Rotterdam é a segunda maior cidade da Holanda e possui o maior porto da Europa, um dos maiores do mundo, o que a torna um dos principais centros comerciais do planeta. Rotterdam está em renovação constante, característica que é parte da cidade desde a sua reconstrução após a Segunda Guerra Mundial.
O grupo visionário que a reconstruiu determinou que sua nova cidade seria uma metrópole moderna, em vez de uma recriação substituta de um porto da Idade de Ouro. Este abraço do contemporâneo com a confiança no futuro resultou numa cultura de inovação, onde o design de vanguarda é abraçado por todos os cidadãos e visitantes.
Dia 1
Como uma cidade moderna que Rotterdam é, muito dela está em suas construções. Comece o primeiro dia visitando um deles, a Estação Central.
A Estação Central também é conhecida como a porta de entrada internacional para a cidade, já que mais de 100 mil passageiros passam por ela diariamente. A Estação Central passou por uma reforma total nos últimos anos, tornando a estação uma das características arquitetônicas mais icônicas de Rotterdam. A sua ponta aponta para o centro da cidade e vários elementos históricos do edifício da antiga estação (1957) permaneceram intactos, como o relógio original na fachada frontal, as letras soletrando Centraal Station (agora em LEDs) e os ‘speculaasjes’, dois esculturas de granito na plataforma 1.
Após conhecer a estação, siga para a Stadhuis Rotterdam, a prefeitura da cidade.
A Prefeitura foi um dos poucos edifícios a sobreviver ao bombardeio de 1940. A rainha Guilhermina colocou a primeira pedra da construção em 1915. O edifício listado em estilo Beaux Art com influências bizantinas, romanas e art déco está simetricamente estruturado em torno de um pátio interno que pode ser alcançado pela rua que ‘cruza’ a Prefeitura. A fachada ricamente decorada apresenta várias esculturas. Infelizmente o edifício não pode ser visitado no seu interior, mas não deixe de apreciar este belo prédio por fora.
Em seguida, faça uma parada no Laurenskerk Rotterdam, a única igreja remanescente do período medieval na cidade.
A Laurenskerk, ou Igreja de São Lourenço, surgiu originalmente nas margens do Rio Rotte e sua localização pode ser chamada de local de nascimento de Rotterdam. É uma igreja imponente construída entre 1449 e 1525, e é a única construção do gótico tardio que sobreviveu em Rotterdam. Após o bombardeio de Rotterdam na Segunda Guerra Mundial, a imagem da igreja fortemente danificada e as obras de reconstrução que se seguiram tornaram-se um símbolo de tudo o que a cidade e seu povo sofreram.
Hoje, o Laurenskerk medieval apresenta um perfil marcante em meio à modernidade ousada da arquitetura atual da cidade. A igreja ainda celebra missas e também sedia eventos e exposições. Os visitantes podem visitar a exposição permanente, Een monument vol verhalen (‘Um monumento cheio de histórias’), ou subir a torre em um tour guiado (quartas e sábados de abril a outubro) para uma vista espetacular do centro da cidade de Rotterdam.
Em seguida, siga em direção do maior ponto turístico da cidade, as Casas Cubo.
A arquitetura em Rotterdam é referência global em inovação e criatividade. . Mesmo depois de mais de 30 anos, as Casas Cubo continuam sendo um dos empreendimentos mais atraentes da cidade e é fácil perceber porquê: estas casas impressionantes são cubos inclinados 45 graus de lado, otimizados para aproveitar ao máximo o espaço disponível. O resultado são edifícios com aparência, sensação e comportamento diferentes de tudo o que você encontrará em outras partes do mundo.
O arquiteto holandês Piet Blom projetou as Cubo Houses de Rotterdam no final dos anos 70 a pedido dos urbanistas da cidade. As Casas Cubo foram projetadas assimetricamente para se assemelhar a uma floresta abstrata, cada telhado triangular representando uma copa de árvore. As residências foram construídas sobre pilares de concreto com estrutura de madeira. Com três andares de altura, o térreo é a entrada, o primeiro andar contém uma cozinha aberta e sala de estar, o segundo andar abriga um banheiro e dois quartos e, em alguns casos, o último andar é usado como pequenos jardins no telhado. Depois de entrar, a primeira coisa a se acostumar é que todas as paredes são inclinadas.
Para os visitantes curiosos, o proprietário de uma das casas abriu o Show Cube Museum, que dá aos visitantes a chance de fazer um tour em torno de uma Casa Cubo totalmente mobiliada. Também destaca alguns dos desafios diários que os moradores enfrentam, como comprar e montar móveis para uma estrutura sem paredes retas.
Em 2009, um dos cubos maiores foi convertido em uma das maiores redes de hostels da Holanda, o StayOkay.
Após a visita, siga para a Witte Huis, o primeiro arranha céu da Holanda.
Em 1898, a Witte Huis de Rotterdam (a Casa Branca) era o prédio de escritórios mais alto da cidade e o primeiro arranha-céu da Europa com 43 metros de altura. Tem uma bela fachada de tijolos vidrados brancos adornada com mosaicos e estátuas Art Nouveau, e extremamente moderna na época era sua plataforma de observação no topo do telhado plano do prédio e seus elevadores com portas gradeadas.
O Witte Huis é um dos poucos prédios no centro da cidade que sobreviveram aos bombardeios alemães de 1940. É um monumento nacional e está na lista de patrimônio mundial da UNESCO. Desde 2013, os visitantes podem desfrutar da bela vista do pitoresco Oude Haven de Rotterdam e de uma boa xícara de café no Grand Café Het Witte Huis no andar térreo.
Após a visita, siga para o Markthal, um dos maiores símbolos da modernidade de Rotterdam.
Este prédio em formato de túnel fica localizado na Grooter Markt, uma das praças mais movimentadas da cidade e abriga no seu interior o primeiro mercado público coberto da Holanda. Este belo mercado foi inaugurado em outubro de 2014, depois de 5 anos em obras. E deu uma nova cara a esta região da cidade, transformando-se rapidamente numa das maiores atrações de Rotterdam e da Holanda.
O prédio conta com 100 mil m² e abriga no seu centro os estandes do mercado municipal. Já nas suas laterais, estão apartamentos residenciais, lojas e restaurantes. Realmente o grande chamariz do Markthal em Rotterdam é sua arquitetura moderna e arrojada. Entretanto, os estandes vendendo queijos, frutas, legumes, pães, doces, carnes, peixes, e alimentos dos mais variados mantém a tradição e são a essência do lugar.
Já que o Markthal é um ponto gastronômico muito importante para a cidade, não perca a oportunidade de almoçar por ali. Existem inúmeras ofertas de restaurantes dos mais diversos tipos, desde culinária mediterrânea até japonesa, então sinta-se livre para escolher um restaurante ou provar um pouco de vários lugares.
Entretanto, não deixe de experimentar um stroopwafel (doce tipicamente holandês, composto por duas partes finas de massa unidas por uma calda de caramelo) fresco que é vendido no local. Não se esqueça de pedir um chá ou café quente para acompanhar, já que o vapor quente da bebida ajuda a amolecer o caramelo, deixando o doce ainda mais gostoso.
Se você quiser conhecer um pouco mais de Rotterdam de uma maneira diferente, desça as escadas rolantes e confira a exibição permanente De Tijdtrap (Escadas do Tempo, em tradução livre) que fica localizado nos andares inferiores do Markthal.
O mercado está localizado perto do Hoogstraat, local onde a cidade de Rotterdam surgiu por volta de 1270, em uma barragem que foi construída no rio Rotte. No poço de construção do Markthal, arqueólogos de Rotterdam realizaram escavações durante 2009 e 2010. Centenas de artefatos que datam da Idade Média e períodos posteriores foram recuperados, bem como partes das casas e pátios que compunham a vila que se tornou Rotterdam. Restos de casas mais antigas, anteriores à cidade de Rotterdam, também foram revelados, alguns deles com mais de 1.000 anos de idade.
Muitos achados, como armas, ferramentas, joias, utensílios de cozinha e restos de comida, pintam um quadro vívido de como era a vida cotidiana na Rotterdam medieval. À medida que as escavações avançavam cada vez mais fundo, mais os arqueólogos voltavam no tempo. Para Rotterdam, isso é único, pois, devido ao bombardeio ocorrido em maio de 1940, nada da cidade medieval foi preservado acima do solo, com exceção do Laurenskerk.
Cada andar do estacionamento do Markthal corresponde a um período específico da rica história de Rotterdam. Descendo a “Escada do Tempo”, você viaja de volta no tempo. Usando as escadas rolantes, o visitante tem a experiência de voltar na história da cidade: dos dias atuais, passando por uma camada fina que representa a Segunda Guerra Mundial, até a Rotterdam pré-guerra e a Idade de Ouro. Posteriormente, você se encontrará no final da Idade Média de Rotterdam e, finalmente, no assentamento Rotta, que prosperou há aproximadamente 1.000 anos.
Em seguida, atravesse a ponte Willemsbrug para chegar à Noordereiland. Faça um passeio pelo Ons Park. Desfrutando da natureza e da vista da própria Willemsbrug em um dos melhores ângulos da cidade. Se preferir, alugue uma bicicleta e faça o passeio sob duas rodas.
Ainda no Ons Park, aproveite para observar a Koningshavenbrug, mais conhecida como De Hef.
Até 1993, os trens em Rotterdam passavam pela De Hef, uma ponte elevatória construída em 1927. Desde então, os trens passam por túneis no rio Nieuwe Maas. Durante a Segunda Guerra Mundial, o De Hef em Rotterdam foi danificado e consertado para a passagem dos trens. Hoje em dia a ponte é um monumento. A parte do elevador tem 52 metros de comprimento e sobe 45 metros.
Em seguida, você pode pegar um Water Taxi ou atravessar a Koninginnebrug para chegar até a Erasmusbrug, a ponte mais famosa da cidade.
A Erasmusbrug é um feito notável de engenharia e um ponto de parada obrigatório no itinerário de todos os visitantes de Rotterdam. Construída em aço azul claro, seu pilar de um braço se projetando para o céu e lançando uma fileira de 40 cabos de aço, a ponte de 800 metros de comprimento é uma visão notável. Em seu ponto mais alto, a ponte tem 139 metros de altura. A ponte foi desenhada por Ben van Berkel e inaugurado em 1996 pela Rainha Beatrix.
Ao atravessar de volta para o centro de Rotterdam faça uma parada no Spido para fazer um cruzeiro no rio Maas.
O Sunset Cruise permite observar como o porto e a cidade de Rotterdam ganham vida “à noite”, oferecendo ao visitante a experiência de admirar o skyline de Rotterdam ao pôr do sol acompanhado de coquetéis e snacks.
A rota será uma mistura de várias atividades portuárias, bem como a observação da arquitetura especial de Rotterdam, como o Zalmhuis, o edifício da Unilever, o impressionante edifício do Shipping and Transport College e as três pontes (Brienenoord- Willems- e Erasmusbrug) que se formam a conexão entre o norte e o sul. Em seguida, o cruzeiro segue em direção à área de Botlek, onde as atividades portuárias continuarão até tarde da noite. No caminho de volta para Spido, também há a visita a Maashaven, onde o antigo navio de cruzeiro SS Rotterdam está atracado.
Dia 2
Reserve o segundo dia para conhecer duas cidades ao redor de Rotterdam, Haia e Delft.
Comece com Delft, uma cidade cheia de cultura, tradições e uma rede de canais fantásticos. Com origens no século XI, Delft se desenvolveu graças aos canais e se tornou uma cidade por volta do século XIII. O renomado líder holandês William de Orange tinha uma residência em Delft e durante os anos 1500 foi uma das cidades proeminentes na Holanda por muitos anos. Nos tempos modernos, Delft tornou-se conhecida por sua indústria de cerâmica e também por uma infinidade de monumentos históricos e arquitetura deslumbrante, como a prefeitura e Oostpoort.
Comece a visita no Windmill de Roos, o último moinho de vento existente entre os muitos que existiram em Delft.
Criado em 1679, este moinho serviu de moinho de milho e foi construído em pedra para substituir a antiga versão em madeira. Vários trabalhos de restauração foram realizados no moinho de vento para facilitar a sua inclinação torta e para manter a sua qualidade. Se você planejar sua visita com antecedência pode até mesmo fazer um tour pelo interior do moinho.
Após a visita, siga para a Nieuwe Kerk, Igreja Nova em tradução livre, localizada na Praça Markt.
Embora tenha sido chamada de Nova Igreja, a construção da estrutura data de 1300 e foi concluída em 1496. Sua principal característica é uma enorme torre com uma altura de 108,75m. Construída em estilo gótico, o exterior e a torre da igreja parecem fantásticos e criam uma verdadeira peça central para a praça Markt em frente à prefeitura.
Enterrados dentro da igreja estão uma miríade de membros da realeza holandesa, incluindo William de Orange, líder da Revolta Holandesa e conhecido no país como Vader des Vaderlands, Pai da Pátria em tradução livre. Entretanto, a principal atração da igreja é subir a torre do sino para ter uma vista panorâmica da cidade.
Um outro belo edifício localizado na praça Markt, o Stadhuis Delft, o prédio da prefeitura se destaca como uma bela obra de arquitetura.
A fachada frontal desta estrutura apresenta belos trabalhos em cantaria, uma série de janelas com venezianas vermelhas, muitos ornamentos de ouro e várias estátuas de pedra impressionantes. Sua torre central tem um grande mostrador de relógio e o símbolo de Delft é orgulhosamente exibido acima da entrada principal. Embora você não possa entrar no prédio, é um edifício maravilhoso para se admirar e fotografar.
Como acontece com muitas cidades na Holanda, Delft tem uma rede de canais que é um verdadeiro prazer passear. No centro antigo da cidade, você pode encontrar vários canais interligados diferentes, alinhados com belas árvores e arquitetura típica holandesa.
Canais particularmente agradáveis ??incluem o trecho da rua Hippoltusbuurt com seus cafés e pontes pitorescas, e o trecho da rua Voldersgracht, onde a água chega até a porta das casas. Não deixe de reservar um tempo para desfrutar de uma caminhada ao longo dos canais e explorar as ruas de Delft. Em seguida vá em direção do Oostport, uma lembrança da antiga glória militar da cidade durante os séculos anteriores.
Construída em 1400, este já foi um dos principais portões de entrada a Delft. Embora atualmente sirva como uma residência privada, você ainda pode admirar a arquitetura fantástica deste edifício com suas duas torres em espiral e torres circulares. Acessível por uma ponte, a paisagem ao redor é simplesmente divina – canais ficam de cada lado da portaria e se destaca como uma bela oportunidade para tirar uma foto.
Em seguida, faça uma pausa para o almoço no Rossio Restaurant, excelente para refeições leves e rápidas, ideais para quem tem um dia repleto de atividades pela frente.
Após o almoço siga para Haia, também conhecida como The Hague ou Den Haag, que é a terceira maior cidade do país e desempenha um papel importante na política e na economia da Holanda.
O principal desenvolvimento de Haia foi durante os anos 1200, quando o Binnenhof foi construído e serviu como residência de caça real. Nos anos futuros a cidade presenciou a ocupação espanhola e sempre serviu de base política para o país desde 1600. Haia mantém muito de seu charme histórico com edifícios importantes, como o Palácio da Paz e o Ridderzaal.
Comece o passeio pela cidade na Torre de Haia, um grande arranha-céu localizado perto da estação ferroviária de Haia.
O edifício é constituído principalmente por blocos de escritórios, mas também contém um restaurante, uma discoteca e uma plataforma de observação. O edifício tem 132m de altura e é o terceiro edifício mais alto de Haia. A partir do deck de observação, você pode desfrutar de fantásticas vistas panorâmicas da cidade e até mesmo ver até o Mar do Norte.
Após a visita, siga para o Binnenhof, o edifício do parlamento mais antigo ainda em uso no mundo. Originalmente construído em 1200, não se sabe muito sobre a história inicial do complexo, no entanto, ele logo se tornou um lugar importante para reuniões políticas a partir de 1600. Hoje você pode entrar no Binnenhof e em seu terreno e admirar a arquitetura deslumbrante e a história dos edifícios, incluindo o lendário Salão dos Cavaleiros, onde fica o Ridderzaal. Visitas guiadas também estão disponíveis na Câmara dos Representantes.
O Ridderzaal é o ponto focal central do Binnenhof e fica no maravilhoso pátio do Salão dos Cavaleiros dentro do complexo. O prédio é usado como um local onde o parlamento holandês é aberto pelo primeiro-ministro e também recebe recepções reais. A estrutura é construída em estilo gótico com duas grandes torres simétricas de cada lado da entrada em arco. O interior do Ridderzaal é ricamente decorado, com alguns vitrais maravilhosos e um trono central ornamentado. O pátio fora do Ridderzaal também é muito bonito e está rodeado por três lados de arcos e no centro está uma fonte neogótica que data de 1600.
Após a visita, siga para Lange Voorhout, uma bela rua no centro de Haia, localizada no centro antigo da cidade e que oferece um lugar fantástico para passear, admirar e relaxar. Edificações do século 18 se alinham na rua e há muitos prédios importantes aqui, incluindo as embaixadas do Reino Unido e dos EUA, um monumento ao Príncipe Bernhard de Saxe-Weimar-Eisenach e a Suprema Corte da Holanda.
Depois do passeio pelo Lange Voorhout, siga para conferir o Palácio da Paz, um edifício para a administração da lei e abriga vários órgãos diferentes, incluindo o Tribunal Internacional de Justiça. O edifício foi construído em 1913 e apresenta um design neorrenascentista detalhado com uma grande torre do sino e uma fachada frontal arqueada ornamentada. O interior do palácio é bastante luxuoso e contém muitas estátuas e bustos de pessoas notáveis ??como Gandhi e Nelson Mandela.
No final da tarde siga para Scheveningen, uma das praias mais populares de Haia.
A praia se estende por quilômetros desde o Hook of Holland até o porto de Ijmuiden. Na praia você pode descansar nas areias douradas, dar um mergulho no mar ou ir até o píer com inúmeras atrações como a roda gigante, um ponto para bungee jump, inúmeras lojas, bares e restaurantes.
Se você quiser continuar no clima do píer, o restaurante Zilt é uma excelente opção. Boa parte dos pratos são a base de frutos do mar, mas eles também oferecem pratos com cortes de carne, saladas e até mesmo sanduíches.
Dia 3
Comece o terceiro dia em Kinderdijk, uma cidade muito pequena próxima de Rotterdam e que abriga uma atração que se tornou um dos símbolos do país: os moinhos.
Visitantes do mundo inteiro visitam essa atração que é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1997. Já na chegada se vê os belos moinhos enfileirados em ambos os lados de um canal, fazendo esse ser o cenário perfeito para fotos. Não importa qual estação do ano – a visita é sempre fascinante. Um destaque especial é no inverno, quando os rios são congelados e pode-se inclusive patinar na frente dos moinhos de vento.
Os moinhos de vento são tão típicos porque fazem parte da história do país. Eles sempre foram parte integrante da vida holandesa, e vem sendo usados durante séculos para diversos fins. Em um dos papéis mais importantes, os moinhos ajudam a drenar as terras que estão abaixo do nível do mar.
A fim de tornar a terra utilizável para a agricultura, no século XIV começaram as construções de diques. E no século XVIII, o uso de moinhos começou a ser direcionado para drenar o solo. Ao mesmo tempo, os diques assumiram uma função de proteger os moradores das inundações.
Com a ajuda do vento, os moinhos removem o excesso de água, evitando assim, as inundações frequentes. Além dos moinhos, existe um sistema de diques, represas e canais para coletar a água. Hoje em dia, inclusive se conta com modernos sistemas de bombas.
Kinderdijk fica em Alblasserwaard, na confluência dos rios Noord e Lek. A região de Alblasserwaard, como muitos dos campos holandeses, está abaixo do nível do mar. E devido a necessidade de evitar as inundações, surgiu Kinderdijk. Os moinhos aqui usavam energia eólica para bombear o excesso de água desta área para áreas mais altas ou direcionam-na para o rio Lek.
Os moinhos de vento em Kinderdijk foram todos construídos no século XVIII, mais precisamente entre 1722 e 1761. A partir de 1738, surgiram os moinhos redondos de tijolos vermelhos. Eles estão localizados a oeste do canal Nieuwen Waterschap.
Mais a leste estão oito moinhos octogonais. Exceto por um moinho, que foi construído em 1761, os moinhos octogonais são todos de 1740. Eles são feitos de madeira e estão localizados diretamente na hidrovia. Ainda pode ser visto um moinho único, o Blokweerse Molen, apelidado de “De Blokker”. Seu ano de construção é desconhecido, no entanto, ele sofreu vários incêndios e foi reconstruído pela última vez em 2001.
Os moinhos de Kinderdijk estavam em operação até os anos 50. E apesar de se encontrarem em boas condições de uso, só alguns poucos ainda funcionam. Isto porque atualmente os moinhos foram substituídos por um sistema automatizado de bombeamento de água.
A grande atividade na região é admirar e fotografar os moinhos. É basicamente uma grande área com um canal central e moinhos dispostos ao longo dele, nas duas margens. Entretanto, dois dos moinhos são museus e podem ser visitados. Desta forma pode-se aprender sobre seu funcionamento e conhecer várias informações sobre eles e suas funções.
Aqueles que não querem andar muito, ou preferem um passeio mais rápido, é interessante saber que existe a opção de fazer o passeio de bicicleta (é possível alugar lá), ou ainda fazer um passeio de barco pelo canal que passa ao lado de todos eles. A vista do barco é bem interessante e o passeio leva em torno de 30 minutos.
Ao retornar para Rotterdam, recomendamos o almoço na Brasserie La Buvette, um restaurante ótimo para quem prefere refeições leves com o plus de poder almoçar ao ar livre.
Após a refeição, siga para o Museu de História Natural de Rotterdam, um monumento nacional construído em 1852. Com uma coleção de mais de 400.000 objetos, variando de plantas secas a restos fossilizados de mamutes, o museu é um dos melhores museus de história natural da Europa.
O museu está instalado em um grande espaço e está conectado a um pavilhão de vidro moderno. Neste pavilhão, que é o maior espaço envidraçado da Holanda, você pode ver o coletor ocular do museu: um esqueleto completo de uma baleia cachalote com quinze metros de comprimento. O cachalote encalhou com outras duas na praia do Mar do Norte, ao sul de Haia, em janeiro de 1995.
Além do esqueleto do cachalote, você pode encontrar o impressionante esqueleto do elefante asiático Ramon no Museu de História Natural. Ramon viveu no Zoológico Blijdorp de Rotterdam de 1970 a 1998 e criou cinco descendentes durante este período. Em 1998, o elefante morreu de hemorragia cerebral e o Museu de História Natural montou seu esqueleto osso por osso.
Mas há mais para ver neste museu, como muitas exposições permanentes e temporárias como “Natureza do mundo” e “Recolhido, dragado, escavado”. Você pode ver fósseis de 230 milhões de anos que foram encontrados na Holanda, bem como esqueletos e crânios de baleias com milhões de anos. É uma atração para o dia inteiro, mas há mais para se ver na cidade.
Após a visita ao museu, siga para o Het Park, um dos parques mais conhecidos
O Het Park foi realizado no século 19 no estilo paisagístico inglês pelos aclamados arquitetos de jardins Zocher. No parque, muitas das árvores mais antigas de Rotterdam podem ser encontradas. O amplo parque tem muito verde e é perfeito para uma caminhada.
No lado sul do parque está uma colina de observação, de onde você tem uma bela vista do Nieuwe Maas. Na extremidade norte do parque fica a bela Igreja dos Marinheiros da Noruega, construída em 1912. Agora é usado principalmente como um centro cultural escandinavo.
Na sua visita ao parque não deixe de visitar o Tuin Schoonoord, um jardim paisagístico em uma área separada do parque.
O jardim contém uma rica coleção de flora e fauna, concentrado em um espaço de 1,2 hectares.
Vários elementos característicos são o lago, os ciprestes do pântano, a Gunnera, uma faia de 200 anos. Através da ponte em arco de alvenaria com o portão de entrada do século 18 você entra no jardim com cerca de 1000 espécies de plantas. Você passará por velhas árvores de veneno, um ginko japonês, uma figueira, uma árvore de trombeta, uma nogueira e uma túlipa americana. Existem também 10 colmeias, um grande aviário além das carpas japonesas no lago.
No final da tarde siga para o Euromast, uma das torres mais altas da Holanda.
Em 1960, o Euromast foi projetado para a Floriade daquele ano. Com mais de 100 metros de altura, foi a estrutura mais alta de Rotterdam até um outro prédio ser construído anos depois. Após esse acontecimento, 85 metros foram adicionados à construção.
A vista da torre é espetacular. Em um dia claro, você pode ver a cidade belga de Antuérpia a cerca de 80 quilômetros de distância. Um bilhete dá acesso à plataforma de 100 metros e ao Euroscoop a 185 metros de altura. Existe um restaurante no observatório, assim como várias suítes onde os hóspedes podem pernoitar.
Se você for adepto de esportes radicais, não perca a oportunidade de fazer rapel no Euromast. Você estará pendurado em uma espécie de trilha de cabos, alcançando velocidades de até 100 quilômetros por hora. Lembre-se de reservar essa atividade ao organizar sua viagem, esta atração é muito popular e não está disponível todos os dias.
Para encerrar a viagem, nossa recomendação é o FG Restaurant, restaurante do chef François Geurds, duplamente estrelado no Guia Michelin, especializado em releituras de clássicos europeus com um toque de modernidade, característica do chef.