para ter um vislumbre do mundo atrás da Cortina de Ferro, do outro lado da estéril “faixa da morte” que separava Berlim Oriental de Berlim Ocidental, geográfica e politicamente. Foi nesse local que em 12 de junho de 1987 Ronald Regan emitiu seu comando severo ao seu adversário da guerra fria admoestando-o com as palavras: “Sr. Gorbachov – derrube esta parede!”. Além desses fatos da história mais recente, o local já foi um ponto de encontro para as paradas durante o regime nazista e hoje é um símbolo da nova Berlim, que é livre e culturalmente diversa.

O Portão de Brandemburgo fica em frente à Pariser Platz, considerada uma das praças mais atraentes da cidade. No final da Segunda Guerra Mundial, os edifícios em torno desta praça histórica estavam em ruínas. A reconstrução nesta localização privilegiada só começou na década de 1990 após a reunificação alemã, e os edifícios agora incluem elegantes casas de cidade, embaixadas e o impressionante Hotel Adlon de cinco estrelas.

O Max Liebermann Haus e o Haus Sommer, situados à esquerda e à direita do Portão de Brandemburgo, foram projetados como um par em um estilo inspirado na arquitetura do mestre construtor prussiano e arquiteto da corte Friedrich August Stüler. Este local histórico também abriga dois outros edifícios proeminentes que abrigam as embaixadas da França e dos Estados Unidos.

Dali, siga para a Gendamenrmarkt, considerada a praça mais bonita de Berlim.

O bairro de Friedrichstadt foi construído por Friedrich I no final do século 17 de acordo com os planos de Johann Arnold Nering. Seus principais residentes eram refugiados da França, razão pela qual a comunidade protestante francesa recebeu uma igreja na praça e a congregação luterana a outra. A praça recebeu o nome do regimento de cuirassier “Gens d’armes”, cujos estábulos foram demolidos por Friedrich II. Entre as duas igrejas foi construído um novo teatro, agora conhecido como Konzerthaus Berlin.

Gendarmenmarkt é o cenário romântico para a série de concertos Classic Open Air. Nos degraus do Konzerthaus as orquestras tocam clássicos animados enquanto o sol se põe lentamente em uma amena noite de verão. Durante as festas de fim de ano, um charmoso mercado de Natal é realizado no Gendarmenmarkt. As cabines de madeira cuidadosamente decoradas oferecem itens de artesanato tradicional e deliciosas especialidades de Natal.

Depois de conhecer a praça, faça uma pausa para o almoço no Augustiner am Gendarmenmarkt, restaurante da cerveja mais popular da cidade. O tradicional restaurante, especializado em culinária da região da Bavária, tem um cardápio repleto de deliciosos pratos e cervejas. O destaque do local vai para a grande variedade de salsichas – entre elas a salsicha branca da região da Bavária, acompanhada de mostarda doce e pão pretzel e o delicioso joelho de porco com chucrute.

Após a refeição, siga para outro ponto muito importante da cidade, o Checkpoint Charlie.

Localizado na esquina da Friedrichstraße e Zimmerstraße, esse local é uma lembrança da antiga passagem de fronteira durante a Guerra Fria e da divisão de Berlim. A barreira e o posto de controle, a bandeira e os sacos de areia são todos baseados no local original, se tornando um dos lugares mais populares de Berlim para fotos.

O nome Checkpoint Charlie vem do alfabeto fonético da OTAN (Alfa, Bravo, Charlie). Depois das passagens de fronteira em Helmstedt-Marienborn (Alpha) e Dreilinden-Drewitz (Bravo), o Checkpoint Charlie foi o terceiro posto de controle aberto pelos Aliados em Berlim e nos arredores.

Tornou-se o ponto de passagem mais famoso entre a Alemanha Oriental e Ocidental. Em setembro de 1961, os guardas aliados começaram a registrar membros das forças americanas, britânicas e francesas antes que as viagens a Berlim Oriental e os turistas estrangeiros pudessem saber sobre sua estada lá. Uma vez que o posto de controle foi designado um ponto de passagem para membros das Forças Armadas Aliadas, um mês depois, em outubro de 1961, tornou-se palco de um confronto de tanques. Tanques americanos e soviéticos tomaram posição e se enfrentaram com armas preparadas.

O Checkpoint Charlie não foi apenas um importante local da Guerra Fria, mas também testemunhou inúmeras tentativas de fuga de Berlim Oriental. Uma exposição ao ar livre na esquina da Schützenstraße com a Zimmerstraße conta a história daqueles que falharam e daqueles que tiveram sucesso. Uma instalação do artista Frank Thiel e uma placa comemorativa também marcam o memorial.

No local existe o Mauermuseum, que conta as histórias de pessoas que fugiram da Alemanha Oriental e a história do Muro de Berlim.

Durante uma noite em 1961, as autoridades da Alemanha Oriental começam a construir um muro em Berlim. Pelos próximos 30 anos, essa não foi apenas a linha divisória entre capitalismo e comunismo, mas também entre famílias. Com mais de 155 km de extensão e equipado com torres de vigia, o Muro isolou Berlim Ocidental do resto do mundo. O ícone da resistência Rainer Hildebrandt começou a registrar suas histórias, iniciando o museu em seu apartamento em 1962.

Um ano depois, o museu é transferido para um prédio adjacente ao Checkpoint Charlie, onde está localizado até hoje. O museu de Hildebrandt logo se tornou um ponto focal para fugitivos, ajudantes, jornalistas e manifestantes. Ao passar dos anos, os ajudantes forneceram veículos, ferramentas e lembranças pessoais ao museu. Lá você pode ver de perto os métodos inventivos que as pessoas usaram para tentar atravessar o muro, como um compartimento de bagagem escondido em um carro, um minissubmarino e um balão de ar quente. Alguns desses métodos realmente funcionaram, e o museu apresenta ao visitante como isso aconteceu.

Depois do passeio, siga pela Zimmerstrasse por um quarteirão até chegar em um dos maiores trechos intactos do Muro de Berlim no centro da cidade.

Durante o passeio pela cidade, não deixe de provar uma das comidas de rua mais típicas de Berlim, a berliner currywurst. O prato consiste em uma salsicha alemã fatiada, coberta com molho de tomate a base de curry. Pode ser servido com batatas fritas, é muito fácil de encontrar em qualquer parte da cidade.

No local existe uma exposição com fotografias de como aconteceu a construção e a queda do muro. No entanto, embora o local seja conhecido pelo trecho de 600 metros do muro, a atração mais famosa do local é o museu Topografia do Terror, localizado no local onde entre 1933 e 1945 estavam os principais instrumentos de perseguição e terror nazista: a sede da Gestapo, o alto comando e serviço de segurança da SS e, a partir de 1939, o Escritório Central de Segurança do Reich.

A exposição permanente fala sobre essas instituições e os crimes que foram organizados nesse local. Em cinco locais, fotografias e documentos ilustram a história desde a época em que os nazistas assumiram o poder até o fim da guerra por toda a Alemanha.

Uma segunda exposição permanente nas trincheiras escavadas ao longo da Niederkirchnerstraße examina o papel de Berlim como a capital do “Terceiro Reich”. Painéis de exibição contam a história de Berlim na república de Weimar, Berlim sob os nazistas e durante a guerra e as consequências do regime nazista. Os painéis de vidro permitem que você observe as escavações no local, feitas após o fim da Guerra.

Para encerrar o dia, recomendamos o restaurante Alt Berliner Wirtshaus Henne para jantar. O restaurante foi aberto em 1907 e é muito tradicional na cidade com os pratos típicos alemães.

 

Dia 2

Comece o segundo dia na Bebelplatz, uma das praças mais marcantes e históricas de Berlim.

Em Bebelplatz existem edifícios notáveis ??como o Staatsoper Unter den Linden, a Catedral de Santa Edwiges, o Hotel de Rome, o Alte Bibliothek, o Altes Palais e o Prinzessinnenpalais. O local foi originalmente chamado de Platz am Opernhaus, e mais tarde Kaiser-Franz-Joseph-Platz. Os berlinenses ainda a chamam de Opernplatz, embora em 1947 as autoridades a tenham renomeado em homenagem ao político do SPD, August Bebel.

Em 10 de maio de 1933, a Bebelplatz tornou-se um marco na história mundial. Membros da União de Estudantes Alemães nazistas organizaram uma queima de livros, jogando importantes obras da literatura mundial no fogo. Obras de autores como Heinrich e Thomas Mann, Erich Kästner, Stefan Zweig, Heinrich Heine, Karl Marx e Kurt Tucholsky foram todos queimados. No memorial localizado na praça existe uma biblioteca subterrânea visível através de uma placa de vidro que mostra prateleiras de uma biblioteca vazia, como uma lembrança daqueles que foram queimados em 1933.

Dali, atravesse a Schlossbrücke e siga até a Berliner Dom, a catedral de Berlim.

A história da Berliner Dom remonta ao século XV. Os edifícios originalmente faziam parte do Palácio da Cidade de Berlim. No início do século XIX, um arquiteto transformou a igreja da corte em um edifício neoclássico e cinquenta anos depois, as estruturas mudaram e a catedral foi remodelada à imagem das outras grandes catedrais da Europa. A igreja foi severamente danificada durante a Segunda Guerra Mundial. Após a divisão da Alemanha, a Igreja Catedral ficava em Berlim Oriental. As obras de restauração da igreja começaram ali em 1975 e foram finalizadas apenas em 1993.

A Igreja Catedral é dominada por uma cúpula monumental coroada por uma lanterna com uma cruz dourada e ladeada por quatro torres. O arquiteto inspirou-se na Alta Renascença italiana e no estilo barroco mais florido. As obras de arte mais notáveis da igreja ??são o altar de mármore e ônix e a pia batismal de mármore branco. Na Capela Baptismal e Matrimonial, também vale a pena ver a pintura monumental da Descida do Espírito Santo de Carl Begas.

O museu exibe desenhos, projetos e modelos que ilustram a história da Berliner Dom. Em particular, os modelos walk-in dão uma impressão impressionante do interior da igreja. E para ter uma impressão maravilhosa do exterior, você pode subir até o mirante externo da cúpula – e ser recompensado por algumas vistas panorâmicas deslumbrantes de Berlim.

A Museumsinsel ou a Ilha dos Museus de Berlim é uma ponta de uma ilha do rio Spree que abriga cinco museus mundialmente renomados, bem próximos uns aos outros. No total são cinco museus: o Altes Museum, a maior coleção europeia sobre arte antiga grega e romana; o Neues Museum, que abrange em suas coleções artefatos sobre os Tesouros de Tróia e Príamo (rei de Tróia durante a guerra de Tróia), Egito Antigo, pré história e história recente; a Alte Nationalgalerie, uma rica exposição de pinturas e esculturas europeias contendo obras de artistas como Monet, Renoir e Cézanne; o Bode Museum, que apresenta uma vasta coleção de arte bizantina e o Pergamon Museum, que apresenta coleções da antiguidade clássica, antigo oriente e arte islâmica. Como é impossível visitar todos os museus em um curto espaço de tempo se você tiver que escolher um único museu recomendamos a visita ao Pergamon Museum, o mais popular entre os turistas pelas incríveis obras expostas.

Famoso por sua coleção espetacular de arte e antiguidades da Turquia e do Oriente Médio, o Museu Pergamon é um dos museus mais visitados da Alemanha, tendo como um dos destaques a Sala Aleppo, construída durante o período otomano, assim como o Portão do Mercado de Mileto, construído no século II d.C., durante o reinado do imperador Adriano. Infelizmente, o portão foi destruído por um terremoto no século 10 ou 11, mas mais tarde foi escavado por uma equipe arqueológica alemã que reconstruiu o portão e o colocou em exibição aqui.

Um outro destaque é o monumental Altar de Pérgamo (também do século II aC), medindo 35,64 metros de largura e 33,4 metros de profundidade e com uma escadaria frontal que se estende por enormes 20 metros de largura. O altar é um dos terraços da acrópole da antiga cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor. A base apresenta a batalha entre os gigantes e os deuses do Olimpo.

Após conhecer o museu, faça uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o restaurante BLOCK HOUSE Am Alexanderplatz, conhecido na cidade pelos excelentes cortes de carne.

Após a refeição, siga para a Alexanderplatz, uma das praças mais importantes de Berlim.

Alexanderplatz, maior praça pública de Berlim e nomeada em homenagem ao czar Alexandre I, é o centro oriental de Berlim e um importante cruzamento de transporte na cidade, além de ser um centro comercial com diversas lojas de departamento no local. Porém a praça não é apenas um importante ponto comercial, mas também um local histórico. Houve combates de rua na praça durante a Revolução de Março de 1848, e em novembro de 1989 – pouco antes da queda do muro de Berlim.

Um dos pontos mais visitados da praça é o Weltzeituhr, um relógio mundial. Foi projetado durante o redesenho da Alexanderplatz nos anos 1960 e instalado em 1969. Desde 2015, o Relógio Mundial é um edifício listado como patrimônio da cidade) e ainda é um ponto de encontro popular para os berlinenses e turistas.

Ao lado da Alexanderplatz está localizada a Torre de TV de Berlim, fazendo parte do skyline da cidade.

Elevando-se a 368 metros no céu, a Torre de TV de Berlim é o marco mais visível da cidade e é o edifício mais alto da Europa aberto ao público em geral. E da altura estonteante de sua plataforma de visualização que o visitante tem vistas panorâmicas espetaculares de 360 ??graus de toda a cidade.

Em apenas 40 segundos, o elevador expresso da Torre leva os visitantes à plataforma de observação no alto da cidade. Da plataforma é possível ver muitos dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade, desde o edifício do Parlamento Reichstag até o Estádio Olímpico ou o aeroporto Tempelhof desativado. Através dos telescópios operados por moedas, você pode explorar a cidade abaixo em detalhes e até mesmo ver as turbinas eólicas girando na região interiorana do distrito de Berlim. Os painéis de exibição dispostos ao redor da plataforma de observação são marcados com os principais pontos turísticos que ajudam a identificar edifícios, parques e jardins.

Da Alexanderplatz siga para a East Side Gallery, o local com maior extensão preservada do Muro de Berlim e hoje a maior galeria de arte urbana ao ar livre do mundo.

Com 1.316 metros de comprimento, a galeria de arte ao ar livre nas margens do Spree é a seção contínua mais longa do Muro de Berlim ainda existente. Imediatamente após a queda do muro, 118 artistas de 21 países começaram a pintar a East Side Gallery, que foi inaugurada oficialmente como uma galeria ao ar livre em setembro de 1990. Pouco mais de um ano depois, recebeu o status de memorial protegido.

Em mais de uma centena de pinturas no que era o lado leste da parede, os artistas comentaram as mudanças políticas em 1989/90. Algumas das obras na East Side Gallery são particularmente populares, como Fraternal Kiss de Dmitri Vrubel e Trabant do artista Birgit Kinders.

Para encerrar o dia, recomendamos um passeio de cruzeiro pelo Rio Spree, onde você pode ver a cidade a partir de um outro ângulo e onde o visitante pode ver a cidade iluminada à noite. Do convés panorâmico do barco, você contemplará edifícios tão emblemáticos da capital alemã como o Reichstag (Parlamento Alemão), o Palácio de Bellevue (residência oficial do presidente da República Federal Alemã) ou a Berliner Dom, uma das construções mais bonitas da cidade.

Se você estiver em Berlim na primeira quinzena de setembro, ainda poderá presenciar mais um espetáculo visual, o Festival das Luzes da cidade. Durante o evento, pontos turísticos e marcos da cidade, como o Portão de Brandemburgo, a Berliner Dom, a Museumsinsel e a Potsdamer Platz ganham iluminação e projeções especiais. Algumas estações e prédios são iluminados, deixando a cidade ainda mais bela.

Para o jantar, a nossa sugestão é o Golvet, localizado em um terraço na Potsdamer Strasse, o restaurante com estrela Michelin serve pratos da culinária mediterrânea com apresentações modernas.

 

Dia 3

Comece o terceiro dia no Museu Judaico de Berlim, onde os visitantes podem acompanhar a história dos judeus na Alemanha desde a Idade Média até os dias atuais de uma forma multimídia e interativa e obter informações sobre a diversidade da cultura judaica.

Museu Judaico de Berlim conta a história dos judeus na Alemanha. Quando você visita, você se encontra dentro de uma obra de arte. Todo o edifício (por dentro e por fora) reflete o tema do museu. O prédio do arquiteto Daniel Libeskind se desdobra em corredores em zigue-zague e segundo a opinião de alguns visitantes, uma estrela de Davi quebrada. Espaços vazios aparecem em todo o edifício, não estando acessíveis até você alcançar a galeria Memory Void, um lembrete aos visitantes dos vazios que o Holocausto deixou para trás.

Juntamente com a apresentação de objetos, instalações de arte, estações práticas, o museu possui exibições em realidade virtual que aguardam os visitantes. A riqueza da coleção do próprio museu tem uma ênfase maior do que antes da reforma completa em 2007 e hoje quase todos os 1000 objetos são do próprio acervo do museu. A exposição está dividida em cinco capítulos históricos que vão desde o início da vida judaica em Ashkenaz, passando pelo movimento de emancipação, o Iluminismo e seu fracasso, até o presente. O maior espaço é dedicado ao Nacional-Socialismo e ao capítulo “Depois de 1945”, onde tópicos como restituição e reparação, a relação com Israel e a imigração de língua russa de 1990 em diante são os temas centrais. Em 2020 será inaugurada uma nova parte do museu destinada para crianças de até 12 anos.

Após conhecer o Museu Judaico, siga para o Deutsches Historiches Museum, o museu da história alemã.

O museu foi fundado em 1987, como comemoração do 750º aniversário de Berlim. Após a queda do muro em 1989, o museu recebeu mais um capítulo a ser contado em sua história e com ele inúmeras outras peças para serem expostas.

O Deutsches Historisches Museum conta a história de 2.000 anos de história alemã. Em 8.000m² e 7.000 exposições, o visitante pode conhecer as conquistas de Carlos Magno, descobrir as teses de Lutero, aprender sobre as origens da Segunda Guerra Mundial e se familiarizar com a reunificação alemã. Um layout organizado cronologicamente leva o visitante desde o início da Idade Média até os dias atuais.

Embora todas as exposições abordem processos históricos, eventos revolucionários e, principalmente, chamem a atenção das pessoas por trás deles, são todos muito diferentes. Assim, o foco não está apenas em eventos históricos importantes e seus protagonistas importantes, mas também em pequenas atividades cotidianas. Repetidamente, o Museu Histórico Alemão permite que você mergulhe na vida cotidiana das pessoas comuns. Ele exibe placas de coleção de igreja, alta moda feminina do século XIX e até mesmo ingressos para os julgamentos de crimes de guerra de Nuremberg.

Após as visitas, faça uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o restaurante Nolle, especializado em culinária alemã ao estilo berlinense.

Depois siga para o Schloss Charlottenburg, antes uma residência real de verão, hoje o maior e mais magnífico palácio de Berlim.

O Palácio de Charlottenburg foi desenhado em estilo barroco pelo arquiteto Johann Arnold Nering e construído entre os anos de 1695 e 1699, sendo chamado inicialmente de Palácio Lietzenburg, pois o local onde foi construído na época se chamava Lietzow.

Na realidade, o palácio foi construído como uma casa de veraneio para Sophie Charlotte, a esposa do príncipe da Prússia Friedrich III, sendo muito menor do que é atualmente. Pouco tempo depois, Friedrich foi coroado como rei da Prússia, fazendo com que o local se tornasse mais próprio para receber a realeza, tomando como inspiração o Palácio de Versailles, na França. Após o Palácio de Charlottenburg ser seriamente danificado na Segunda Guerra mundial, foram necessárias mais de duas décadas para restaurá-lo.

No Neuer Flügel (nova ala), o visitante pode ver as cabines e o salão de baile rococó conhecido como Goldene Galerie (Galeria Dourada). O Silver Vault inclui talheres bastante impressionantes de ouro, prata, vidro e porcelana exibidos em mesas colocadas. Cerca de 100 serviços de mesa sobreviveram intactos, um lembrete vívido da magnificência de jantar na corte. A impressionante exibição das peças restantes das joias da coroa prussiana, completas com as insígnias imperiais, bem como tesouros pessoais, como as caixas de joias requintadas de design elaborado colecionadas pelo rei Friedrich, também valem a pena ver.

No entanto, embora o interior do palácio seja magnífico, os jardins também merecem destaque. No verão, você pode ver turistas e berlinenses relaxarem nas inúmeras áreas gramadas, fazer um piquenique ou jogar futebol. Também existem cantos isolados nas sebes em frente ao Orangerie, o local designado para eventos privados no palácio. Quando neva no inverno, as crianças podem andar de trenó na colina Trummerberg, na parte de trás do parque. O grande tanque de carpas, a fonte, o sólido estoque de árvores centenárias, os canteiros de flores, tudo isso compõe a parte mais clássica e tradicional deste parque.

Ao final do dia, retorne para o centro de Berlim. Antes de jantar, faça uma parada no Reichstag, o edifício que sedia o parlamento alemão. O edifício original foi concluído em 1894 e foi quase completamente reconstruído após os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Em 1995, o governo alemão decidiu reconstruir o prédio e entre as alterações, foi decidido instalar uma doma de vidro que permite a visitação de qualquer pessoa que queira aproveitar a vista fantástica que o local oferece sobre Berlim. É importante mencionar que é necessário agendamento prévio à visita.

Para o jantar, a nossa sugestão é o Zur Gerichtslaube, um restaurante aconchegante e altamente indicado para aqueles que desejam experimentar a verdadeira culinária alemã. No cardápio você vai encontrar várias delícias, como o cogumelo recheado com creme de espinafre e queijo derretido, como opção de entrada, e o joelho de porco, como prato principal, além do famoso apfelstrudel de maçã, para a sobremesa.

 

Dia 4

Comece o quarto dia na cidade de Wannsee, vizinha de Berlim e uma das maiores áreas de natação ao ar livre da Europa.

Para a maioria dos berlinenses, a área de Wannsee é sinônimo de natação e vela. Aqui, o rio Havel se alarga em dois lagos, o Grosser Wannsee e o Kleiner Wannsee. O iate clube VSW – Verein Seglerhaus am Wannsee foi fundado em 1867 e é o segundo mais antigo da Alemanha.

No lado leste do Großer Wannsee está uma faixa de areia que faz do local uma das maiores praias do interior da Europa. A Strandbad Wannsee tem mais de 1.275 metros de comprimento e 80 metros de largura, com areia fina e amarela pálida. O local foi estabelecido pela primeira vez em 1907 como o ‘Freibad Wannsee’ com praias separadas para homens e mulheres e os hóspedes trocavam de roupa de banho em tendas. Já em 1924, havia pavilhões de palha, instalações sanitárias melhoradas e a praia estava aberta durante todo o ano para banhistas de inverno e patinadores no gelo. Com exceções dos períodos de guerra, o local esteve aberto desde então para os visitantes.

Também vale a pena visitar, na margem oeste do Lago Wannsee, a Villa de Max Libermann. Esta Villa, que constituía a residencia de verão do pintor, está aberta ao público desde 2006 e traz uma coleção de suas pinturas, além de um lindo jardim.

Apesar de tanta beleza, Wannsee guarda também um dos episódios mais tristes e terríveis da história da humanidade, pois ali está localizada a Haus der Wannseekonferenz, onde em 1942 ocorreu a famigerada “Conferencia de Wannsee”, reunindo ministros do governo alemão, membros da SS e do partido nazista que juntos planejaram o que ficou conhecido como a “Solução Final” ao povo judeu, ou seja, o assassinato em massa dos judeus em Campos de Extermínio e Câmaras de Gás. Hoje, a casa é um importante memorial para visita e educação.

De Wannsee, siga para Potsdam, uma cidade de palácios e parques reais construída para os reis da Prússia, hoje Patrimônio Mundial da UNESCO. Depois de ser devastado na Guerra dos Trinta Anos no século XVII e novamente na Segunda Guerra Mundial, a cidade foi totalmente reconstruída.

Comece o passeio pelo Dutch Quarter, o bairro holandês de Potsdam.

Durante a segunda expansão de Potsdam, entre 1733 e 1742, um bairro inteiro de casas triangulares de tijolo vermelho em estilo holandês surgiram de cada lado da Mittelstraße, totalizando 134 prédios desenhados pelo arquiteto holandês Jan Bouman.

O bairro foi uma tentativa do rei Frederick da Prússia para atrair artesãos e engenheiros holandeses para Potsdam, pois eram famosos por seu know-how técnico. Hoje essas belas casas estão em perfeitas condições e são ocupadas por antiquários, cafés, galerias, lojas de design e ateliês.

Antes de continuar o passeio, faça uma parada para o almoço. A nossa sugestão é o restaurante Brasserie zu Gutemberg, que serve clássicos da culinária europeia.

Em seguida, vá em direção ao Sanssouci Palace, o castelo de verão do rei Frederick da Prússia, construído entre 1745 e 1747 como um lugar onde ele pudesse escapar das restrições da corte de Berlim.

Esse pensamento está claro no nome, Sanssouci, que se traduz aproximadamente como “sem preocupações”. Este sublime palácio rococó também é surpreendentemente íntimo em sua escala, tendo apenas um andar e instalado no topo de um vinhedo. No interior, apesar da aparência externa grandiosa, do mármore talhado e do dourado do período rococó, o principal objetivo era o conforto e o convívio. O melhor dos quartos é o cerimonial Marmorsaal (Marble Hall), que tem pares de colunas coríntias de mármore de Carrara subindo de um piso de mármore a uma cúpula branca e dourada.

O palácio e seu jardim estão no centro de um amplo parque de quase 300 hectares e é atravessado por becos emoldurados por sebes recortadas em ângulo reto, claramente inspirado nos jardins franceses. Recomendamos que você pegue um mapa a fazer sua visita, pois há uma série de edifícios menores para descobrir, todos lindos à sua maneira e a maioria contendo algo surpreendente, entre eles a Bildergalerie, que contém a coleção de arte do Rei, que tem peças de Van Dyck, Caravaggio e Rubens.

Outro ponto imperdível é a Chinese House, um exemplo cativante de Chinoiserie, técnica de imitação dos estilos chineses na arte ou na arquitetura ocidentais. O local foi construído de 1755 a 1764 para fazer uma espécie de sala de chá em meio aos jardins.

Depois do passeio, siga para o Park Babelsberg, declarado Patrimônio da Humanidade, é uma das joias históricas e naturais de Potsdam.

Criado pelo Rei William I da Prússia como um oásis para escapar das tarefas cansativas de governar, o Babelsberg Park foi criado com o intuito de ser um jardim real. Seguindo as diversas trilhas dessa grande área com mais de 114 hectares de extensão você pode contemplar a bela arquitetura exterior dos principais monumentos do parque. Entre eles, destaca-se o Babelsberg Schloss, o palácio de verão que era utilizado por William I e sua esposa. Embora as visitas ao interior não sejam permitidas, vale a pena observar a bela arquitetura do local.

O parque Babelsberg fica às margens do lago Glienicker, e não deixe de passear pela Glienicker Brücke, também conhecida como “a ponte dos espiões”, por causa do papel que desempenhou durante a Guerra Fria de trocas de reféns entre o lado oriental e ocidental de Berlim.

De volta a Berlim no final do dia, a nossa sugestão para o jantar é o restaurante Cookies Cream. O restaurante tem ficado cada vez mais famoso nos últimos anos e é indispensável fazer reservas com antecedência. A proposta do Cookies Cream é oferecer um menu de pratos vegetarianos que agradam até mesmo quem não é vegetariano. O local tem um menu sazonal, variando conforme a época de cultivo dos ingredientes, garantindo sempre uma experiência única aos clientes.