BARCELONA, Espanha – 3 dias Perfeitos

O ambiente cosmopolita de Barcelona faz a cidade ser um destino completo. A história da cidade está impressa em suas ruas e isso é extremamente perceptível através da arquitetura, uma das características mais marcantes da capital da Catalunha.

Barcelona está repleta de arte, gastronomia e belas paisagens em suas praias, portanto para aproveitar a sua visita ao máximo programe a sua viagem para o verão europeu, quando a cidade está ainda mais vibrante do que o habitual. Embora seja difícil conhecer uma cidade tão rica quanto Barcelona em apenas três dias, podemos garantir que antes mesmo de ir embora você já estará com planos para a sua próxima visita à cidade.

 

Dia 1

A melhor forma de ter um primeiro panorama de Barcelona é do alto da cidade e o melhor local para fazer isso é o Parque Güell.

O parque foi criado pelo arquiteto Antoni Gaudí sob encomenda do empresário Eusebi Güell para ser um condomínio privado de casas de luxo em uma área privilegiada da cidade, hoje conhecida como Monte Carmelo, porém foi considerada um fracasso comercial e urbanístico na época e foi vendida a prefeitura, tornando-se um parque aberto ao público em 1926.

Há muito para se ver e fazer no interior do parque, desde subir a Escadaria do Dragão, um dos símbolos do parque que dá acesso à sala das colunas até a vista do Calvário, um dos pontos mais visitados do parque e cartão postal de Barcelona.

O parque foi projetado sob as inspirações de Gaudí nas formas da natureza, fazendo com que todo o parque se tornasse uma criação onde não houvesse a rigidez ou classicismo comuns da época em que o parque foi construído. Todas as formas do parque possuem um importante simbolismo, tanto político quanto religioso. É possível perceber a diferença mencionada aqui enquanto se anda nas ruas da cidade em direção ao parque e subitamente se vê o parque a sua frente, totalmente diferente do que foi visto até o momento.

Ainda no interior do parque existe a Casa Museu Gaudí que foi residência do arquiteto entre 1906 e 1926. Ele construiu a casa como uma espécie de modelo do que seria o restante do Parque Güell e como não houve interesse na casa, ele mesmo acabou comprando-a e viveu lá até se mudar para a Catedral da Sagrada Família, pouco tempo antes de sua morte.

No museu é exposto mobília, itens pessoais e outros projetos do arquiteto, além de materiais didáticos sobre a vida de Gaudí. Para os fãs de arquitetura ou do próprio Gaudí é um passeio imperdível.

Após a visita, siga em direção ao centro da cidade e vá até a Casa Vicens, a primeira obra prima de Gaudí. A casa foi projetada em 1883 por Manuel Vicens ao então recém graduado arquiteto que teria como desafio projetar a residência do empresário. Gaudí realizou a tarefa deixando sua marca no interior e no exterior do edifício que foi inaugurado em 1888 e é considerado uma das primeiras construções que deram forma ao modernismo catalão.

A Casa possui quatro andares, e em seu interior o teto é decorado com madeira policromada, seguindo o estilo árabe característico do edifício. Não deixe de ver em sua visita a Casa Vicens o impressionante Salón Fumador, o o belo jardim com cascata e a varanda que possibilita vista para a cidade como se fosse um mirante.

A fachada da casa é extremamente identificável pela cerâmica verde, branca e vermelha utilizada na construção o que a torna única.

 

Após a visita, siga para o Passeig de Gràcia, uma avenida importante de Barcelona, além de ser famosa pelas lojas. É muito interessante caminhar pela avenida e observar as lojas, cafés, casas modernistas e outros pontos arquitetônicos característicos da região. Nessa avenida existem duas obras de Gaudí que não podem deixar de ser visitadas.

A Casa Milà, também conhecida como La Pedrera por conta de sua aparência rústica, é um projeto modernista de Gaudí que foi construído entre 1905 e 1907. A casa foi construída sob encomenda de Roger Segimon de Milà e hoje é propriedade da Catalonia La Pedrera, um órgão responsável pela organização de obras arquitetônicas na região da Catalunha. Atualmente a casa só tem um morador permanente.

Uma das características mais marcantes do edifício é a ausência de linhas retas, todo o edifício é desenhado em curvas, tanto no interior quanto na fachada que é frequentemente alvo de questionamentos a respeito de qual teria sido a inspiração de Gaudí para o projeto. A teoria mais comum é que a inspiração foram dunas de areia, devido a forma e a cor da fachada.

Um outro ponto de destaque da construção é terraço que tem para uso prático claraboias, escadas de emergência, ventiladores e chaminés. A estrutura que suporta o telhado é constituída de 270 arcos feitos de tijolos que possuem tamanhos variados e confere à construção a ser a espinha dorsal do terraço que oferece uma bela visão de Barcelona.

Após a visita, siga até a próxima obra de Gaudí na avenida, a Casa Batlló.

A imaginação do arquiteto levou à construção de mais um edifício inspirador. A fachada é uma síntese entre formas e texturas que lembram um réptil e uma história fantasiosa já que os ladrilhos coloridos conferem uma certa fantasia ao edifício.

A casa foi construída para o barão Josep Batlló e é um abrupto contraste às rígidas formas das construções vizinhas graças aos padrões fluídos e cores que Gaudí adotou na construção, podendo ser traduzida como o Art Nouveau catalão.

O interior do edifício é tão surpreendente quanto o exterior. Os corredores, cômodos, janelas, escadas e outros elementos da casa também são parte das formas naturais e orgânicas que inspiravam Gaudí e que hoje estão eternizadas em suas obras.

Depois das visitas, é hora de fazer uma pausa para o almoço. Vá ao El Nacional, um restaurante que possui um conceito diferenciado na cidade. No restaurante existem 4 áreas diferenciadas e que são especializadas em uma especialidade diferente. Você pode optar por carnes grelhadas ou assadas no forno a lenha, peixes e frutos do mar cozidos ao vapor ou grelhados, deliciosas tapas ou pratos a base de arroz como risotos e um delicatessen onde massas, crepes e outras refeições são servidas. O mesmo conceito se aplica ao bar, tendo uma área especializada em cervejas, vinhos e coquetéis.

Após o almoço, faça um breve passeio pela Praça da Catalunha, uma das praças mais importantes da cidade e é o ponto de partida para outras regiões. A praça está rodeada de shoppings, lojas, bares além de ser o encontro de diversas celebrações.

Em seguida, siga até o Mercado de Santa Caterina, uma construção visível à distância graças ao seu telhado colorido.

O mercado tem uma longa história e foi o primeiro mercado coberto da cidade no ano de 1845. Em 2005 passou por uma reforma e apenas a entrada do projeto original foi mantida, conferindo ao local a aparência moderna graças ao telhado que foi coberto com mosaicos de cerâmica nas cores dos produtos que são comercializados ali. O projeto dos arquitetos Enric Miralles e Benedetta Tagliabue foi uma solução inovadora que possui ainda mais impacto vista do alto e que quebra a estética dos prédios ao redor.

Em seu interior são oferecidos produtos frescos como frutas, legumes e verduras além de peixes e outros produtos. Também existem restaurantes e bares dentro do mercado e algumas bancas costumam oferecer produtos prontos para serem consumidos como sucos de frutas, o que pode ser uma excelente opção para se refrescar nos dias quentes do verão espanhol.

O próximo destino é o Museu Picasso, que possui mais de 3.500 obras do artista.

O museu fica localizado na rua Montcada que já foi a mais importante nobre da Barcelona medieval. Hoje a região contém uma série de palácios medievais e renascentistas que no passado foram palco de acontecimentos importantes da história de Barcelona. O museu abriu em 1963 e ocupa cinco palácios que foram interligados entre si.

O idealizador do museu foi Jaime Sabertés, amigo de Pablo Picasso. Sabertés queria que fosse construído em Málaga, cidade natal do pintor, mas por sugestão do homenageado o museu foi estabelecido em Barcelona. Em 2003 foi construído um museu dedicado a Picasso que conta com apenas 10% de obras em comparação ao museu de Barcelona.

O museu dá ênfase as obras construídas durante a juventude de Picasso, sendo o ponto alto da coleção a série de reinterpretações da pintura Las Meninas do artista Diego Velázquez (que se encontra exposta em Madrid) feitas por Picasso.

Por mais que o foco da visita seja ver as obras do pintor, não deixe de dar atenção aos pátios dos palácios restaurados que são tão belos quanto os quadros expostos em seu interior.

Em seguida, caminhe em direção a Igreja de Santa Maria del Mar, uma construção em estilo gótico catalão, impressionante tanto em seu exterior quanto em interior. A igreja foi construída durante os anos de 1329 e 1384 e a duração da obra foi considerada um recorde para a época. A obra foi custeada e construída por fiéis da zona do porto e da Ribeira.

O interior da igreja é bastante harmonioso, as três naves possuem quase a mesma altura, as colunas são altíssimas e espaças entre si, fato exclusivo em igrejas medievais que não possuem essa característica. Os vitrais são outro destaque que ajudam a criar a atmosfera do local, porém não deixe de admirar a rosácea sobre a entrada principal. Apesar das características mencionadas, é possível perceber que a igreja tem uma tonalidade escura em seu interior já que ela foi incendiada durante a Guerra Civil Espanhola.

 

Para o jantar, vá ao Cal Pep, um restaurante especializado em tapas e encerre o primeiro dia no bairro onde Barcelona nasceu.

 

Dia 2

Inicie o segundo dia ao ar livre no Parc de La Ciutadella, o mais antigo de Barcelona.

O parque foi construído para a Exposição Universal de 1888, utilizando uma área que era anteriormente ocupada pela antiga fortaleza da cidade, a Ciutadella. O projeto foi inspirado em jardins de outros países europeus como a França e Inglaterra.

Um dos locais mais bonitos do parque é o lago e sua majestosa fonte. Foram designados para a construção os melhores escultures da época que executaram um trabalho magnífico no El Carro de I’Aurora, um conjunto central da fonte. O jovem Antoni Gaudí também colaborou com alguns elementos do desenho da cascata. Não deixe de subir pelas escadas laterais da fonte para admirar a obra de perto.

Outro ponto do parque é o Castell dels Tres Dragons, que foi construído para ser o restaurante da Exposição Universal. O prédio segue o estilo neogótico pois na época o modernismo ainda não tinha despontado, embora o arquiteto que projetou o edifício tenha criado obras modernistas posteriormente. Entretanto é possível observar o uso do ferro e tijolo a vista, marcas do modernismo que estava por vir. Infelizmente o castelo está fechado para visitação.

Também não deixe de passar por Umbracle e Hivernacle, as estufas do parque. A segunda estufa foi construída utilizando vidro e ferro, reproduzindo o Crystal Palace de Londres. As estufas não são muito grandes, mas tanto o interior quando o exterior são belíssimos.

Um outro prédio muito interessante é o do atual Parlamento da Catalunha no espaço que antes era ocupado pelo arsenal militar da Ciutadella.

Ao sair do parque, siga pelo Passaeig de Lluís Companys, um boulevard aberto somente a pedestres até chegar ao Arc de Triomf, o Arco do Triunfo de Barcelona. O arco foi desenhado pelo arquiteto Josep Casanovas para ser a porta de entrada à Exposição Universal de 1888 já mencionada anteriormente. A construção do arco seguiu o estilo neo-mudéjar, característico das origens do modernismo e é todo feito em tijolo aparente, em moda na época. O estilo apresenta a mescla entre elementos islâmicos com outros estilos de povos cristãos, usando o tijolo não só como material de construção, mas também como decoração. O arco celebra o progresso artístico, científico e econômico da cidade e simbolizava a porta de entrada de Barcelona à modernidade.

Em seguida, siga até o Mercat Princesa, um espaço gastronômico situado no interior de um palácio do século XIV e almoce por ali. O interior foi reformado e existe uma claraboia de vidro por todo o espaço onde existia o telhado do local, tornando o local muito agradável para almoçar. Existem inúmeras opções no local, de cozinhas mediterrâneas a asiáticas, servindo também doces e bebidas.

Após a refeição, siga para o Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, o maior tesouro do modernismo catalão.

O hospital e é uma legítima cidade modernista, com ruas, prédios e jardins. O edifício original foi fundado em 1401 e ficava localizado em outro bairro de Barcelona, com o desenvolvimento da cidade foi necessário ser movido para um novo local. A construção começou em 1902 e com a herança deixada pelo banqueiro Pau Gil destinada à construção de um novo hospital em homenagem a Sant Pau, o complexo hospitalar foi inaugurado em 1930. O projeto foi encabeçado pelo arquiteto Lluís Domènech i Montaner com a colaboração de seu filho Pere Domènech i Roura e outros artistas modernistas.

O edifício é muito impressionante. Sua fachada está cheia de mosaicos, capitéis e esculturas que culminam na torre do relógio e suas próprias esculturas. O hospital é um complexo de 12 pavilhões interligados por uma rede de corredores subterrâneos que tinham como intuito o abastecimento do hospital sem haver a necessidade de passar pelos jardins para a realização dessas tarefas, assim mantendo a tranquilidade para médicos e pacientes.

No início dos anos 2000 o hospital foi novamente transferido para uma nova localidade e em 2013 a Casa Asia mudou a sua sede para o hospital, hoje ocupando um dos pavilhões. Alguns setores da ONU e OMS também tem sede no local.

Ao término da visita, parta em direção ao cartão postal máximo de Barcelona, a Sagrada Família.

A obra mais emblemática de Gaudí tem como nome completo Temple Expiatori de la Sagrada Família, mas as duas últimas palavras já são suficientes para que qualquer um saiba do que se trata. O templo instiga a curiosidade e imaginação de milhões de turistas de todas as partes do mundo assim que se deparam com a obra prima colossal do arquiteto catalão. Muito da curiosidade desses turistas é justificável pelo fato da igreja ocupar um quarteirão inteiro e ser uma obra em constante evolução já que a pedra fundamental da igreja foi colocada em 1882 e a previsão de conclusão ser 2026, ano do centenário da morte de Gaudí.

O projeto inicial da Sagrada Família foi realizado pelo arquiteto Francisco de Paula del Villar mas por divergências criativas o arquiteto abandonou a obra e Gaudí assumiu em 1883 e esteve a frente dela até 1926. Quando herdou o projeto original, Gaudí construiu a cripta e começou a trabalhar na abside e no claustro até ocorrer o recebimento de uma grande doação anônima, quando ele abandonou o projeto neogótico e criou os primeiros esboços do projeto que podemos ver quase concluído hoje.

Apenas em 1914 Gaudí passou a se dedicar ao projeto integralmente. Nos anos anteriores ele trabalhou em duas das três fachadas do templo e em 1924 o projeto para as naves foi concluído. Após a sua morte, em junho de 1926, o projeto foi transferido para seu colaborador, Domènec Sugrañes, que tocou a construção nos 12 anos seguintes. Hoje o arquiteto chefe é Jordi Bonet i Armengol, filho de um dos arquitetos que trabalhou com Gaudí.

O templo tem três fachadas, cada um com um significado e temática distinta. A Fachada da Natividade foi a única que foi concluída antes da morte de Gaudí e sua intenção é que essa fachada servisse de guia para o resto do templo. É preciso se afastar bastante para conseguir contemplar a fachada por completo, entre na Plaça de Gaudí para conseguir ver tudo. Essa fachada tem formas mais orgânicas, incomuns nas fachadas de outros templos. Também existem elementos como folhas, animais e frutas e nas laterais da porta central há tartarugas na base das colunas.

Essa fachada tem três portas, a primeira é a Porta da Caritat que representa cenas do nascimento de Jesus. A segunda é a Porta de l’Esperança, dedicada a São José e é retratada a fuga para o Egito. A terceira é a Porta de la Fe, onde o jovem São José aparece trabalhando e a apresentação de Jesus ao templo. Essa fachada está encimada por quatro torres e as escadas localizadas no interior dessas torres recebem luz natural das janelas, favorecendo a acústica dos sinos quando forem instalados.

A segunda é a Fachada da Paixão, realizada inteiramente após a morte de Gaudí. Essa fachada mostra guerreiros que lembram muito as chaminés de La Pedrera. As imagens representam os últimos dias na vida de Jesus, com cenas representadas em três níveis da fachada. Essa fachada ainda está incompleta.

A Fachada da Glória ainda está sendo construída e foi a última projetada por Gaudí. Quando finalizada será a fachada principal do templo, sendo a maior de todas. Embora esteja incompleta, as portas já estão no lugar, contendo frases da oração Pai Nosso em 50 idiomas diferentes.

O interior da Sagrada Família é tão impressionante quanto o exterior. Não deixe de prestar atenção aos vitrais, cada um deles representa uma santidade diferente, enquanto o principal representa a ressureição. O templo está apoiado sobre colunas e em sua primeira impressão ao entrar na igreja você pode ter a impressão de estar em uma floresta, dada a semelhança das colunas com troncos de árvores e a luz que entra pelos vitrais com os raios de sol que se filtram pelas copas das árvores. Gaudí mais uma vez se inspirou na natureza em suas criações e nessa isso é muito perceptível.

O templo terá 18 torres quando terminado, uma para cada apóstolo, uma para cada evangelista, uma para a Virgem Maria e a mais alta de todas para Jesus, que terá 172 metros de altura. É possível visitar as torres, não deixe de fazer isso durante sua visita, a visão do alto delas é uma das melhores de toda Barcelona.

Um outro ponto interessante da igreja é a cripta, o único local da construção em que Gaudí não pode inserir suas visões já que a cripta já estava construída quando ele assumiu a obra. Existem sete capelas no interior da cripta, sendo a principal dedicada à Sagrada Família. Não deixe de reparar nas luminárias da cripta, algumas foram feitas pelo próprio Gaudí. Na capela de Nossa Senhora do Carmo encontra-se o túmulo de Gaudí.

Uma curiosidade interessante é que apesar de todo o projeto ser baseado nas ideias de Gaudí, o projeto arquitetônico é totalmente novo. Os projetos do arquiteto se perderam em um incêndio provocado em um ataque contra o templo no início da Guerra Civil Espanhola em 1936.

Após a visita, caso esteja em temporada de jogos, vá até o Camp Nou, o maior estádio da Europa. Mesmo se você não for um grande fã de futebol, ver um jogo do Barcelona em casa é uma experiência única e certamente será memorável. Neste caso, não deixe de averiguar a compra de seu ingresso com antecedência.

Caso não haja, siga para a praia e entre no Port Olimpic, uma marina que contém alguns dos melhores restaurantes da cidade e entre eles a nossa sugestão de jantar da segunda noite, o La Barca de Salamanca para encerrar o segundo dia degustando frutos do mar enquanto se tem uma vista privilegiada do Mar Mediterrâneo.

 

Dia 3

Além da arquitetura e futebol, Barcelona também é famosa por suas belas praias. Comece o dia relaxando na praia de La Barceloneta, tradicional na cidade e com uma das melhores infraestruturas da cidade. Relaxe durante a manhã para dar continuidade ao passeio no período da tarde.

Para o almoço, a sugestão é o La Deliciosa, que oferece ótimos coquetéis e refeições diversas a beira da praia. Faça uma refeição leve pois ainda há muito o que ver em Barcelona.

Após a refeição parta para o Parc de Montjuïc, o pulmão verde de Barcelona.

O parque é muito grande, existem atrações para se passar o dia inteiro no local, mas vamos comentar o que é imperdível. Não esqueça da câmera fotográfica ao fazer sua visita, pois os mirantes do parque oferecem vistas espetaculares.

Para chegar ao alto do parque, pegue o teleférico que conta com modernas cabines fechadas e faz o percurso com rapidez, além de proporcionar uma bela vista da cidade. Desça na estação do Castelo de Montjuïc.

O Castell de Montjuïc é uma fortaleza localizada a 173 metros de altitude, símbolo das batalhas que foram travadas ao longo da história de Barcelona.

O castelo atual data do século XVIII após passar por uma remodelação devido aos danos causados durante a Guerra da Sucessão. A cidade sofreu ao longo da sua história vários bombardeios partindo do castelo que também foi usado como prisão. O último acontecimento histórico do local aconteceu em 1940 com o fuzilamento do presidente da Catalunha, Lluís Companys ao final da Guerra Civil Espanhola. Atualmente o local é propriedade da prefeitura de Barcelona.

Após a visita, pegue novamente o teleférico e desça no Mirador de l’Alcade, um dos melhores mirantes da cidade. É possível identificar vários pontos da cidade por ali. O mirante foi construído em 1969 e reformado em 2009, sendo formado por vários terraços em níveis diferentes e um conjunto de fontes e jardins.

Depois de admirar a vista de Barcelona, siga para o El Poble Espanyol, um grande museu ao ar livre com reproduções em escala real de diferentes locais da Espanha.

O museu foi construído para a Exposição Universal de 1929, idealizado pelo arquiteto Josep Puig i Cadafalch que queria reunir em um único espaço a arquitetura de diferentes partes do país. Inicialmente o local foi concebido para ser uma mostra de apenas seis meses, mas a popularidade fez com que a exposição se tornasse permanente.

Os arquitetos responsáveis pela construção do Poble viajaram pela Espanha, visitando 1600 cidades com a finalidade de pesquisar locais que se encaixavam no projeto. Eles não buscavam obras-primas da arquitetura, mas sim edificações que sintetizassem o país. Hoje existe um museu de arquitetura e amostras de artesanato de diferentes regiões do país.

No final da tarde siga para Las Ramblas, a avenida mais conhecida da cidade. A avenida começa na Praça da Catalunha e termina no Mirador de Colom, tendo pouco mais de um quilômetro de comprimento. A avenida é dividida em várias partes, a primeira iniciada na Font de Canaletes, a segunda na localidade onde esteve localizada a primeira universidade de Barcelona no século XV, a terceira, Rambla de les Flors por conta das flores a venda, a Rambla dels Caputixins é um dos pedaços mais nobres da cidade já que conta com o Gran Teatre del Liceu e a Rambla de Santa Mònica é onde se encontrava o antigo convento, hoje centro cultural. A Rambla de Santa Mònica é a área mais turística da avenida, já que está mais próximo do Mirador de Colom e conta com algumas atrações inusitadas como estátuas vivas.

O último trecho da avenida foi criado em 1992, chamado de Rambla del Mar. É uma passarela de madeira para pedestres que cruza uma parte do porto antigo por cima do mar e vai até o Maremagnum, um shopping center.

Para encerrar sua viagem em Barcelona em grande estilo, vá ao Fonda Espanya, um restaurante excelente para se deliciar com uma típica paella espanhola.