VANCOUVER, Canadá – Family Trip

Vancouver, a terceira maior cidade do Canadá, localizada na província de British Columbia, é única em muitos aspectos. Em parte, pela sua beleza natural, já que a cidade está cercada pelo mar de um lado e do outro montanhas repletas de florestas e várias outras belezas naturais, que conquistam os visitantes que a observam do alto antes mesmo de aterrissar no Aeroporto Internacional de Vancouver.

Vancouver pode ser o seu destino ideal de viagem, principalmente se você tem filhos e vai viajar em família. Existem diversas opções para crianças menores e adolescentes, então independentemente da sua conjuntura familiar, a diversão é garantida pois há opções para todos os gostos.

Organizamos nossas sugestões de passeios em formato de roteiro e concentramos os pontos mais importantes (passando sempre pela aprovação das crianças) em três dias de acordo com experiências de quem já viajou para Vancouver em família. Você pode adicionar mais dias na sua estadia, visitar pontos que não citamos ou passar mais tempo em cada local, o que vale é que a experiência seja inesquecível para toda a família.

 

Dia 1

Recomendamos a hospedagem na região de North Vancouver que possui diversos hotéis com ótima relação custo x benefício e que estão preparados para receber famílias, além de ser próximo de diversas atrações recomendadas no roteiro. Além disso, é recomendável a locação de um veículo familiar que facilitará a mobilidade até os pontos de visitação que serão citados adiante.

O primeiro dia começa na Capilano Suspension Bridge, uma ponte suspensa de 137 metros de extensão localizada sob o rio de mesmo nome, localizada em um parque com trilhas fáceis em meio a muita árvor e uma natureza vibrante. A ponte passa sobre o rio numa  altura equivalente a um prédio de 25 andares e foi construída pela primeira vez em 1889, depois que o primeiro proprietário do terreno construiu uma casa no alto do cânion e também construiu a ponte para poder utilizar a propriedade do outro lado do rio.

Pelo fato de estar inteiramente suspensa, a ponte balança bastante e é justamente essa a melhor parte da atração, principalmente para crianças menores que gostam muito de atravessar a ponte correndo e sentir o balanço sob seus pés. Podem atravessar sem medo: a ponte foi projetada para suportar o peso de 96 elefantes adultos.

Depois de atravessar a ponte, é hora de continuar a aventura caminhando nas trilhas do parque, em direção a outra atração que as crianças adoram: a Treetops Adventure.

A atração foi projetada por arquitetos que se inspiraram nos esquilos do parque, oferecendo ao visitante a perspectiva do animal andando sob as árvores locais. Mesmo que você não tenha a imaginação fértil o suficiente para se imaginar nessa situação, a estrutura da atração já é interessante por si só. São sete pontes suspensas conectadas a oito decks de observação que permitem ao visitante ter uma perspectiva totalmente diferente da floresta, já que a caminhada chega a até 33 metros de altura sobre as árvores. Um ponto muito curioso da estrutura é que ela foi construída para acomodar o crescimento contínuo das árvores, fazendo com que os decks sejam conectados a um sistema ajustável e móvel que não utiliza pregos ou parafusos, deixando as árvores de mais de 250 anos livres para crescer. Essa estrutura é única no mundo e foi bastante premiada pela inovação.

“Não é para os fracos de coração” foi o slogan escolhido para divulgar o Cliffwalk, que tem como atração principal uma passarela suspensa semi circular fixada por cabos em um dos cânions do parque. A atração toda tem 213 metros e ela possui alguns trechos onde o que separa o visitante do cânion é um piso de vidro extraforte instalado para deixar a experiência ainda mais emocionante.

Se você fizer a sua visita entre 22 de novembro a 26 de janeiro você terá a oportunidade de presenciar o Canyon Lights, evento anual realizado pelo parque em comemoração as festividades de fim de ano onde a Capilano Suspension Bridge, o Treetops Adventure e o Cliffwalk são decorados com luzes festivas e proporcionam ao visitante um espetáculo visual.

Além disso, o parque também oferece visitas guiadas de hora em hora para que o visitante aprenda sobre a história do parque e dos povos nativos que ali viviam e diversas outras curiosidades sobre a construção das atrações do parque. Também existe o Kids Rainforest Explorers, oferecido pelo parque para crianças de todas as idades explorarem sinais e coletarem informações enquanto aprendem mais sobre a floresta da Costa Oeste canadense. As crianças podem pegar o livro guia na entrada do parque e após o mesmo ser completado com as respostas elas recebem uma recompensa pelo trabalho realizado.

Para o almoço, o ideal é que seja feito dentro do parque. Existe um restaurante principal, 4 cafés e uma sorveteria distribuídos pelo parque. O The Cliff House restaurant faz referência a casa construída por George Mackay que ficava localizada a poucos metros dali. O restaurante exibe como decoração alguns objetos que pertenceram a ele, criando uma atmosfera nostálgica ao ambiente. Há diversas opções de pratos, desde frutos do mar a pratos tipicamente canadenses, enquanto também oferece opções para crianças com seu menu infantil.

A próxima aventura fica a um curto trajeto de carro, e é hora de partir para a Grouse Mountain.

A Grouse Mountain é uma montanha da qual o visitante tem acesso através do Skyride, um bondinho que já é por si só a primeira atração do parque. O Skyride é o maior sistema de bondes aéreos da América do Norte e a subida dos 853 metros certamente será memorável, qualquer que seja a época do ano que você estiver visitando. Se você for corajoso e quiser ter uma experiência ainda mais inesquecível, você pode participar da Skyride Surf Adventure onde o visitante faz a subida do teto do bondinho em uma plataforma especial construída para essa finalidade.

Ao chegar no topo da montanha, o primeiro ponto é o Peak Chalet, um centro de atividades que recepciona os visitantes que vem do Skyride. Lá existem opções de restaurantes, lojas e o cinema que exibe filmes sobre a vida selvagem dos animais nativos da região.

Em seguida o visitante se depara com o Ice Skating Pond uma lagoa congelada onde você pode patinar no gelo depois que alugar um par de patins na loja que fica ali. É uma ótima aventura em família e um sucesso entre as crianças.

Depois de patinar, é hora de passear de trenó na The Sliding Zone onde existem duas faixas designadas para a descida. Os trenós também devem ser alugados na loja e é uma atividade recomendada para crianças sem experiências prévias com neve pois os declives não são tão acentuados.

Em seguida, o Wildlife Refuge é uma ótima opção para que o visitante tenha contato com ursos marrons (lá chamados de Grizzly Bears), corujas da neve e aves de rapina além de outros animais silvestres da região.

Logo após, vale muito a pena assistir o The Lumberjack Show, que apresenta uma equipe de artistas encenando uma rivalidade entre dois acampamentos dos anos 1900, onde Johnny Nelson, do acampamento de Green River se prepara para enfrentar Willie McGee, de Blue Mountain, para determinar o melhor lenhador. O show de 45 minutos oferece entretenimento em ritmo acelerado e apresenta cortes de troncos de árvores, escalada em árvores de quase 20 metros, arremesso de machado e uma série de outras execuções durante o espetáculo.

Depois do show, hora de conhecer uma das atrações mais conhecidas da montanha: a Eye of The Wind, uma cabine de vidro localizada no topo de uma turbina eólica que proporciona uma vista 360º da região, incluindo das montanhas e uma visão privilegiada de Vancouver. É uma estrutura única no mundo. Vale a pena se programar para chegar ao local ao entardecer e ver o por do sol acontecer e em seguida ver as luzes da cidade se acendendo conforme a noite cai.

Gostaríamos de ressaltar que embora a Grouse Mountain esteja aberta o ano todo, algumas atividades relacionadas a neve podem não estar disponíveis dependendo da época em que você fizer a sua visita. Mesmo assim, trata-se de uma atração imperdível.

Depois de um dia cheio de aventura, é hora de jantar no excelente Pier 7 Restaurant + Bar em North Vancouver, que oferece peixes e frutos do mar frescos com direito a uma bela vista de Vancouver Harbour. Recomendamos pedir o Haida Gwaii Halibut, que vem diretamente das ilhas Haida Gwaii, e é simplesmente excepcional. Encerramos assim o primeiro dia em grande estilo.

 

Dia 2

Comece o segundo dia no Museu de Antropologia de Vancouver. Fundado em 1947, o Museu de Antropologia da UBC abriga um acervo de 38 mil peças, fazendo dela uma das melhores exibições do mundo das artes das primeiras nações da costa noroeste da América do Norte. O espetacular edifício foi projetado por Arthur Erickson em 1976, e está localizado nas dependências da University of British Columbia, com vista para montanhas e mar.

O museu abriga coleções de diversas partes do mundo, inclusive asiáticas, sul-americanas e europeias, com preponderância emcoleções nativas da América do Norte, principalmente da Costa Oeste Canadense e Alaska. O visitante tem acesso a esculturas, tecelagens e obras de arte contemporâneas magníficas no interior da estrutura de vidro e concreto do Grande Salão do Museu.

Admire a maior coleção de obras do mundo do aclamado artista do Haida Bill Reid, incluindo sua famosa escultura de cedro The Raven and the First Men. Explore as Galerias Multiversidade do Museu, onde mais de 9.000 objetos de todo o mundo são exibidos. Uma dica é não deixar de abrir as muitas gavetas do museu durante a visita, existem diversos itens expostos nesses locais.

A parte exterior do museu é a mais interessante de todas para as crianças. Nela há totens e moradias das diversas tribos dos primeiros habitantes da América do Norte, explicando em cada uma delas como era seu modo de vida, alimentação e proteção. Em cada um das moradias há crianças locais descendentes destas tribos, que contam histórias e detalhes sobre sua tribo e cultura, e alegremente tiram todas as dúvidas dos visitantes. Vale fazer com calma este passeio na área externa do museu, aproveitando a oportunidade de interagir com as crianças de cada tribo.

Se você quiser ter uma experiência ainda mais imersiva, o museu oferece tours guiados as 11h e as 14h diariamente. Pode ser uma vivência muito interessante para adolescentes que tenham conhecimentos de inglês.

Na sequência desta manhã cultural, a dica é fazer a trilha Spanish Loop que se inicia próximo ao Museu de Antropologia e vai até a Spanish Banks Beach. Recomendamos que estacione o carro no parking lot de frente ao início da trilha, e faça a caminhada apreciando a natureza. O caminho de ida é descida, e se demora ao redor de 15 minutos até alcançar o parque e a praia. Após relaxar um pouco apreciando a vista de frente a praia, é necessário retomar o mesmo caminho subindo de encontro ao carro. Na subida, calcule ao redor de 25 minutos, considerando que as crianças irão um pouco mais devagar.

Após esta curta e divertida caminhada, a sugestão para o almoço é o Sage Restaurant que fica bem próximo ao museu e oferece ótimas refeições feitas com ingredientes orgânicos além de ter no menu diversas opções de frutos do mar a cortes de carne. Após a refeição é hora de conhecer um outro ponto imperdível de Vancouver.

O Queen Elizabeth Park é um dos locais mais agradáveis ao ar livre de Vancouver, e é muito comum ver os locais passeando pelo parque em casais ou famílias, fazendo piqueniques ou vendo crianças brincando pelos gramados. O parque tem 80 anos de existência e segue impressionando todos que o visitam desde então.

[Queen Elizabeth Park]

A ornamentação do jardim principal do parque é uma atração a parte. O paisagismo é impecável, a combinação de formas, cores e tamanhos encantam até os olhos acostumados a encarar tanta beleza. Do alto do parque é possível ter uma visão mais ampla dos desenhos criados e ainda uma visão panorâmica de Vancouver. É realmente espetacular.

Ainda dentro do parque existe o Bloedel Conservatory, uma estufa que abriga diversas espécies de árvores, florese plantas, além de constar com aves coloridas que sobrevoam livremente a estufa feita de vidro. É uma beleza ver estas aves voando soltas no meio das plantas e flores.

Após um dia tão fascinante o visitante dificilmente percebe as horas passarem. Possivelmente quando você terminar a sua visita já vai estar próximo de escurecer e é hora de planejar o jantar.

A sugestão é um restaurante localizado em Downtown Vancouver, o Zefferelli’s, onde a especialidade da comida é de origem italiana. O local é muito agradável, o atendimento é excelente, existe uma vasta carta de vinhos e os pratos são muito bem servidos.

 

Dia 3

O terceiro dia em Vancouver deve começar em Kitsiliano Beach.

Embora Vancouver tenha praias em três lados, cada uma com seus próprios méritos, Kits Beach (como é chamada pelos locais) é uma das mais populares e por boas razões. Com estrutura comercial, redes de vôlei, quadras de tênis e basquete e um playground, aqui há mais do que o suficiente para manter toda a família ocupada durante o dia. Se você deseja se molhar, existem pranchas de natação e salva-vidas ou você pode se juntar aos praticantes de windsurf, skinboard e stand-up paddle.

A outra característica de Kits Beach é a piscina externa. Originalmente construída em 1931, a Kitsiliano Pool é a única piscina de água salgada (aquecida) de Vancouver e, com 137m de extensão, também é a piscina mais longa do Canadá. A piscina em si é pitoresca, com vista para as montanhas, oceano, praia e skyline da cidade. A piscina foi projetada como a praia vizinha, gradualmente se tornando mais profunda à medida que você avança em direção ao oceano, tornando-a acessível a todas as idades e capacidade de nadar, de bebês a atletas.

Definitivamente é um destino onde se pode passar um dia inteiro, porém Vancouver ainda tem muito mais a oferecer. Sugerimos após a manhã a beira mar almoçar na região, no The Ellis Restaurant, que fica a poucas quadras da praia e tem excelentes hambúrgueres e ótimos drinks refrescantes, prepararando-se para mais uma tarde de aventuras.

Após a refeição, é hora de se conhecer o coração verde de Vancouver: o Stanley Park.

O território do parque que conta com cerca de 4 km² atualmente já era usado por povos indígenas há milhares de anos. O território se tornou o primeiro parque de Vancouver em 1886 e recebeu o seu nome em homenagem à Frederick Stanley, um político britânico que foi Governador-geral do Canadá. É o maior parque urbano do Canadá e o terceiro maior da América do Norte, sendo maior do que o Central Park em Nova York.

Se estiver com vontade de exercitar, uma ótima opção para explorar o parque é alugar uma bicicleta. Você pode começar o passeio pelo Seawall, um calçadão pavimentado que circunda todo o parque que aliado à bela paisagem do skyline de Vancouver permite que o visitante faça toda a volta no parque em cerca de uma hora e meia. A nossa sugestão é ir fazendo paradas para conhecer alguns dos atrativos do parque enquanto ainda está com a bicicleta. Mas se não quiserem ir de bicicleta, também é muito simples e agradável fazer todo este mesmo percurso de carro, parando em cada um dos lugares indicados.

Se você entrar no parque através da Georgia Street, comece o passeio indo para a direita e em menos de 2 minutos pedalando você vai se deparar com a primeira opção de passeio no parque: andar a cavalo. Você pode embarcar em uma espécie de carruagem onde você e outros 25 passageiros podem fazer um passeio pelo parque e voltar ao ponto inicial em cerca de 40 minutos que é o tempo que dura o tour. É uma experiência muito legal principalmente para os pequenos que dificilmente acharão esse tipo de passeio em outros locais.

Dando continuidade, continue seguindo até chegar ao Brockton Point, onde ficam localizados os Totem Poles, uma série de totens que simbolizam os primeiros povos nativos do Canadá. A coleção começou em Lumberman’s Arch na década de 1920, quando o Park Board comprou quatro totens da Alert Bay, na ilha de Vancouver.  Em meados da década de 1960, os totens foram movidos para o atraente e acessível Brockton Point.

Voltando ao Seawall, continue pedalando até chegar ao Nine O’Clock Gun, um canhão que é disparado diariamente às 21h. Ele se tornou uma referência para a população em geral e para permitir que que os cronômetros dos navios do porto fossem definidos com precisão graças ao estrondo que ele faz pontualmente todos os dias ao disparar.

Uma curiosidade interessante é que o 9 O’Clock Gun ficou em silêncio por pelo menos onze ocasiões: uma vez durante a Segunda Guerra Mundial; em 1969, quando foi roubado e mantido por estudantes de engenharia da Universidade da Colúmbia Britânica até que um “resgate” foi doado ao British Columbia Children’s Hospital; em 2007 durante uma greve; em 2008, quando os alunos da University of British Columbia Engineering o pintaram de vermelho e em outras sete datas entre maio de 2011 e outubro de 2019 sem explicações. Após o roubo de 1969, o canhão foi cercado por um recinto de pedra e metal impossibilitando a aproximação de turistas.

300 metros à frente está outro ponto importante da história de Vancouver, o centenário Farol de Brockton Point que foi construído após uma série de colisões de navios que tinham dificuldades de sair da área do porto. Por 25 anos, a península onde o farol está hoje localizado foi servida por um faroleiro que era responsável por acender o a luz do farol diariamente e de acordo com a história, assim salvando 16 pessoas de acidentes e afogamentos. A torre atual com luz automática foi construída em 1914 e é até hoje utilizada para auxiliar os navios que chegam a Vancouver.

Um pouco mais adiante está localizado o monumento S.S. Empress of Japan Figurehead Replica, uma antiga figura de proa chamada de “rainha do Pacífico” por já ter feito a travessia do Oceano mais de 400 vezes. A figura foi salva de ser descartada e restaurada pelo jornal The Province e colocado no Stanley Park em 1927. A figura original começou a se deteriorar com o passar do tempo e foi substituída por uma réplica de fibra de vidro enquanto a original se encontra no Museu Marítimo de Vancouver.

Se você estiver em Vancouver no verão, a menos de 300 metros de distância dali está localizado o The Fox’s Den, um splash parque feito para crianças se refrescarem durante o passeio no parque. Aqui, calor do verão, é comum as crianças pequenas tirarem as roupas e pularem no splash somente de cueca-calcinha, se refrescando e se divertindo jogando água uns nos outros.

Do outro lado do parque está outro ponto importante da história de Vancouver, o Lumberman’s Arch, um monumento à grande indústria que construiu nossa província e foi instalado pela administração do Stanley Park e pela Organização dos Trabalhadores da Manufatura de British Columbia há quase 60 anos. A estrutura consiste em um tronco de madeira sustentando outros dois troncos, fazendo referência ao Lumberman’s Arch orginal, construído em 1912 para a visita do duque e da duquesa de Connaught a Vancouver. Hoje o local é ponto de referência para os cidadãos locais marcarem encontros e confraternizarem com piqueniques e outros eventos sociais.

Após a visita,é hora de sair um pouco do Seawalk e ir até o Stanley Park Railway dar uma volta em uma mini locomotiva em um trajeto de 2km pelo parque. É um passeio rápido que agrada crianças mais novas e são passadas algumas informações durante o trajeto, como o nome de algumas árvores, curiosidades sobre a vida selvagem e alguns trechos da história do Stanley Park. Se a sua visita for feita nos períodos da Páscoa, Dia das Bruxas ou Natal o trem tem uma ambientação diferenciada e deixa a experiência para as crianças ainda mais especial.

Depois do passeio, é hora de voltar para a Seawalk e dar continuidade ao tour. O próximo ponto onde vale a pena parar é o Prospect Point Lookout, um mirante estrategicamente localizado ao lado da Lions Gate Bridge que oferece uma visão panorâmica de West Vancouver com montanhas dos parques nacionais ao fundo. Talvez seja o momento de parar por alguns minutos e tomar um café ou tomar um sorvete enquanto se aprecia a vista.

Do Prospect até a Zeus Beach são mais alguns minutos de pedaladas que valerão totalmente a pena. A Zeus Beach é uma praia rochosa, imprópria para banho, mas com uma paisagem maravilhosa que certamente merece uma parada de alguns minutos para algumas fotos.

O próximo ponto é a Siwash Rock, uma construção rochosa de cerca de 18 metros de altura que faz parte da história dos canadenses desde 1890. Ela foi uma espécie de forte de guerra durante a Primeira Guerra Mundial, há histórias sobre um homem que viveu por ali por cerca de 17 anos até ser convocado para lutar na Segunda Guerra e até o triste acontecimento da pequena árvore que existia no topo da rocha ter morrido em função de uma forte seca no ano de 1965, que são contadas por muitos dos cidadãos de Vancouver que frequentam o parque.

Deixando mais uma vez a Seawalk, é hora de conhecer a Hollow Tree, um tronco de cedro vermelho de 800 anos de idade e de 18 metros de altura oco por dentro. Não se sabe exatamente quando ela ficou oca, mas a árvore já é um ponto turístico desde pelo menos 1914. Em 2006 ela foi danificada e passou por restauração, sendo aberta ao público alguns anos depois. Existem diversos documentos históricos relacionados à história de Vancouver e à árvore e ela é considerada um marco do Stanley Park.

Em seguida, é o momento de seguir para a Third Beach que já é uma praia com uma faixa de areia extensa e estrutura para ficar por ali por algum tempo, talvez deixar as crianças brincarem na areia por um tempo antes de seguir para o passeio.

O restante da Seawalk é repleto de outros pequenos mirantes e alguns monumentos e você pode seguir o passeio por ela até a sugestão final que é o Stanley Park Rose Garden, criado em 1920 e possui mais de 3.500 roseiras, além de um elegante caramanchão inspirado na costa oeste, que suporta uma combinação de rosas e clematites. É um belíssimo encerramento para um passeio inesquecível no Stanley Park.

Ao final do dia, a sugestão é janta no Blue Water Cafe, um restaurante famoso na cidade pelos frutos do mar e ótimo para se jantar em família. Não deixe de provar o cheesecake ao final da refeição, aproveitando o final de sua estadia em Vancouver.