FRANKFURT, Alemanha – Family Trip

Frankfurt é uma cidade muito movimentada principalmente em virtude do Aeroporto de Frankfurt que é um dos maiores da Europa, o que faz com a cidade seja muitas vezes um destino de trânsito para os viajantes que estão se encaminhando para outras regiões. Contudo, muito mais do que uma metrópole no coração da Alemanha, Frankfurt é um destino completo e diferentemente do que se possa imaginar, uma excelente opção para viajar com crianças. Apesar dos arranha-céus do centro da cidade, Frankfurt tem muita história e as cidades próximas são ótimos destinos de day trips.

Organizamos as nossas sugestões de passeios em formato de roteiro e concentramos os pontos mais importantes (passando sempre pela aprovação das crianças) em cinco dias, incluindo day trips altamente recomendados em cidades próximas, de acordo com experiências de quem já viajou para Frankfurt em família. Você pode adicionar mais dias na sua estadia, visitar pontos que não citamos ou passar mais tempo em cada local, o que vale é que a experiência seja inesquecível para toda a família.

 

Dia 1

Comece o primeiro dia no Historisches Museum Frankfurt, o museu histórico da cidade.

O Historisches Museum Frankfurt tem suas origens em coleções da cidade e seus cidadãos que datam do século XV. Fundado em 1878 com base na iniciativa civil, é o museu mais antigo de Frankfurt financiado pelo município. Desde a sua fundação, sua missão tem sido a preservação, investigação científica e mediação de objetos e imagens históricas da cidade-feirante. Hoje o museu tem à sua disposição o mais amplo acervo relativo à história da cultura e da arte da cidade e da região do Rio Main.

Exibindo a longa e fascinante história de Frankfurt, o renovado museu ocupa um complexo de cinco edifícios concluído em 2017. Sua coleção principal permanente, “Frankfurt Then?” abrange a vida diária, financeira, comercial, militar e científica através da fotografia, pinturas, impressões gráficas, cerâmica, esculturas, mídia, moda, têxteis, móveis, instrumentos musicais e tecnologia, organizados tematicamente em vez de cronologicamente. A exibição “Frankfurt Now!” apresenta uma maquete da cidade antiga de Frankfurt no ano de 1927 através da interpretação do artista Herman Helle.

Outro destaque são os símbolos de governo (insígnias) dos reis alemães através das joias usadas pelos Kaisers e o globo de neve que tem como intuito mostrar as diferentes facetas da cidade e como Frankfurt virou a cidade que é hoje.

Para os pequenos, o próprio museu criou um roteiro no formato de trilha para que as famílias possam conhecer o museu de uma forma mais interessante para as crianças. Basta pedir o mapa específico na recepção do museu e aproveitar o passeio com a família.

Ainda no complexo do Historisches Museum, vale a pena fazer um passeio pelo Junges Museum Frankfurt, que tem um conceito de atividades mais lúdicas para as crianças. O local não tem exibições fixas, mas é garantido que as crianças vão aprender muito nas atividades propostas pelos monitores enquanto se divertem.

Dali, siga para a Kaiserdom St. Bartholomäus ou Catedral de Frankfurt, erguida em estilo gótico no coração do centro antigo de Frankfurt.

Os visitantes podem escalar a torre da catedral, onde da plataforma de observação a uma altura de 66 metros, você pode desfrutar de uma vista incomparável da (nova) cidade velha circundante com o skyline da cidade ao fundo. Mas não só a vista da torre da catedral de quase 95 metros de altura vale a pena ver, também por sua importância histórica e seu mobiliário, a Catedral Imperial de Frankfurt é uma das principais atrações da cidade. A igreja leva o nome do santo apóstolo São Bartolomeu e foi construída em estilo gótico entre 1315 e 1358 sobre os restos de uma capela datada de 822.

Infelizmente, a história da igreja também é moldada por duas destruições: o incêndio da catedral em agosto de 1867 e o bombardeio da cidade em março de 1944. As obras necessárias após os dois eventos mudaram a igreja consideravelmente, mas não diminuíram sua importância. O edifício atual é uma igreja de salão com três corredores, sua monumental torre oeste do século 15 é uma das grandes conquistas do gótico alemão. Parte especial de um edifício especial, a torre abriga o campanário de ferro com a Gloriosa, o segundo sino mais pesado da Alemanha com 11.950 quilos.

Nas dependências da igreja se encontra o Dommmuseum que tem como objetivo preservar e exibir os tesouros de três igrejas de Frankfurt: St. Bartholomäus, St. Leonhard e Liebfrauen. Entre as exposições de destaque do museu está o túmulo de duas crianças que datam de cerca de 700. O local da sepultura é marcado por uma laje de piso dentro da grade de ferro ao entrar na nave da Catedral. As relíquias da sepultura podem ser vistas na primeira vitrine do museu: uma série de pequenos potes, potes, fragmentos e outros objetos.

Depois da visita, siga para a praça mais bonita de Frankfurt, a Römerberg. Localizada no coração da Altstadt (a cidade velha de Frankfurt), o local é um movimentado ponto turístico. Apesar dos extensos danos do bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial, a arquitetura única do Römerberg foi cuidadosamente restaurada. O resultado é uma homenagem única ao passado que parece muito diferente dos edifícios mais modernos da cidade.

As três fachadas escalonadas do Römer são o que tornam a praça tão caracterísitica. O complexo medieval original foi ampliado consideravelmente desde que foi vendido ao conselho municipal em 1405, com vários edifícios, pátios e uma varanda ornamentada acrescentados ao longo dos anos. Este tem sido o cenário de eventos importantes como quando John F. Kennedy, se dirigiu a uma multidão durante sua visita à Alemanha em 1963, um dia antes de fazer seu famoso discurso em Berlim.

No centro da praça encontra-se a Gerechtigkeitsbrunnen (Fonte da Justiça) datada de 1543. Sua estátua de bronze retrata Justitia, a deusa romana da justiça, armada com sua espada e escamas. O monumento foi renovado várias vezes ao longo dos anos – segundo a lenda, o vinho escorria da fonte por ocasião da coroação do imperador Matias no século XVI, causando uma comoção digna de reparos imediatos.

Feiras e mercados são realizados em Römerberg desde a Idade Média, atraindo comerciantes visitantes de toda a Europa. A tradição continua até hoje com o espetacular mercado de Natal de Frankfurt, um dos maiores e mais antigos da Alemanha. É uma experiência de conto de fadas – e uma ótima oportunidade para provar iguarias locais como vinho quente de maçã e biscoitos de maçã Bethmännchen perto da árvore de Natal de 30 metros de altura que é instalada para as festividades.

No lado leste do Römerberg, você encontrará o Ostzeile, uma fileira de seis casas de enxaimel, uma técnica de construção conhecida pelo visual característico da Alemanha. Embora a maioria dos edifícios originais dos séculos 15 e 16 tenham sido destruídos durante os ataques aéreos de 1944, as casas no Ostzeile foram fielmente restauradas durante os anos 1980. Cada um tem seu próprio nome, como por exemplo a Große Engel (Grande Anjo) e Goldener Greif  (Grifo Dourado).

Apenas uma casa de enxaimel em Altstadt passou ilesa pelos bombardeios. O Haus Wertheym serve cozinha caseira desde 1479 e continua servindo até hoje. Como seria de esperar, é um ponto turístico popular, então caso você queira almoçar no local, é imprescindível fazer reserva. Se você preferir um ambiente mais tranquilo, nossa recomendação é o vizinho Zum Standesämtchen e o prato Wiener Schnitzel, um tradicional e delicioso filé de vitela empanado. Um excelente acompanhamento é uma boa cerveja do tipo Radler, que vem misturada com suco de limão. A Cervejaria Krombacher produz uma das melhores cervejas nessa categoria.

Após a refeição, siga para a próxima atração, a Goethe Haus, casa onde viveu Johann Wolfgang Goethe e um dos mais importantes e populares memoriais do poeta na Alemanha. A casa do século 18 transmite uma imagem viva da juventude de Goethe com seus móveis e quadros antigos.

Os quartos individuais são decorados de forma típica. O andar térreo abriga a cozinha e uma sala de recepção que era usada pela mãe de Goethe. A sala “Pequim” no segundo andar recebeu esse nome por causa do papel de parede chinês. Acima, você pode visitar a biblioteca do pai de Goethe e um armário de pintura, bem como o quarto da irmã, Cornelia, nascida em 1750. Na sala de música da família há uma rara ala piramidal de 1745.

O teatro de fantoches de Goethe fica no último andar. Aqui também se encontra a chamada sala dos poetas, onde Johann Wolfgang escreveu as suas primeiras obras. O Museu Goethe no prédio vizinho mostra pinturas, gráficos e bustos dos séculos 18 e 19 que estão ligados à vida de Goethe. A exposição começa com obras de pintores de Frankfurt que o pai de Goethe colecionou. Quartos separados são dedicados ao pintor Johann Heinrich Füssli e ao retratista Anton Graff.

Uma galeria de retratos lembra o início do período de Weimar de Goethe e a subsequente estada na Itália de 1786 a 1788. Outras salas mostram a arte do “Clássico de Weimar” e ilustram a convivência com Johann Gottfried Herder. Isso é seguido por uma apresentação da literatura e da arte do Romantismo. Na última sala, vários monumentos Goethe do século XIX são mostrados.

No final da tarde, siga para a Main Tower.

A Main Tower em Frankfurt é um arranha-céu de 56 andares e 240 metros de altura, localizado no centro da cidade de Frankfurt, na área financeira. Ele é o quarto edifício mais alto de Frankfurt e também o quarto mais alto da Alemanha.  A estrutura foi construída entre 1996 e 1999, e serve como sede para o banco Landesbank Hessen.

A Main Tower é o único prédio na cidade que tem uma plataforma de observação de acesso público. Desta forma, é somente daqui que a grande maioria das pessoas podem ver Frankfurt do alto. A Plataforma de Observação fica no topo do prédio, abrangendo toda sua área. A vista da cidade é de 360º e consegue-se enxergar completamente o centro de Frankfurt e seus arredores.

Devido ao fato de Frankfurt ficar numa região plana, na beira do Rio Main, pode-se ter um panorama bem amplo de todas regiões da grande Frankfurt, especialmente em dias claros. Para facilitar a visita e melhorar a experiência, a Plataforma de Observação conta com fotos panorâmicas explicativas. Devido a elas pode-se saber quais são e onde estão os outros pontos de interesse da cidade e as atrações de Frankfurt.

Para encerrar o dia, nossa recomendação de jantar é o restaurante Paulaner am Dom, localizado na Domplatz. O restaurante pertence à Cervejaria Paulaner, reconhecida mundialmente. E no local, além de excelentes cervejas, há um cardápio repleto de pratos deliciosos, como salsichas/linguiças tradicionais, o Wiener Schnitzel mencionado anteriormente, chucrute, pães e pretzels.

Dia 2

Comece o segundo dia na cidade de Wiesbaden, localizada há menos de 40 minutos de Frankfurt.

Repleta de magníficos edifícios neoclássicos reconstruídos após a Segunda Guerra Mundial, Wiesbaden, a capital do estado de Hesse, é uma das cidades termais mais antigas da Europa, com fontes termais ainda fluindo hoje. O nome Wiesbaden se traduz como “banhos de prados”, refletindo tanto seus banhos termais quanto suas belas extensões de parque. A cidade fica no extremo leste da região vinícola de Rheingau, que se estende ao longo da margem direita do Rio Reno, a oeste, até a área de Rüdesheim do Reno Romântico.

Começando o passeio, deixe para tomar o café da manhã na cidade no café Heimathafen Wiesbaden. No cardápio estão produtos de padaria tipicamente alemães, de pãezinhos frescos a pretzels macios, bem como croissants e pães de chocolate, travessas de queijo e sanduíches, todos os tipos de pastas, muesli, panquecas veganas e muito mais.

Muitas das atrações de Wiesbaden se concentram em torno da Praça do Palácio, no coração do centro histórico, mais importante do que o próprio Palácio da Cidade. Construído entre 1837 e 1841, como residência dos duques de Nassau, o palácio classicista é hoje a sede do parlamento de Hessen. As visitas guiadas são gratuitas e anunciadas no site da Stadtschloss, caso você tenha interesse em dar uma olhada nos quartos luxuosamente decorados do interior.

Ao lado fica o Old Town Hall, o edifício mais antigo de Wiesbaden, que hoje abriga uma taverna de vinho em sua adega abobadada. Sua contraparte de 1884, do outro lado da estrada, abriga alguns escritórios administrativos no andar de cima e um restaurante no porão.

Em meio ao aglomerado de belos edifícios históricos ergue-se a impressionante Marktkirche, uma igreja com a coloração de um vermelho enferrujado.

Quando a construção foi concluída em 1862, esta foi a maior construção feita de tijolos no Ducado de Nassau. A igreja precisava ter uma grande capacidade para atender às necessidades de uma população que dobrou nos 20 anos anteriores.

Em seguida, desça até a Schillerplatz e vire à esquerda na Wilhemstraße. A ampla avenida está repleta de lojas de luxo, boutiques e galerias de um lado e belos parques e vilas do outro. Passeie até chegar ao 1894 State Theatre, no extremo norte da faixa. O grande edifício que recebe concertos de música clássica, óperas, balés, peças e musicais foi iniciado pelo imperador alemão William I, e seus arquitetos se inspiraram nos teatros de Praga e Zurique.

Escondido atrás do teatro está outro dos destaques de Wiesbaden -a Kurshaus, que em tradução livre significa Casa de Cura. Era neste lugar que as pessoas vinham de todos os lugares da Europa para se banhar nas águas curativas de Wiesbaden. O prédio foi construído entre 1904-1907 por desejo do Imperador (Kaiser) Wilhelms II, em estilo neo-clássico. A colunada da fachada da Kurhaus, que é sua maior atração, conta com cerca de 129 metros de comprimento e é a mais longa da Europa. Na fachada se lê a inscrição “Aquis Mattiacis”, que é uma menção às fontes termais de Mattiaker.

Hoje funciona no local o famoso e requintado cassino da cidade. O Cassino de Wiesbaden é um dos cassinos mais antigos da Alemanha. Nobres e artistas iam para Wiesbaden tentar a sua sorte no local. Um deles foi o escritor russo Fiódor Dostoiévski, que em 1865 perdeu todo seu dinheiro neste lugar. Ele descreve magistralmente o evento em seu romance “O Apostador” (Der Spieler, The Gambler).

Atrás do Kurpark está localizado o parque de mesmo nome, criado em 1852 no estilo de um jardim inglês que é um dos lugares mais agradáveis para se passear na cidade. Com lago e muitas flores, aqui se veem magnólias, azaleias, ciprestes, entre outros. No lago pode se passear com pequenos barcos, e ir até uma ilha artificial que apresenta uma imponente fonte de seis metros de altura, a fonte da Primavera (Springbrunnen-Fontäne).

O parque tem aproximadamente 75 mil m², e se estende do centro de Wiesbaden para o bairro de Sonnenberg.

Depois de conhecer o centro histórico de Wiesbaden, siga em direção a Nerotal para seu próximo destino – a colina Neroberg. Você pode fazer uma caminhada de 25 minutos morro acima ou optar por um curto passeio no funicular movido a água que certamente irá agradar muito as crianças, que começou a operar em 1888 e tem levado as pessoas morro acima desde então. De qualquer forma, você será recompensado com vistas espetaculares de Wiesbaden e dos arredores.

Caso você pretenda explorar uma das trilhas que começam no local, descansar nos vastos prados ou, num dia quente de verão, dar um mergulho nos lidos mais pitorescos da região, o monte Neroberg oferece vistas panorâmicas das vinhas no topo da colina.

Para o almoço, recomendamos o restaurante Opelbad, localizado em Neroberg. O restaurante é especializado em culinária alemã, então o visitante pode esperar as delícias que são comuns no país.

Após a refeição siga para o Kletterwald Neroberg, um parque de arvorismo para os pequenos instalado em Neroberg. São mais de dez atividades diferentes com diversos níveis de altura e dificuldades, sempre monitorados de perto pelos experientes monitores que os auxiliam o tempo todo. As atividades são indicadas para crianças acima de 4 anos até adolescentes.

Para voltar à cidade, pegue a trilha descendo a colina, passando pela bela igreja ortodoxa russa, a St. Elizabeth’s Church, construída pelo duque Adolfo de Nassau como um memorial à sua esposa russa, a grã-duquesa Elizabeth Mikhailovna, que morreu no parto. Adolf construiu a igreja ao redor de seu túmulo e confiou os projetos a Philipp Hoffmann, que estudou arquitetura ortodoxa especialmente para o projeto. A igreja foi construída entre 1847 e 1855 e é o último local de descanso da princesa russa Elisabeth Michailovna, filha de Michael Romanov.

Após completar o passeio pela Neroberg, siga para Heidenmauer, a construção mais antiga de Wiesbaden.

Este grande muro de pedra são os restos das muralhas romanas da antiga “Aquae Mattiacis”, o primeiro nome atribuído a Wiesbaden, do século IV. O local foi por muito tempo considerado como parte de um sistema defensivo. Entretanto, interpretações mais recentes levam a crer que seria na verdade parte de um aqueduto romano do terceiro século depois de Cristo, e que trazia água das montanhas do Taunus para a cidade.

Ao final da tarde, siga para a Kaiser-Friedrich-Therme, uma das casas de banhos termais da cidade onde você pode ficar até o final da tarde. Como uma homenagem aos antigos fundadores de Wiesbaden, o Kaiser-Friedrich-Therme foi projetado como um banho romano e está equipado com uma piscina coberta, um sudatório (sala de suor abobadada), tepidário (banho quente), sauna, bem como sauna finlandesa e banho de vapor russo. Ainda existem outros serviços como massagens e spa, que vão fazer a sua passagem por Wiesbaden ser ainda mais revigorante.

 

Dia 3

Comece o terceiro dia na cidade de Bad Homburg von der Höhe, uma bela cidade termal perto de Frankfurt. Bad Homburg atrai os turistas graças aos jardins exuberantes, opções de ótimos spas, arquitetura grandiosa e museus interessantes.

Comece o passeio pelo Kurpark, que cobre uma área de quase 40 hectares e foi projetado como um parque paisagístico inglês, com amplos gramados e árvores solitárias, densos grupos de arbustos, avenidas, caminhos sinuosos e um pequeno lago. 136 espécies de arbustos e 82 tipos de árvores, muitas das quais datam da época da criação do parque, transformam um passeio em uma experiência botânica vívida. Edifícios e monumentos históricos foram adicionados ao longo do tempo e apresentam um pouco da história deste antigo spa de classe mundial, como o “Brunnensälchen” que novamente abriga o cassino nos dias de hoje, Kaiser-Wilhelms-Bad, ou a Orangerie.

O Brunnensälchen foi construído em Brunnenallee, no Kurpark, já em 1838/39 – e foi o primeiro edifício cujo único objetivo era a interação social dos hóspedes do spa. Em 1841, os gêmeos franceses Louis e François Blanc abriram o cassino do prédio. Foi o cassino – e os milhões investidos pelos Blancs nas instalações do spa – que ajudou Homburg a se tornar um spa de classe mundial.

A Orangerie tem sido o ponto focal da vida social em Bad Homburg desde meados do século XIX. Originalmente construído em 1844 para fornecer proteção no inverno para as 40 laranjeiras que o eleitor Wilhelm von Hessen tinha dado em penhor de suas dívidas do cassino, logo foi usado pelos hóspedes do spa como um lugar para beber e passear, para relaxar e aliviar dores e dores.

Entre os monumentos que decoram o Kupark, a Sala Thai certamente merece uma menção especial. A Sala é um conjunto de dois belos pavilhões dourados ornamentados, que simbolizam a relação estreita entre Bad Homburg e a Tailândia. O primeiro pavilhão foi presenteado a Bad Homburg pelo rei Chulalongkorn do Sião em 1907 como um símbolo de gratidão, pois a cidade termal o curou de uma doença. Em 2007, o rei Bhumibol e a rainha Sirikit do Sião doaram o segundo pavilhão a Bad Homburg para marcar o centenário da recuperação do rei Chulalongkorn em Bad Homburg.

Em seguida, siga para o Museu Saalburg ou Römerkastell Saalburg Archäologischer Park em alemão, que está situado em uma antiga fortaleza que preserva um rico legado deixado pelos romanos.

Depois que os romanos saíram por volta de 260 DC, a Fortaleza de Saalburg foi abandonada e caiu em ruínas. Nos últimos anos, foi reformado e alcançou seu cobiçado status de Patrimônio Mundial da UNESCO em 2005. Durante as escavações que ocorreram a partir de meados do século XIX, não só foram descobertos os alicerces, mas também inúmeros achados do cotidiano de soldados e civis. Os achados originais em exibição no Museu de Saalburg são realçados por salas e modelos encenados e fornecem uma visão fascinante de tempos passados. Eles encontraram seu lar nas salas lindamente curadas do Museu de Saalburg, onde ainda são admirados por milhares de visitantes.

Por fim, siga para o Freilichtmuseum Hessenpark, o museu ao ar livre da cidade.

O museu ao ar livre Hessenpark oferece um panorama dos 400 anos de vida rural que antecederam o período moderno no estado de Hessen. Os visitantes aprendem sobre a vida cotidiana e a cultura dos festivais do século XVII aos anos 1980.

Toda a variedade de construções, residências e trabalhos manuais, agrícolas e domésticos, é demonstrada de maneira impressionante em mais de 100 edifícios originais em 60 hectares de espaço aberto. Muitos animais vivem no local, que costumava ser típico das fazendas da região. O Hessenpark está muito comprometido com a preservação ou retrocruzamento de antigas raças de animais de fazenda. A animada apresentação geral do museu inclui inúmeras demonstrações de artesanato e agricultura. Além disso, interessantes exposições permanentes e especiais, eventos sazonais, o teatro do museu, bem como palestras e passeios emocionantes, que transmitem uma imagem diversificada de tempos passados: a história tangível em um museu vivo.

Em seguida, retorne para Frankfurt. Ao chegar, faça uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o restaurante Schwarzer Stern especializado em culinária alemã com enfoque nas carnes. Não deixe de pedir o Apfelstrudel de sobremesa, um doce de massa folhada recheada com maçã que costuma ser servido com sorvete.

Após a refeição, siga para o Museum Judengasse, o museu de história e cultura judaica de Frankfurt.

Em 1460, o Conselho Municipal de Frankfurt decidiu segregar a população judaica do restante da cidade, estabelecendo a comunidade em um distrito próprio (GUETO). Inicialmente, apenas algumas famílias viviam ao longo do estreito beco paralelo às antigas muralhas da cidade. No século 17, entretanto, cerca de 3.000 pessoas viviam lá. A Judengasse em Frankfurt tornou-se um dos centros mais importantes da vida judaica na Europa. Em nenhuma outra cidade alemã havia uma comunidade judaica tão grande. No final do século 19, a maioria dos edifícios da Judengasse foram demolidos. A área sofreu grande destruição durante a Segunda Guerra Mundial e a reconstrução não deixou sinais visíveis do gueto na atual paisagem urbana de Frankfurt.

O uso da área no pós-guerra incluiu um estacionamento, um posto de gasolina e um mercado atacadista de flores. A decisão de construir um complexo administrativo desencadeou uma discussão pública sobre o que fazer com os vestígios arqueológicos descobertos durante a escavação de 1977. Foram encontradas as fundações de 19 edifícios e cinco deles podem ser vistos no “Museu Judengasse” que foi incorporado no novo edifício que posteriormente se tornou o museu.

A exposição no Museu Judengasse oferece diferentes visões da vida cotidiana dos judeus no início da era moderna que tem como intuito mostrar para os visitantes como viviam os habitantes da Judengasse, quem morou nas casas cujas fundações você agora pode ver no museu e do que viviam os judeus de Frankfurt.

Em meio às ruínas preservadas, a exposição permite que objetos que antes eram feitos ou usados ??no local falassem por si. Uma sala é inteiramente dedicada à música e literatura que surgiram, foram lidas ou impressas no local. Para as crianças, existe uma programação especial oferecida nos fins de semana e um programa infantil é apresentado uma vez por mês no museu.

Ao lado do museu está localizado o Antigo Cemitério Judaico de Frankfurt. Esse é o segundo cemitério judeu mais antigo preservado ao norte dos Alpes, depois do Cemitério Judeu ‘Heiliger Sand’ em Worms, na Alemanha. A lápide mais antiga ainda existente data de 1272 – a mais antiga evidência material da vida judaica em Frankfurt.

O cemitério ficava originalmente fora da cidade e não foi incluído dentro das muralhas da cidade até que a cidade foi expandida em 1333. As comunidades judaicas das áreas circundantes que não tinham seu próprio cemitério também colocaram seus mortos para descansar lá até o século XVI. Este solo sagrado serviu aos judeus de Frankfurt como um local de descanso final até 1828. Quando o novo cemitério principal de Frankfurt foi estabelecido, a comunidade judaica também recebeu um novo cemitério na fronteira sudeste do novo cemitério principal, na Rat-Beil-Strasse. Em 1929, um novo cemitério judeu foi criado flanqueando o norte do cemitério principal, na Eckenheimer Landstrasse, que segue sendo usado para sepultamentos.

Em 1939, durante o governo nazista, a comunidade judaica foi forçada a vender seus cemitérios junto com suas outras propriedades para a cidade de Frankfurt. O plano era destruir o cemitério Battonnstrasse. A demolição de quase 6.500 lápides começou no início de 1943. Cerca de 175 lápides selecionadas, de importância histórica ou valor particular no sentido artístico, foram removidas com antecedência para o cemitério em Rat-Beil-Strasse. O trabalho de demolição do cemitério foi interrompido devido a bombardeios e destroços e entulho despejados lá. Como resultado, 2.500 lápides permaneceram totalmente preservadas, junto com milhares de fragmentos de lápides quebrados.

O cemitério foi devolvido à recém-formada Comunidade Judaica após o fim do regime nazista. No entanto, o trabalho de limpeza do cemitério continuou até o final da década de 1950. As lápides removidas para a Rat-Beil-Strasse foram devolvidas e empilhadas ao longo do interior do muro do cemitério, pois sua localização original não pôde mais ser determinada. As lápides de algumas personalidades conhecidas, como Mayer Amschel Rothschild e Rabino Nathan Adler, foram agrupadas em um canto na parede sul.

Seguindo o passeio em Frankfurt, siga para o edifício da Bolsa de Valores ou Frankfurter Wertpapierbörse em alemão. O prédio é muito bonito e vale uma visita pelo lado de fora para admirar a construção.

Ao final do dia, siga para em Frankfurt na Zeil, o boulevard de compras na cidade.

Mesmo que você não tenha a intenção de comprar nada, a área vai chamar a sua atenção pelo grande movimento, especialmente nos finais de semana, quando a rua para pedestres se transforma em palco para apresentações de artistas de rua.

Caso sua intenção seja fazer compras, esse é o local ideal. Um dos destaques é o gigantesco MyZeil, um shopping com uma fachada de vidro muito interessante e uma escada rolante que vai do primeiro ao quarto andar sem paradas. No interior, além da grande variedade de lojas, há também restaurantes, cafés e lanchonetes.

À noite, siga para a região de Old Sachsenhausen.

Nas ruas estreitas de paralelepípedos e pequenas praças com casas de madeira e fontes, os visitantes de Frankfurt se sentem transportados de volta no tempo. Na região das ruas Rittergasse, Paradiesgasse e Klappergasse, os turistas se encontram sentados em longos bancos em mesas de madeira, bebendo seu “Stöffche” ou o “Apfelwein”, variações da cidra de maçã, muito consumida em Frankfurt.

O centro do bairro é a Klappergasse com a famosa fonte Frau Rauscher. Em intervalos irregulares, ela espirra água, às vezes pegando pedestres desatentos. Em nenhum outro bairro há tantas fontes em funcionamento como em Sachsenhausen. Qualquer pessoa que deseja evitar as festividades animadas, úmidas e alegres na Klappergasse e arredores deve escolher bares de vinho de maçã em locais escondidos com pátios isolados nos limites do bairro ou perto da Schweizer Straße, a atraente área comercial de Sachsenhausen. Para o jantar, nossa sugestão é o restaurante Apfelwein Wagner, que além de servir a famosa cidra, delicia os visitantes com clássicos da culinária alemã.

 

Dia 4

Comece o quarto dia na cidade de Heidelberg, cidade localizada a uma hora de carro de Frankfurt.

Situada num vale às margens do rio Neckar, é a cidade universitária mais antiga da Alemanha, fundada em 1386. Cinco prêmios Nobel saíram da cidade e hoje quase 30 mil estudantes frequentam o seu campus. Mas a cidade também é conhecida como um destino romântico, por seu belíssimo centro histórico em estilo barroco e por seu imponente castelo “pendurado” no alto de um monte. Uma das cidades alemãs mais bem conservadas após a Segunda Guerra Mundial, Heidelberg oferece uma grande variedade de atividades culturais para os visitantes, especialmente para quem visita a cidade em família.

Comece o dia se encaminhando para a principal atração da cidade, o Castelo de Heidelberg, localizado na encosta da montanha Königstuhl. O Castelo de Heidelberg, hoje em ruínas, não é apenas o principal monumento histórico da cidade, mas também um castelo incomum e místico que, além disso, oferece algumas das vistas mais excepcionais de Heidelberg.

O castelo foi construído no século XV e posteriormente foi ampliado com elementos de vários estilos arquitetônicos diferentes. Infelizmente, a maior parte do castelo foi destruída na guerra contra os franceses no século XIX. É possível subir ao castelo através de funicular ou a pé. Ao entrar no castelo pelo portão, você chega a Torturn, o pátio principal do Castelo de Heidelberg. Embora a maioria dos edifícios do castelo estejam em ruínas, você pode contemplar algumas das fachadas e ver esta emocionante mistura de estilos que caracteriza o castelo.  O Castelo possui também uma adega, onde é possível degustar vinhos locais. Um destaque do passeio é o maior barril de vinho do mundo, que tem capacidade para 220 mil litros.

Embora o castelo alemão seja mais famoso por sua atmosfera e não pelos museus que os visitantes encontram lá, uma das coisas interessantes para fazer em Heidelberg é passar algum tempo no Museu da Farmácia no interior do Castelo de Heidelberg. Olhando para os objetos originais, você pode imaginar como eram bonitas as apothekes (farmácia em alemão) dos séculos XVII e XVIII. No museu, você também pode aprender muitas coisas interessantes sobre a alquimia e a vida dos farmacêuticos.

Após o passeio pelo castelo, siga para o centro da cidade, mais especificamente para a Ponte Karl Theodor, conhecida como Ponte Velha.

A Ponte Karl Theodor é provavelmente o monumento mais pitoresco a se visitar em Heidelberg. Esta ponte que todas as pessoas chamam de Ponte Velha foi construída no final do século XVIII, durante o reinado de Karl Theodor, um dos príncipes mais bem-sucedidos da Baviera.

É interessante saber que antigamente existiam duas outras pontes onde está a atual, mas ambas foram destruídas pelas inundações. Por isso decidiram construir uma forte ponte de pedra, que tem resistido desde então. A cor avermelhada da pedra usada na ponte pode ser vista em muitas outras construções da cidade. Vale a pena parar no meio da ponte para contemplar o castelo e o belo portão de entrada do Centro Histórico com suas torres brancas. Uma atividade interessante é colocar as crianças para procurar a estátua do macaco na ponte.

Em seguida, siga caminhando pelas ruas da cidade até chegar na praça mais importante da cidade, a Marktplatz, onde o mercado medieval acontecia há séculos. A Igreja do Espírito Santo é o edifício mais impressionante do local, mas vale a pena conferir a Câmara Municipal e a Fonte de Hércules no centro da praça. As casas coloridas ao redor da praça fazem o local ter uma aparência alegre, o que é aumentado com as pessoas tomando uma cerveja ou fazendo uma refeição no local.

A Heiliggeistkirche ou Igreja do Espírito Santo é a maior e mais importante igreja de Heidelberg fica no coração da cidade velha, perto da ponte velha e com vista para o castelo. Foi construída entre 1398 e 1515 como igreja representativa e sepultura dos eleitores. Abrigou a Bibliotheca Palatina, uma das mais importantes bibliotecas alemãs do Renascimento. Vale a visita mesmo que seja apenas para fotografar o impressionante interior.

Em seguida, faça um passeio pela Hauptstrasse, a rua principal de Heidelberg, que segue paralela ao rio Neckar. É a artéria comercial da cidade que conecta a Praça Bismarck com Karlstor, uma espécie de arco do século XVIII. Esta rua está sempre movimentada tanto com locais quanto com turistas, e você pode encontrar músicos de rua em muitos lugares, principalmente nos finais de semana. Uma das melhores coisas para se fazer em Heidelberg é aproveitar o ambiente alegre desta rua.

Para o almoço, nossa recomendação é o Palmbräu Gasse, localizado na Hauptstrasse e que oferece um spätzle (um tipo de noodle) fantástico.

Depois da refeição continue explorando a cidade. A cidade velha de Heidelberg está cheia de charmosas casas antigas, e muitas delas contêm essa cor avermelhada que pode ser notado desde a Ponte Velha. Provavelmente, a mais impressionante dessas casas antigas é a Haus zum Ritter, que tem uma fachada muito elaborada. Foi construído no final do século 16 por um comerciante francês, Charles Bélier. É uma das muitas casas construídas por prósperos mercadores da época, mas infelizmente é a única que se encontra no estado original, já que as outras foram destruídas durante a guerra de 9 anos (1688-1697), a mesma guerra que devastou Castelo de Heidelberg. Hoje o local abriga um hotel.

Depois do passeio pela cidade velha, atravesse o Rio Neckar e siga para fazer a Caminhada dos Filósofos, ou Philosophenweg em alemão.

Ninguém poderia resumir melhor a essência de Heidelberg do que o escritor Goethe. O escritor alemão escreveu: “Heidelberg tem algo ideal”. Muitos outros escritores como Mark Twain, compositores como Schumann, filósofos como Hegel e outros indivíduos de importância histórica significativa como Martinho Lutero encontraram inspiração ao passear por esta cidade.

A Caminhada dos Filósofos (Philosophenweg) pode ser o local mais fortemente associado a essa riqueza intelectual. É uma trilha a pé na encosta que oferece vistas fascinantes de Heidelberg e de todo o centro histórico. É um dos locais mais bonitos da cidade e certamente oferece uma das mais belas vistas de Heidelberg.

Para ter uma vista ainda mais privilegiada, vale a pena subir até o observatório Fuchs-Rondell – Aussichtspunkt que oferece sem dúvidas a vista mais bonita para a cidade velha de Heidelberg. A vista ao por do sol é inesquecível.

Para encerrar o dia, faça uma caminhada pela cidade a noite, quando as luzes estão acesas e a atmosfera mágica da cidade fica ainda mais em evidência.

Para o jantar, recomendamos o restaurante Schnitzelbank, operando há mais de 300 anos. Apesar do Schnitzel ser o forte da casa, outro prato tradicional é o Eisbein, joelho de porco assado.

Dia 5

Comece o quinto dia na cidade de Rüdesheim am Rhein, localizada a 60km de Frankfurt.

Localizada na região do Vale do Rio Reno e com cerca de 10 mil habitantes, Rüdesheim am Rhein é uma pérola ainda não descoberta por grande parte dos turistas que visitam a região. A cidade sempre teve importância histórica por servir de entreposto comercial. Por ela, passavam barcos que navegavam pelo Reno trazendo mercadorias de diversos pontos da Europa e muita coisa era vendida na cidade.

O melhor lugar para começar o dia é no Monunumento Niedervald, localizado no parque de mesmo nome que fica no alto de uma colina. Este monumento, símbolo da unificação alemã, faz referência aos 39 diferentes reinos, ducados e cidades.

Há três maneiras de se chegar até lá: você pode optar por ir de carro, fazer uma caminhada entre os vinhedos ou ir de teleférico e ter uma vista panorâmica da cidade. Além de ver de perto o Monumento Niedervald e observar Rüdesheim am Rhein de altura de 230 metros, uma vez que você está no Parque Niedervald é possível fazer longas caminhadas por entre as árvores. Recomendamos que você deixe o carro estacionado na cidade e suba de teleférico e desça a pé, para ter um maior aproveitamento do passeio.

Construído para comemorar a fundação do Império Alemão em 1871, após o fim da Guerra Franco-Prussiana, foi inaugurado em 28 de setembro de 1883. Com 38 metros de altura, ele representa a união dos povos alemães. Ali é possível ver toda a cidade e boa parte do Rio Reno. Para ter uma vista ainda mais bonita, suba até o Niederwaldtempel, um templo construído pelo Conde von Ostein em 1790. Durante a era romântica do século 19, o templo foi visitado por personalidades ilustres, como Brentano, Beethoven e Goethe. Destruído por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, foi inaugurado novamente em junho de 2006 após uma completa reconstrução.

A região ainda conta com inúmeras trilhas com pontos panorâmicos para a cidade, o Rio Reno e os vinhedos próximos.

Ao terminar o passeio pelo parque, não deixe de conhecer o adorável centro histórico da cidade. Comece pelo Boosenburg, uma fortaleza românica que possui uma torre de 38 metros de altura e seus jardins cheios de vinhas. Datada do século IX, o lugar serviu durante muitos anos como residência. Em 1830 foi comprada pelo Conde Schönborn que a reconstruiu. Desde 1939 é a sede da vinícola Carl Jung, e continua a ser uma residência privada. Não é aberta ao público.

Em seguida, caminhe alguns metros em direção ao centro histórico da cidade até a Drosselgasse, uma rua charmosa que possui uma arquitetura típica enxaimel (técnica de construção que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos) e com vários trechos onde parreirais de uva servem de cobertura, aumentando ainda mais sua beleza. Não deixe de olhar para cima ao atravessá-la, a beleza está em diversas portas, janelas, placas de ferro forjado.

Em determinado ponto da rua é possível ver o Glockenspiel, um carrilhão que toca música de meia em meia hora. Feitos de porcelana Meissen, eles fazem turistas e moradores entortar o pescoço para ver as figuras de madeira que representam os quatro grandes anos das safras vinícolas no século XX da região. É uma das atrações mais populares da cidade de Rudesheim.

Além disso, a Drosselgasse é o point gastronômico de Rüdesheim am Rhein, reunindo diversas opções de restaurantes especializados em receitas regionais, quase todos animados por música ao vivo. Para o almoço, recomendamos o restaurante mais antigo da Drosselgrasse, o Drosselholf, que funciona desde 1727 e é famoso por servir os melhores vinhos da região. O destaque do cardápio é um salmão com molho de sete ervas verdes, bastante típico no país, acompanhado de croquetes de batatas.

Após a refeição, é hora de seguir para a próxima atração, o Castelo de Eltz.

Construído há mais de 850 anos no topo de um rochedo de 70 metros de altura, o castelo de Eltz é uma das construções mais impressionantes da Alemanha.

Acredita-se que tenha sido erguido entre os séculos XI e XII, ao longo da dinastia Stauffer, em uma posição estratégica bem próxima da rota comercial que ligava o rio Mosela até Eiffel e Maifeld, um dos percursos mercantis mais importantes do Império Alemão. O castelo contorna o rio Eltz em três dos seus quatros lados, o que lhe dava muito influência política.

Parte da família Eltz ainda vive no castelo, por isso apenas uma parte pode ser visitada. O tour inclui o belíssimo pátio; o arsenal da antiga Casa Rübenach, que contém uma coleção de armas dos séculos XIV a XVII; o salão inferior e superior da Casa Rübenach, diversas outras salas com móveis originais, o quarto da Condessa, que possui a cama renascentista construída em 1500 e a cozinha de Rodendorf, com utensílios originais do século XV.

Ao contrário de outros castelos no topo de colinas nas cidades, Burg Eltz fica no meio do nada, sem cidades ou vilas de apoio, acessível por uma pequena estrada e uma trilha com lindas florestas ao redor.

Não é possível subir de carro até o castelo, portanto, há duas opções de acesso a partir do estacionamento. A primeira opção é deixar o carro no estacionamento e subir com o traslado de ônibus ou fazer a trilha a pé até o castelo. É uma caminhada adorável e fácil para todos os níveis, e onde você pode ver o castelo surgir gradativamente ao longo da trilha.

A única maneira de ver o interior do castelo é com um passeio de 40 minutos. Os passeios acontecem a cada hora e os guias falam inglês e alemão, porém lembre-se de fazer uma reserva antecipada pois não é possível comprar entradas no local. O interior do castelo não é tão grandioso como os castelos da Baviera, mas cada quarto reflete a história da região da Renânia-Palatinado.

Em 1268, o poder de Burg Eltz foi dividido entre três descentes, os Rübenach, Rodendorf e Kempenich, onde cada um alterou o que lhe foi de agrado, por isso é muito fácil encontrar as diferenças nos estilos arquitetônicos e no design interior. São oito torres residenciais com até 35 metros de altura, frontões no estilo greco-romano, torres medievais, janelas com belíssimos vitrais e um pátio onde se encontra cinco séculos de história da família Eltz e suas ramificações.

Também é possível conhecer o arsenal e tesouro da família Eltz, uma das coleções mais importantes do gênero na Europa. Inclui importantes artefatos de ouro e prata, porcelana, joias, vidro, marfim, moedas e armas com 850 anos de história da família.

Após o passeio pelo castelo, siga para a cidade de Mörsdorf para conhecer a Ponte Suspensa Geierlay.

A ponte tem 360 metros de comprimento, 100 metros de altura e 85 centímetros de largura, e atravessa o vale do rio Mörsdorfer. A ponte foi inaugurada em 2015 e apesar de ser famosa na Alemanha, não é ainda uma grande descoberta dos turistas internacionais. É necessária uma trilha de 1,2 Km até a ponte suspensa, isso dá aproximadamente 20 minutos de caminhada, dependendo do ritmo. A trilha é toda pavimentada e bem tranquila de fazer, cercada de muito verde.

A ponte está localizada no coração das montanhas Hunsrück, sendo possível aproveitar toda a área verde cercada de trilhas até o Vale de Sosberg. A ponte não balança muito, mesmo quando está lotada de turistas. No entanto, recomendamos que você deixe para fazer o passeio pela ponte ao pôr do sol, é lindíssimo.

De volta a Frankfurt a noite, recomendamos o restaurante Atschel, excelente para experimentar novas cervejas e se deliciar na carne de porco do jeito que só os alemães sabem fazer.