LISBOA, Portugal – Family Trip

Com o seu castelo no topo da colina, bondes charmosos, parques e um grande rio fluindo para praias muito bonitas, a capital portuguesa é um dos melhores destinos da Europa para as famílias. É notoriamente uma das cidades mais ensolaradas do continente, mas as brisas refrescantes do rio impedem que o clima fique muito quente no verão e mesmo se o tempo não colaborar, existem uma série de atividades indoor para toda a família.

Organizamos as nossas sugestões de passeios em formato de roteiro e concentramos os pontos mais importantes (passando sempre pela aprovação das crianças) em três dias de acordo com experiências de quem já viajou para Lisboa em família. Você pode adicionar mais dias na sua estadia, visitar pontos que não citamos ou passar mais tempo em cada local, o que vale é que a experiência seja inesquecível para toda a família.

 

Dia 1

Passe o seu primeiro dia em Lisboa com as crianças explorando as atrações mais históricas na região central da cidade. O centro de Lisboa é composto por quatro áreas – Alfama, Bairro Alto, Chiado e Baixa Essas áreas são o coração da cidade e elas merecem um dia inteiro para serem exploradas.

Comece pela Praça do Comércio, o antigo centro comercial de Lisboa e, por isso, todos os caminhos parecem conduzir até esse local. Os três lados desta linda praça iluminada são revestidos por edifícios pintados de amarelo-girassol e o quarto é aberto para o enorme rio Tejo e seu passeio. Caminhar ao longo do animado calçadão é divertido, especialmente em uma noite quente.

A Praça do Comércio é um bom local para se orientar no primeiro dia em Lisboa. A praça está localizada centralmente perto de muitos pontos importantes da cidade.  Na própria praça está o Lisboa Story Centre, um museu que traça a história de Lisboa incluindo detalhes sobre o terramoto e tsunami que destruiu grande parte da cidade em 1755.

A praça está quase toda vazia, exceto por uma estátua de D. José I e o Arco da Rua Augusta, onde se é possível subir e ter uma visão privilegiada da praça, da Rua Augusta e do Rio Tejo.

Depois de conhecer a praça, siga em direção ao Castelo de São Jorge e no caminho não deixe de explorar um pouco do bairro de Alfama.

Nenhuma visita a Lisboa estaria completa sem explorar o encantador bairro de Alfama. As casas coloridas alinhadas em ruas estreitas com bondes antigos subindo e descendo as colinas, e as belas vistas dos muitos miradouros criam uma atmosfera incrível para o bairro.

Para chegar até o Castelo de São Jorge não deixe de fazer a rota do bonde 28 que passa por lugares como o Miradouro de Santa Luzia e a Catedral da Sé de Lisboa (que embora seja muito bonita e histórica pode ser um pouco entediante para as crianças, então vale a pena tirar uma foto durante o trajeto). Se você visitar Lisboa no verão e o dia estiver muito quente, vale a pena fazer o caminho de bondinho.

Durante a sua viagem você irá perceber que Lisboa é uma cidade de vistas. Suas sete colinas oferecem muitos lugares para observar o resto da cidade. Localizado no topo de uma das muitas colinas da cidade, o Castelo de São Jorge é um dos melhores locais para obter vistas incríveis do centro de Lisboa, para além de ser um local interessante para passear.

O castelo está quase todo em ruínas, mas data do século XI, quando foi construído pelos mouros. Porém há muito o que explorar no local, desde subir até o topo das ruínas do palácio, brincar com o canhão e explorar as torres do castelo. Há exposições permanentes sobre a história do castelo, que podem ser interessantes para crianças mais velhas e adolescentes.

Após conhecer o Castelo, siga para o Elevador de Santa Justa, construído em 1902 e liga a zona Baixa ao Carmo, por isso é também denominado Elevador do Carmo. As colinas são realmente íngremes nesta zona de Lisboa, e é um indicador do clamor popular para que essa inovação tecnológica chegasse à cidade para auxiliar na locomoção da população, especialmente dos mais velhos.

A estrutura em Art Noveau de autoria do engenheiro Raul Mesnier é uma das atrações mais populares da cidade, então se no dia da sua visita haver grandes filas e as crianças quiserem muito entrar no elevador, vale a pena voltar em outro dia mais cedo, antes da maioria dos turistas chegarem até lá. Ou se não houver intenção de descer pelo elevador, a plataforma de observação por si só já é um ótimo passeio.

Dali você pode descer até a Praça do Rossio, uma das mais bonitas e antigas de Lisboa. Há mais de seis séculos ela tem sido o palco de diversos acontecimentos importantes na história de Lisboa.

Na praça existe uma loja chamada O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa que comercializa sardinhas em lata com uma embalagem especial, já que em todas as tampas existem datas, então é bem comum turistas levarem esse item inusitado dessa loja como lembrança de viagem. Entretanto, o que faz essa loja um ponto a ser visitado é a decoração. A loja foi inteiramente criada em uma ambientação lúdica com influência circense, fazendo do local uma diversão para os pequenos. Vale a pena a visita, mesmo que seja só para ver de perto a decoração.

Depois da visita, siga para o Time Out Market, antes chamado de Mercado da Ribeira e não perca a oportunidade de fazer um almoço tardio no local.

Esse é um mercado que serve locais e visitantes o melhor em pizza, hambúrgueres, ramen e favoritos portugueses preparados com muita criatividade. Desde que a revista Time Out assumiu o Mercado da Ribeira, o antigo mercado de peixe e carne transformou-se em um refeitório com curadoria de 50 barracas onde pode experimentar pratos de alguns dos melhores chefs de Portugal. Um destaque são os sanduíches de salmão no Prego da Peixaria, são imperdíveis.

Os adultos também podem experimentar o licor de cereja portuguesa, ginja ou ginjinha, que muitas vezes é servido em copos de leite ou de chocolate preto em vários estabelecimentos do Time Out Market. Também existem versões sem álcool para os pequenos. A ginja é feita de cerejas e aguardente combinadas com açúcar, canela e água. Não tem um gosto muito forte e é mais saboroso combinada com chocolate.

Após o passeio, siga para o Zoológico de Lisboa, um dos primeiros a serem inaugurados na Península Ibérica.

Muitos animais que hoje vivem no zoológico vieram da África e do Brasil, contribuindo para que este atrativo tivesse uma vasta e diversificada coleção de animais. O Jardim Zoológico de Lisboa assume um papel ativo na conservação e proteção da Natureza, e com a melhoria das instalações ao passar dos anos, conseguiu elevar a taxa de natalidade dos animais. O parque conta com cerca de 2000 animais, divididos em aproximadamente 330 espécies. O zoo conta ainda com um Hospital Veterinário que foi considerado o melhor da Europa pela Associação Europeia de Zoos e Aquários, além de um Pet Hotel.

Apesar de boa parte dos animais terem vindo do Brasil e África, existem animais de todo o mundo no zoológico. Desde os graciosos felinos como o tigre branco até os grandes animais da África como leões, girafas e elefantes, existe diversão garantida para os pequenos.

Além dos animais, existem outras atrações imperdíveis no zoo como apresentações de golfinhos treinados que fazem shows de hora em hora e apresentações de aves magníficas com seus treinadores. Há também um teleférico, que circunda o parque em 20 minutos o trem que dá a volta por todo o zoológico.

Uma outra atração interessante é o Museu das Crianças, localizado bem próximo ao zoológico.

O museu na realidade mais se trata de um espaço de brincar do que um museu em si. Inaugurado em 1994, o Museu das Crianças é espaço interativo que desperta a curiosidade dos mais pequenos e onde eles não se cansam de aprender. Com uma variedade de atividades, são diversos os temas que as crianças encontram no local. Desde ciência à história, passando por experiências no mundo da cozinha da matemática ou da física, tudo é abordado no museu.

Embora o museu seja muito educativo, crianças maiores de 8 anos podem não ter o mesmo aproveitamento que as crianças pequenas. É importante mencionar que embora o zoológico e o Museu das Crianças fiquem no mesmo espaço, ambas são atrações completas e para ter total aproveitamento é preferível optar por uma ou outra. Outro detalhe a respeito do Museu das Crianças é que é necessário fazer reservas antecipadamente, e a visita nele dura ao redor de duas horas e meia.

Ao final do dia retorne para o centro de Lisboa para jantar. A nossa recomendação é o restaurante português Crisfama que tem como forte peixes feitos na brasa, além de servir sopas e pequenas porções.

 

Dia 2

Dedique o segundo dia para conhecer o bairro de Belém, localizada no norte da cidade. Como é um bairro mais afastado, esteja preparado para passar o dia todo na região.

Antes de entrar efetivamente na região histórica, comece o dia fazendo um passeio em um veículo anfíbio que percorre alguns pontos históricos de Lisboa.

O passeio por terra começa na Doca do Bom Sucesso e passa por pontos como a Praça do Comércio e o Mosteiro dos Jerônimos. Quando o veículo retorna a Doca e entra no Rio Tejo passa por pontos como o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém, que podem ser visitados mais tarde.

A bordo encontram-se animadores que vão compartilhar com os turistas algumas curiosidades e lendas de forma divertida, o que certamente irá entreter as crianças durante o passeio. O trajeto dura uma hora e meia e retorna ao ponto de saída.

Ao final do passeio siga para um dos mais famosos estabelecimentos de Lisboa, a Pastéis de Belém.

Pastel de Nata é uma especialidade portuguesa e os que são vendidos em Belém são considerados os melhores do mundo. Os pasteis são pastéis de nata cremosos com uma massa folhada muito suave.

Procure ir o mais cedo possível pois este café é uma instituição lisboeta e está sempre cheio. A decoração é bem portuguesa com bastantes azulejos nas paredes e caixas vintage e outros equipamentos expostos nas várias salas. Há até uma grande janela para a cozinha, onde você pode ver os chefs trabalhando fazendo os doces.

Ao virar da esquina do café Pasteis de Belém encontra-se o Jardim Botânico Tropical, um excelente local para fazer um passeio ao ar livre.

O Jardim Botânico Tropical, também conhecido por Jardim Colonial, foi criado em 1906 e é totalmente direcionado para o ensino e para o conhecimento científico.

O local abriga milhares de espécies de árvores, plantas, flores e contêm caminhos para trilhas e pequenas caminhadas no parque.

Após o passeio, siga para o Mosteiro dos Jerônimos, um complexo que já foi uma pequena capela antes da expansão encomendada por Dom Henrique em 1452.

O Mosteiro dos Jerônimos é, junto com a Torre de Belém, a atração turística mais visitada de Lisboa. É no seu interior que fica a tumba de Vasco da Gama. Criado pelo arquiteto Diogo de Boitaca, a construção do Mosteiro dos Jerônimos teve início em janeiro de 1501 e terminou no final do século XVI. O estilo predominante do mosteiro é o manuelino e foi construído para celebrar o retorno de Vasco da Gama das Índias.

Como curiosidade, a localização do mosteiro foi escolhida por ser onde estava a Ermida do Restelo, igreja onde Vasco da Gama e sua tripulação passaram um tempo rezando antes de começar sua viagem.

Em 1907, o Mosteiro dos Jerônimos recebeu o título de Patrimônio Humanidade pela UNESCO, sendo um dos ápices da arquitetura manuelina portuguesa. Além e ser Patrimônio da Humanidade, o mosteiro também foi eleito em 2007 como uma das sete maravilhas de Portugal. Ele recebe quase um milhão de visitantes a cada ano. Hoje, o Mosteiro dos Jerónimos serve como descanso para Dom Manuel I e seus descendentes, que estão na capela-mor da Igreja e em algumas capelas laterais.

Em seguida, faça uma pausa para o almoço. Nossa sugestão é o Comptoir Parisien, um bistrô muito agradável localizado entre o Jardim Vasco da Gama e o Jardim Botânico Tropical. O menu é variado, possuindo lanches e porções até pratos mais elaborados, como a excelente Trilogie de Tartares (Atum, Salmão e Carne). O bistrô também possui um menu infantil e possui mesas ao ar livre, ideal para aproveitar ainda mais o dia.

Após a refeição siga para o bonito Jardim da Praça do Império.

O maior destaque do Jardim, para além da sua exímia localização, é a Fonte Monumental de Belém, também conhecida por Fonte Luminosa, pelos jogos de luzes conseguidos com os efeitos da água nas noites. Durante o dia, é permitido que as crianças entrem na fonte para se refrescar.

Em seguida, caminhe em direção ao Rio Tejo para visitar o Padrão dos Descobrimentos.

Construído às margens do Tejo pelo arquiteto Cottinelli Telmo em 1960, o Padrão dos Descobrimentos fica no mesmo local onde um monumento com a mesma temática se estendia anteriormente, porém construído com materiais de pouca durabilidade, por isso houve a substituição.

Quando erguido de forma permanente o Padrão dos Descobrimentos foi edificado como parte das celebrações do aniversário de 500 anos de morte de Dom Henrique, príncipe português e a figura mais importante para o início da expansão marítima do país.

O grande marco lisboeta tem o formato de uma caravela se lançando ao mar, com a estátua de Dom Henrique em sua proa, comandando a maior equipe de navegadores do mundo. Nomes como Vasco da Gama, Bartolomeu Dias (desbravador do Cabo da Boa Esperança) e Pedro Álvares Cabral se fazem presentes nas 32 estátuas que circundam o monumento. Até o poeta Camões também está eternizado na estrutura devido à sua importância ao escrever o grande clássico da literatura do país, Os Lusíadas, relato sobre as vitórias marítimas portuguesas.

O enorme pátio de acesso ao Padrão dos Descobrimentos possui o piso decorado um uma gigantesca rosa dos ventos de 50 metros de diâmetro, presente da África do Sul a Portugal. O desenho é composto por um mapa mundi repleto de datas das descobertas mais significativas de Portugal durante a expansão marítima – destaque para a chegada em Porto Seguro em 1500. A vista do topo do monumento permite uma visão ímpar a esse enorme mural. Não deixe de subir no mirante, caso queira ter uma vista inesquecível de Belém e do Rio Tejo, assim como da Rosa dos Ventos.

Após visitar o Padrão, siga para a Torre de Belém, construção datada de 1514.

Em cinco séculos de história, a Torre de Belém já foi forte, prisão, alfândega e farol, e hoje é o maior símbolo do país, sendo retratada em dezenas de latas de azeite mundo afora. Originalmente erguida numa ilha no estuário do Tejo, quase no meio do curso do rio, ela servia como baluarte defensivo para o porto em épocas antigas. Sua elaborada ornamentação, típica do estilo manuelino, remete às conquistas no Oriente e traz diversos motivos navais.

Para ter uma experiência ainda mais marcante, não deixe de entrar na torre. Do corpo da torre, que possui 4 andares além do terraço, podemos ver a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e a Capela. Cada uma com suas distintas características. Mas é o terraço que rouba a atenção com sua privilegiada vista para o Rio Tejo e para dentro do bairro de Belém.

Lá do alto a vista é magnífica, sendo possível ver o Tejo desaguando no Oceano Atlântico. Tente coordenar a visita para estar lá em cima durante o pôr do sol e será inesquecível.

Ao final do dia, retorne para o centro de Lisboa. A recomendação é o restaurante Belcanto, que traz pratos clássicos da culinária portuguesa com releituras modernas. O visitante pode esperar vários pratos com peixes e frutos do mar.

 

Dia 3

Dedique o terceiro dia para conhecer o bairro Parque das Nações, a região mais moderna de Lisboa.

Comece o passeio no Oceanário de Lisboa, um dos melhores aquários da Europa. O aquário é o lar de uma grande variedade de animais marinhos, incluindo peixes, pássaros, mamíferos e invertebrados.

Construído e inaugurado para a Expo 98, o Oceanário fica justamente no Parque das Nações. Esse magnífico aquário conta com mais de 15.000 animais de 450 espécies. Por isso, é reconhecido como um dos maiores oceanários da Europa, atrás apenas do L’Oceanogràfic de Valência.

A visita à exposição se dá em dois níveis, o terrestre e o subaquático. Isto é, passa pelas peculiaridades de cada tipo de mar: de águas temperadas, tropicais e frias. Como resultado, o visitante encontra inclusive aves que vivem próximas ao oceano. Portanto, é possível ver animais como papagaios do mar e andorinhas.

Também é possível ver inúmeras espécies de pinguins, assim como observar peixes como a barracuda gigante, cavalo-marinho, arraia, peixe-palhaço e uma infinidade de espécies, entre elas diversos tipos de tubarão.

Além das galerias, o Oceanário oferece diversas atividades recreativas voltadas para as crianças. Entre elas estão visitas guiadas para grupos às exposições permanentes e às exposições temporárias. Já uma atividade para os pequenos, é o “Concerto para bebês”, com apresentação musical em frente ao aquário central aos sábados de manhã, sendo para bebês e crianças de até 3 anos. Além disso, ainda é possível assistir o Fado Miudinho também para crianças pequenas de até 4 anos ou realizar atividades especiais de férias.

Após a visita, siga para os Jardins das Águas, localizado em frente ao Oceanário. O jardim é extenso e nos dias quentes de verão, a fonte em cascata do parque é bastante procurada para quem deseja se refrescar.

Na região leste do parque está localizado o Jardim das Ondas, um campo gramado chamado dessa forma por conta das ondulações no terreno que lembram as ondas do mar. Dali também é possível ver o Rio Tejo.

Após a visita ao parque, faça uma pausa para o almoço. A recomendação é o restaurante Nova Peixaria que oferece desde peixes grelhados e assados até lanches como hamburgueres.

Em seguida é hora de conhecer o Pavilhão do Conhecimento.

O Pavilhão do Conhecimento é um museu interativo criado com o objetivo de estimular o conhecimento e divulgar a cultura tecnológica e científica. No Pavilhão do Conhecimento se encontra diversas atividades ligadas à ciência e à tecnologia. Com inúmeras exposições permanentes e temporárias é um local privilegiado para uma tarde em família, onde as crianças aprendem enquanto brincam.

O espaço “Brincar Ciência” é destinado aos pequenos exploradores da ciência entre os 3 e os 6 anos. Neste espaço a magia não tem limites e entre a casa inacabada, o chão musical ou o arco romano, existe ainda espaço para uma viagem no foguete com um destino a Lua.

Para os maiores, os desafios também são muitos. A exposição Explora está dividida em 5 áreas temáticas: luz, visão, percepção, ondas e sistemas complexos, onde poderão compreender e descobrir como funciona o olho humano, como se formam as dunas, um tornado, entre muitos outros fenômenos naturais.

Já a exposição Dóing é um espaço de produção e criação de projetos para os jovens que passam pela joalharia, eletrônica, roupas, fabricação de pequenos gadgets e é até mesmo possível imprimir objetos com impressoras 3D.

Além dessas, o Pavilhão do Conhecimento tem ainda um espaço de Circo de Experiências, onde as crianças entre os 3 e os 12 anos, podem viver por algumas horas a experiência de ser um artista circense.

Ao final do passeio pelo museu, siga para a estação sul do Teleférico de Lisboa.

Inaugurado em 1998 para a Exposição Internacional de Lisboa, o Teleférico do Parque das Nações, é um ponto de visita indispensável para quem visita Lisboa.

A viagem no teleférico tem a duração de 10 minutos, percorrendo 1,2km a 30 metros de altura do solo. A paisagem que se avista das cabines é deslumbrante. Pode-se apreciar de perto o Oceanário, a Doca dos Olivais, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, o Pavilhão Atlântico, e mais longe todo o Parque das Nações. Tudo isto com o azul do Tejo e do céu como cenário.

Ao chegar na Torre Norte se encaminhe para a Torre Vasco da Gama, onde a 140 metros de altura existe um observatório.

O Miradouro situa-se na Torre Vasco da Gama, no Parque das Nações, no extremo norte da cidade de Lisboa. A Torre Vasco da Gama é uma torre em estrutura mista de 145 metros, construída para a Expo 98, a exposição mundial de 1998 que teve lugar em Lisboa e possibilitou a intervenção de todo o espaço urbano onde hoje está o Parque das Nações.

No cimo da torre situa-se um restaurante com uma fabulosa vista panorâmica sobre as águas azuis do rio Tejo e margem sul, e de vista extraordinária sobre a cidade de Lisboa.

Ao final do dia, retorne para o centro de Lisboa. A recomendação é o restaurante Bica do Sapato, localizado na região portuária da cidade. A culinária é mediterrânea, com grande influência da cozinha portuguesa clássica.

 

Dia 4

Dedique o quarto dia de roteiro para conhecer duas cidades próximas de Lisboa: Sintra e Cascais.

Recomendamos o aluguel de um carro para facilitar o transporte entre as cidades, assim você consegue ter autonomia no tempo para ficar em cada cidade, além de facilitar o transporte com as crianças.

Começando por Sintra, localizada a menos de uma hora de Lisboa, a cidade Patrimônio Mundial da UNESCO é como o cenário de um conto de fadas da vida real. Aninhada no alto das montanhas verdejantes, Sintra é famosa por seus magníficos palácios, residências em tons pastéis, lojas pitorescas e belos jardins. O clima mais fresco e montanhoso atraiu a nobreza e a realeza portuguesas ao longo dos séculos, que construíram alguns dos solares e palácios mais requintados de todo o país.

Assim que chegar na cidade, comece o passeio pelo Palácio da Pena.

Este palácio brilhantemente pintado é considerado um dos melhores de toda a Europa e é o local mais popular para visitar em Sintra.  O palácio está localizado em meio a uma área florestal exuberante e no topo de uma colina. Depois de entrar pelos portões, você terá que subir uma colina até o palácio em si – ou pode comprar um bilhete para o bonde que o levará até a porta da frente.

É possível que você já tenha visto fotos do Palácio da Pena antes, com suas famosas torres e ameias vermelhas e amarelas. E o local é um lugar importante na história de Portugal desde a Idade Média.

A primeira construção deste local foi um mosteiro por volta de 1500, que mais tarde foi destruído em grande parte no terremoto de 1755 em Lisboa. As ruínas permaneceram intocadas por quase 100 anos, até que o rei Ferdinando II decidiu transformar o que restava do mosteiro em um palácio de verão para a família real portuguesa.

O resultado foi o Palácio da Pena, concluído em 1854. O palácio foi projetado pelo arquiteto alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege. O castelo fica localizado nas margens do Parque Nacional de Sintra-Cascais e nos dias claros é possível ver até o Oceano Atlântico. Já o interior do castelo revela a grande preocupação com a intimidade e o conforto que marcaram a arquitetura romântica do século XIX.

Você entrará no castelo por um portal de estilo mourisco que pode lembrá-lo de algo que você veria na Alhambra, na Espanha. Em seguida, subirá em um pátio coberto de azulejos.

A partir daqui você pode explorar os terraços e pátios do castelo ou entrar para ver os aposentos que estão decorados como seriam em 1910, quando a família real fugiu de Portugal durante uma revolução.

A visita do lado interno do castelo inclui a sala de jantar da Família Real, os aposentos de Dom Carlos e Dona Amélia, a Sala de Visitas, o Terraço da Rainha que dá vista para todo o Parque Nacional, o Salão Nobre, a Cozinha Real, e a capela, além de vários outros cômodos.

Em seguida, faça uma visita a outro castelo da região, o Palácio Nacional de Sintra.

Este palácio não é tão vistoso como o Palácio da Pena, mas histórica e culturalmente é igualmente significativo. O Palácio Nacional de Sintra foi utilizado pela nobreza portuguesa entre os séculos XV e XIX, sendo a residência real mais utilizada em Portugal. Foi danificado no terremoto de Lisboa em 1755, e restaurado com a maior precisão possível.

No interior, o palácio é conhecido pelos seus elaborados azulejos e tetos pintados. Os destaques são a Sala Cisne, a Sala da Pega, a Sala Árabe e a Sala do Brasão. Não há necessidade de dedicar o mesmo tempo aos dois castelos. O Palácio Nacional é bem menor e para otimizar tempo, vale visitar as salas mencionadas.

Depois de conhecer os castelos, é hora de conhecer outro lugar mágico de Sintra: a Quinta da Regaleira, a antiga residência de uma viscondessa.

A casa principal é um edifício de estilo gótico elaborado que se estende por cinco andares. As torres se erguem no céu, acima das belas árvores que fazem o jardim todo ter um certo ar de magia. No entanto, a residência é a parte menos interessante do local, já que o destaque está na parte de fora: os jardins são o que a maioria dos visitantes vão ver. Eles foram projetados sob ordens secretas e apresentam uma intrincada rede de túneis ocultos e passagens até então secretas.

Devido à natureza do terreno, explorar a Quinta da Regaleira torna-se uma espécie de caça ao tesouro autoguiada. As diferentes atrações são separadas por hectares de terra, e você terá que usar os caminhos naturais para encontrá-las na folhagem. Alguns deles estão tão bem escondidos que caminhar por entre arbustos e cristas rochosas é totalmente normal. Também não é incomum que caminhos levem você para dentro de cavernas e enseadas subterrâneas com túneis.

No entanto, o local mais visitado do local é o Poço Iniciático, que recebeu esse nome pois acredita-se que ele era usado em rituais de iniciação à maçonaria. O poço é uma galeria subterrânea onde é possível descer através de uma escadaria em espiral sustentada por colunas.

Para sair, você percorrerá alguns corredores de pedra e usará pedras para atravessar pequenos lagos. O terreno todo tem 4 hectares, o que é praticamente impossível de conhecer em apenas algumas horas. Para otimizar seu tempo, não deixe de pegar um mapa na recepção quando chegar ao local.

Antes de continuar o passeio, faça uma parada para o almoço. A nossa recomendação é o restaurante Bacalhau na Vila, tradicionalíssimo na cidade e reconhecido por servir o melhor bacalhau de Sintra, além de outros clássicos da culinária portuguesa.

Ao seguir para Cascais, há duas opções de caminho. A rota mais rápida e curta, tomando a A16, dura ao redor de 25 minutos. Outro caminho mais panorâmico, porém mais cumprido e lento, é tomar a N247 e parar no Cabo da Roca, e apreciar seu belo farol e vista. São aproximadamente 25 minutos de Sintra até o Cabo da Roca, e outros 25 minutos do Cabo da Roca até Cascais, via N247.

O Cabo da Roca, na serra de Sintra, combina placidez e intempérie no mesmo espaço, onde a terra cai abruptamente sobre o mar, em falésias com 140 metros de altura. O farol de 1772 ainda serve como guia a todas as embarcações que percorrem a costa portuguesa, no ponto mais ocidental da Europa Continental.

Seguindo pela estrada panorâmica ao longo da costa dourada, conheça a cidade costeira de Cascais. Antigamente uma sonolenta vila de pescadores, Cascais se transformou no destino de férias preferido de muitos portugueses e outros europeus, com muitas pessoas a considerá-la um dos destinos mais sofisticados de Lisboa.

Diferentemente da arquitetura e toda a grandiosidade de Sintra, Cascais é uma cidade menor, porém charmosa que tem como maior atrativo as belas praias e o seu centro histórico. A popularidade de Cascais como estância de veraneio surgiu no final do século XIX, quando Dom Luís I fez da cidadela a sua residência de verão. A aristocracia portuguesa rapidamente se aglomerou para construir seus próprios palácios e mansões na cidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, Cascais tornou-se um porto seguro particularmente agradável para nobres europeus exilados e outras famílias ricas.

Comece o passeio pela cidade fazendo um passeio pela cidade velha de Cascais, que está cheia de charme e é um prazer explorar. São inúmeras ruas repletas de pequenas lojas que vendem roupas, vinho local e até sardinhas. Mesmo que você não esteja interessado em comprar nada, ainda é divertido passear e olhar as vitrines

Depois de conhecer um pouco mais sobre a cidade, siga para o Farol e Museu de Santa Marta, localizado na Ponta do Salmôdo.

O Forte de Santa Marta foi provavelmente construído após a Restauração da Independência de Portugal no século XVII, tendo sido apenas edificado o Farol em 1868, e ampliado em 1936, passando a ser automatizado já nos anos 80. O local foi transformado em museu no ano de 2006.

O Museu tem como foco na exposição os faróis de Portugal, abordando mais concretamente o forte e o farol de Santa Marta e as ajudas à navegação em Cascais e no rio Tejo. A visita ao interior é dispensável, mas vale a pena ir até ali para admirar a paisagem.

Seguindo pela orla, a menos de 1km dali está localizada uma das mais bonitas atrações naturais de Cascais, a Boca do Inferno.

Embora o nome não seja nada atraente, o local é belíssimo. O local recebe esse nome devido às fortes ondas que se quebram na caverna. Para ver a força magnífica da natureza enquanto as ondas avançam pela caverna para girar e bater contra as rochas, siga a passarela ao longo das rochas até a plataforma de observação.

Para finalizar o dia, faça uma caminhada pelo caminho à beira-mar que liga Cascais à cidade vizinha do Estoril, onde pode é possível a vista para o mar e uma brisa fresca antes de anoitecer.

Para o jantar, nossa sugestão é o restaurante Fortaleza do Guincho, localizado no hotel de mesmo nome. O restaurante recebeu uma estrela Michelin em 2001 e serve pratos fabulosos com os frutos do mar que são pescados diariamente.