COIMBRA, Portugal – 3 dias Perfeitos

Apesar de ser o lar da quase milenar Universidade de Coimbra, a cidade exala jovialidade graças aos estudantes que lotam as salas de aulas todos os anos. A cidade, que já foi capital de Portugal entre 1139 e 1256 quando o primeiro monarca do país, Afonso Henriques, decidiu transferir a capital para um local mais ao sul. A cidade foi berço de reis e centro multicultural, reconhecido pela instalação definitiva da Universidade em 1537. Os estudantes ajudaram a moldar a vida cultural da cidade, que unida a história da cidade faz com que Coimbra seja uma miscelânea entre passado e futuro como poucas cidades no mundo podem oferecer.

Tão atrativa quanto sua história é sua paisagem, que com seus parques e jardins deixam a cidade ainda mais encantadora. Andar pela cidade é descobrir detalhes: um arco medieval que indica que você está subindo em direção a Cidade Alta, região mais antiga de Coimbra. Parte da visita à cidade é estar atento aos arredores, nas construções e detalhes não tão visíveis nas pequenas vielas que envolvem séculos de história.

 

Dia 1

A melhor maneira de começar o dia é subindo a colina, maravilhando-se com a vista do rio Mondego que flui pela cidade e depois indo em direção ao local mais famosa da cidade, a Universidade de Coimbra.

A Universidade de Coimbra, ou UC como é popularmente conhecida, é uma das universidades mais antigas do mundo ainda em operação sendo a mais antiga de Portugal. A UC foi criada em março de 1290 quando Dom Afonso Henriques assinou na cidade de Leiria um documento que legitimava a criação da Universidade, sendo confirmada pelo Papa em seguida. A Universidade teve sede em Lisboa até 1537 quando foi transferida para Coimbra por ordem de Dom João III, após anos de migração da universidade entre essas duas cidades.

Inicialmente instalada no Palácio Real, a UC foi estendendo-se por Coimbra, modificando a paisagem da cidade, fazendo com que aos poucos ela se transformasse em uma cidade universitária. Hoje em dia, a Universidade conta com oito Faculdades (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física) e mais de 22 mil alunos.

A Universidade é um conjunto de vários edifícios de diferentes períodos, embora o mais importante seja o antigo, também conhecido como Paço das Escolas, onde diariamente caminham estudantes de Direito com as famosas capas que eles usam em aulas. Nesse local você terá a chance de ver todos os quartos que foram convertidos do Palácio Real para a universidade no século XVI. Atualmente, alguns dos atos acadêmicos mais importantes, como as defesas de doutorado, ainda acontecem dentro deste edifício. Deste período data também a Capela de São Miguel, rica em decoração de estilo manuelino.

O passeio continua com a visita de uma das bibliotecas mais bonitas do mundo, a Biblioteca Joanina, datada do século XVIII, em estilo barroco e com mais de 35.000 livros do século XII ao XVIII. A construção da biblioteca foi ordenada por João V de Portugal para iluminar a mente dos estudantes.

Em seguida, retorne ao Paço e suba uma escada ao lado da torre do sino onde você se deparará com a Via Latina. Nesse corredor existe a Sala dos Capelos, onde são realizados grandes exames e usada em cerimônias acadêmicas. É proibido fotografar no local, então lembre-se de guardar sua câmera fotográfica antes de entrar. Antes de sair da sala, você verá uma segunda escada que leva a um terraço que oferece uma visão fantástica de Coimbra e do Rio Mondego. Se você gosta de história e quiser ter uma experiência ainda mais imersiva, não deixe de fazer o passeio guiado.

Ainda nas dependências da UC, não deixe de fazer uma visita ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra que tem origens no século XVIII e foi criado a partir da iniciativa do Marquês de Pombal, este verdadeiro paraíso de plantas de múltiplas espécies, comuns e raras, estende-se por uma área superior a 13 hectares.

Não perca uma visita à Estufa Fria, com uma corrente de água que a atravessa, e os seus belíssimos e delicados nenúfares. Neste paraíso habitam plantas típicas de ambientes húmidos e com pouca luz. Com uma belíssima estrutura de ferro e vidro, a Estufa Grande alberga espécies típicas de três climas diferentes: tropical, subtropical e temperado.

O Recanto Tropical, localizado no interior do Jardim possui palmeiras de inúmeras espécies e o Fontanário, considerado como o “berço” do Jardim Botânico de Coimbra, repleto de azáleas, cerejeiras, magnólias, entre outras, transformando o local em um mundo de cores.

Para o almoço, siga para um dos mais tradicionais restaurantes de Coimbra, a tasca Zé Manel dos Ossos. O restaurante é pequeno e não aceita reservas, então vale a pena chegar mais cedo para o almoço e evitar filas. No cardápio, iguarias como feijoada de javali, barriguinhas de porco, peixes de rio grelhados na brasa, além, claro, dos famosos ossos (de porco, cozidos e muito temperados) que dão nome ao restaurante.

Após a refeição, siga para o Museu Nacional Machado de Castro, instalado em dois edifícios integrados, o antigo Paço Arquiepiscopal de Coimbra e um prédio moderno, a uma quadra do conjunto histórico da Universidade de Coimbra. O Museu já começa a encantar pela vista maravilhosa de seu terraço, debruçado sobre as ladeiras e telhados que se esparramam morro abaixo, na direção do Rio Mondego.

O Museu Nacional de Machado de Castro foi criado em 1911 e na época da abertura o museu tinha como objetivo oferecer coleções e exemplares da evolução da história portuguesa ao público. O intuito era também que o Museu da Sé, que foi o primeiro museu de arte sacra aberto em Portugal se tornasse parte do Museu Machado de Castro.

O museu foi construído sob uma construção subterrânea do século I, o Criptopórtico, que costumava sustentar o Fórum de Aeminium durante a ocupação romana na cidade. O local foi descoberto durante escavações arqueológicas e é impressionantemente bem conservado e a impressão que se tem enquanto desce as escadas que dão acesso às criptas é que se está entrando em um túnel do tempo. Antes de descer a escadaria não deixe de observar a maquete exposta para entender melhor como a estrutura está disponibilizada.

Um criptopórtico é um pórtico oculto que servia como um tipo de alicerce para os romanos, podendo ser totalmente subterrâneo ou não. As galerias eram usadas para armazenar alimentos. Os achados arqueológicos do período romano estão em exposição nas galerias.

Subindo de volta ao museu, o visitante poderá encontrar uma excelente exposição de arte sacra, que contempla pinturas, artefatos, joias, gravuras, cerâmica, têxteis e mobílias, porém o forte do museu são as esculturas. Estátuas de santos, painéis outras peças que apresentam cenas religiosas são comuns nas coleções. Também não deixe de conferir os restos de um claustro do século XIII que pertencia à igreja de São João de Almedina que estão muito bem conservados.

Em seguida, siga para a Sé Velha de Coimbra, catedral fundada durante o reinado de Dom Afonso Henriques que representa a austeridade da arquitetura românica.

A única catedral portuguesa construída na época da reconquista que segue intacta até hoje, a estrutura é uma joia da arquitetura românica no país. Vale a pena atravessar o magnífico portal, que lembra a entrada de uma fortaleza, e descobrir o interior, onde a pedra construiu um espaço imponente marcado pela alternância de luz e sombras, levando o visitante entre colunas maciças e delicados capitéis repletos de folhas e figuras de animais. Reserve ainda tempo para admirar o magnífico retábulo, esculpido em talha, que decora o centro da capela-mor, uma obra renascentista de Olivier de Gand e Jean d’Ypres. Junto à igreja, pode apreciar o silêncio do claustro gótico, que convida à calma e ao deleite.

E por fim, dê a volta ao edifício e coloque-se em frente à Porta Especiosa, símbolo da Coimbra renascentista, erudita e cultural. Esta obra notável de João de Ruão foi esculpida como um gigantesco retábulo em pedra, albergando peças escultóricas de delicada beleza. Ladeando a entrada, o Profeta Isaías e São João Baptista guardam o magnífico medalhão onde foi esculpida uma imagem da Virgem com o Menino, considerada uma das mais belas peças do Renascimento português.

Ao final da tarde, siga para o Fado ao Centro, a mais tradicional casa da cidade para viver uma das mais genuínas experiências portuguesas. O fado é um estilo musical tradicionalmente cantado por homens, sempre melancólico e trágico, embora atualmente seja comum ver mulheres ganharem notoriedade em outras casas que as apresentam por todo o país.

Para encerrar o dia, siga para jantar no Terraço da Alta, um restaurante com ambiente agradabilíssimo e um excelente cardápio, embora o seu maior atrativo seja a vista espetacular de Coimbra, principalmente a noite.

 

Dia 2

Comece o segundo dia fazendo um passeio para Mira de Aire, cidade próxima de Coimbra que abriga uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, as Grutas da Mira d’Aire.

As grutas de 11km de extensão foram descobertas no final da década de 1940 e foram abertas para visitação em 1970 e cerca de 1km das grutas hoje estão abertas para visitação. As visitas são guiadas e o passeio inicia com um vídeo que conta sobre a formação das grutas e sobre como ocorreu a descoberta. Em seguida, os visitantes refazem os passos que os exploradores fizeram ao entrar na gruta pela primeira vez, através dos degraus instalados na época da abertura para visitação.

São inúmeras áreas diferentes pelo percurso e é fascinante observar as estalactites e estalagmites por toda a gruta. O passeio dura pouco menos de uma hora e será inesquecível.

De volta a Coimbra, siga para o outro lado do Rio Montego e visite o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha criado em 1286.

Estreitamente ligado à figura da Rainha Santa Isabel, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha teve, desde os seus primórdios uma difícil convivência com as águas do Mondego. A deterioração das suas condições de habitabilidade devido a sucessivas inundações conduziu à construção, por iniciativa de D. João IV, de um novo mosteiro apelidado de Santa Clara-a-Nova. Recentemente submetido a obras de revalorização que descobriram um vasto manancial de vestígios arqueológicos, este monumento nacional inclui agora um centro interpretativo que revitalizou o espaço e a sua história.

O núcleo primitivo do mosteiro foi fundado por Dona Mor Dias em 1286, mas a oposição dos monges de Santa Cruz à existência da nova casa monacal feminina levou ao encerramento da comunidade alguns anos mais tarde. Foi precisamente D. Isabel de Aragão quem, em 1314, refundou a casa monástica e voltou a chamar as freiras Clarissas a Coimbra.

Apesar de uma campanha de obras de restauro em 1930, a teimosia das águas do Mondego manteve o antigo mosteiro em ruínas e envolto numa certa aura romântica. Porém, no ano de 1991 deu-se início a um ambicioso projeto de recuperação e revalorização do espaço monacal gótico, sob a coordenação do arqueólogo Artur Côrte-Real. Graças à construção de uma cortina de contenção periférica das águas, a intervenção permitiu colocar a descoberto a parte inferior da igreja e o claustro e recolher um importantíssimo espólio, testemunho material do passado do local.

Em seguida, parta em direção aos Jardins Quinta das Lágrimas, palco de uma grande história de amor, a versão lusitana de Romeu e Julieta.

Existe um ditado popular que diz assim: “agora Inês é morta”, no entanto, o que a maioria das pessoas não conhece é a linda e trágica história de amor por trás dessa expressão.

Pedro era príncipe de Portugal, herdeiro do trono, e Inês uma criada que veio acompanhando a princesa espanhola D. Constança Manuel, futura esposa de Pedro. Mas, por acidente do destino, Pedro I e Inês de Castro acabam se apaixonando e iniciando um romance, dando início a um grande drama político. O rei não teve escolha a não ser mandar exilar Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. Mas, apesar da distância entre o casal, o amor entre eles não se desfez. Algum tempo depois D. Constança faleceu durante o parto e então, viúvo, Pedro fez com que Inês regressasse e foi viver com ela na Quinta das Lágrimas em Coimbra, causando um grande escândalo na corte.

Juntos, Inês e Pedro tiveram quatro filhos, o que só agravava a situação política e o desagrado popular. O pai de Pedro tentou de diversas maneiras separar o casal, tentou inclusive arrumar um novo casamento para o príncipe, que recusou veementemente. Então, pressionado pela corte, o rei D. Afonso IV manda que executem Inês de Castro, para dar fim ao problema de uma vez por todas. Foi durante uma viagem de caça de D. Pedro que o assassinato aconteceu. Reza a lenda que foram as lágrimas derramadas por Inês durante a sua morte que deram origem à Fonte dos Amores, localizada nos fundos da Quinta das Lágrimas, e a todas as lendas que envolvem essa história. Com a morte de Inês, aparentemente, a história do casal teria fim, mas na realidade, ela só estava começando.

Algum tempo depois o próprio rei faleceu, tornando-se Pedro, então, o novo rei de Portugal. Após ser coroado, ele iniciou uma caçada aos assassinos de Inês, mas dos três algozes, ele só conseguiu capturar dois. Não satisfeito, Pedro, em uma última homenagem ao seu grande amor, mandou que desenterrassem Inês, que a vestissem com os trajes reais e a coroou rainha, mesmo depois de morta, obrigando que toda a corte beijasse a mão daquela que tanto desprezaram. Por isso a frase que até hoje persiste, pois diziam para ele: “Pedro, agora Inês é morta!”. Tal atitude só ajudou a aumentar a aura lendária em torno dessa história, que foi imortalizada pelo poeta Camões.

Depois disso, mandou que construíssem no Mosteiro de Alcobaça um magnífico túmulo onde seus restos mortais descansam até hoje. Ao visitar o mosteiro hoje em dia, é possível ver os dois túmulos, um em frente ao outro, para que, segundo a lenda, possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final.

Hoje a propriedade tornou-se um hotel e, com algumas mudanças que foram feitas no local, acabou por perder uma boa parte da atmosfera misteriosa que tinha até há alguns anos, mas, ainda assim, é bom caminhar pelo jardim e ir até a beira do lago, tentando imaginar os fatos que ocorreram ali há mais de 650 anos.

Durante sua visita, faça uma parada para almoçar no Arcadas, localizado no interior do jardim que oferece uma culinária moderna e um menu especial para casais, que não poderia ter outro nome senão Pedro e Inês.

Após a visita, siga para o Miradouro do Vale do Inferno, que apesar do nome oferece a melhor visão panorâmica de Coimbra, onde se pode avistar o Choupal, a Lapa dos Esteios, a Quinta das Lágrimas, o desenho do rio a percorrer toda a cidade, assim como a Cidade Alta e Baixa. É o melhor lugar para se estar na cidade nas noites de ano novo.

Em seguida, volte para o centro da cidade atravessando a Ponte de Santa Clara e passe o restante da tarde na região baixa de Coimbra.

Não deixe de visitar o Aqueduto de São Sebastião, popularmente conhecido como “Arcos do Jardim”, dada a sua localização contígua ao Jardim Botânico da Universidade Coimbra, este aqueduto foi construído em 1570 pelo rei D. Sebastião, para abastecer de água a Alta da cidade aproveitando o traçado de um precedente aqueduto romano. O desenho desta imponente estrutura, que se estende ao longo de um quilometro, é atribuído ao engenheiro italiano Felipe Terzi. O primeiro arco, chamado de “arco de honra” difere dos restantes; rematado por cornija, na qual se insere o escudo de Portugal, é encimado por um baldaquino, assente sobre colunas dóricas e coroado por cúpula e lanternim; a cada lado apresenta dois nichos com as imagens de São Sebastião e São Roque.

Em seguida parta em direção ao Parque de Santa Cruz, mas não deixe de parar na Praça da República, um outro centro cultural importante da cidade. O pórtico de entrada para o Parque apresenta três estátuas que representam a Fé, Caridade e a Esperança, culminando com uma cascata. Subindo as escadas, encontra-se a Fonte da Nogueira com uma estátua que representa um tritão abrindo a boca a um peixe, de onde corre a água para a fonte, o que explica a designação popular de jardim da “Sereia”.

Para encerrar o segundo dia na cidade, tenha outra experiência genuinamente portuguesa no Solar do Bacalhau, um dos restaurantes mais tradicionais da cidade para se experimentar o prato tipicamente lusitano.

 

Dia 3

Comece o terceiro dia em Coimbra saindo um pouco da cidade. Siga para a Serra da Lousã, bem próxima a Coimbra e que possui uma das mais belas paisagens naturais do país.

Reserve o dia para fazer um passeio pelas Aldeias de Xisto, uma região escondida entre serras de vegetação frondosa, cujo local é pouco conhecido pelos turistas. Entre os vários vilarejos existem diversos pequenos restaurantes, não perca a oportunidade de experimentar a culinária local.

Chamadas do Xisto, por ser esta a pedra usada na construção das casas e a mais abundante na região, as 27 aldeias espalham-se pelas Serras da Lousã e do Açor, até perto da Serra da Estrela. As várias tonalidades desta rocha, também usada nos pavimentos das ruas estreitas e sinuosas, misturam-se de forma perfeita nas cores da paisagem natural, nem sempre sendo fácil distingui-las.

Estando no local, você terá a impressão de ter voltado no tempo. As construções de pedra trazem um ar de rusticidade para o vilarejo, unido com o acolhimento dos locais para com os turistas. Este território preservado também tem castelos que parecem sair de contos de fadas emergindo na neblina, ou monumentos e museus que testemunham como era a vida nos séculos passados.

Existem diversas aldeias na Serra de Lousã, mas algumas são imperdíveis: e a melhor opção é começar com a aldeia de Casal Novo. A aldeia de Casal Novo é uma bela aldeia que forma um triângulo de aldeias históricas juntamente com as aldeias de Talasnal e Chiqueiro.

Esta é uma das Aldeias que se encontram mais bem preservadas, embora ainda sofra algumas reformas e remodelações para preservação. Passeando pela vila, visite a moldura “Isto é Lousã”, com uma vista muito bonita da aldeia.

Em seguida, siga para a aldeia de Talasnal, uma das maiores do Xisto, em parte por ter mais moradores do que as outras e ser mais conhecida entre os visitantes. Um dos restaurantes mais famosos de Lousã está localizada nessa vila, o Ti Lena, que está localizado num ponto estratégico da vila e proporciona ao visitante uma visão fantástica para a Serra, servindo pratos rústicos como cabrito assado e vitela grelhada.

Durante o passeio por Talasnal recomendamos passar na Taberna Talasnal para tomar um café e provar o bolinho Talasnico, feito com castanha e mel. Se você quiser explorar a vila de uma forma diferente, existe a possibilidade de alugar bicicletas na Taberna.

Em seguida, siga para a aldeia de Chiqueiro, a última vila das aldeias históricas do Lousã.

Uma opção interessante para chegar à cidade é fazer a trilha que liga Casal Novo à Chiqueiro, de cerca de 1km de extensão. Caso você prefira ir de carro, passe pelo letreiro de “Isto é Lousã”, que oferece uma visão fantástica de toda a Serra.

Essa vila está localizada em um dos pontos mais altos da serra e sem dúvidas oferece a paisagem mais exuberante dessa região. Em paralelo com outras vilas, esta é um pouco menor, então vale a pena dedicar mais tempo para as paisagens naturais da região.

Após a visita, siga para o Castelo de Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce.

O Castelo, classificado como Monumento Nacional e que integra a Rede de Castelos e Muralhas do Mondego, pertence a uma das primeiras linhas defensivas criadas para controlar os acessos a Coimbra, na segunda metade do século XI. Foi documentado pela primeira vez em 1087, no testamento de D. Sesnando Davides, onde este declara que mandou povoar o local.

Em 1124, uma incursão islâmica tomou o castelo e quando foi novamente possuído pela Coroa Portuguesa em 1151, se tornou uma das residências oficiais da monarquia.

A poucos metros dali se encontra a Praia Fluvial da Nossa Senhora da Piedade, uma ótima oportunidade para relaxar em contato com a natureza ou simplesmente parar por um tempo e admirar a paisagem.

Ao fim da tarde, siga para um dos mirantes da Serra do Lousã e contemple o pôr do sol, que é um dos mais bonitos de todo o país.

Ao final do dia, retorne para Coimbra e faça sua última refeição na cidade no restaurante de culinária mediterrânea No Tacho e se despeça da cidade saboreando uma excelente taça de vinho.