WASHINGTON D.C., USA – 3 dias Perfeitos

Washington D.C., ou “D.C.”, como é chamada por seus habitantes, foi fundada em 1791. Nenhuma viagem à capital e epicentro da política norte-americana está completa sem uma visita à Casa Branca, morada e local de trabalho dos presidentes dos Estados Unidos há mais de dois séculos. Ao seu lado está o Passeio Nacional, onde é possível encontrar muitos dos marcos mais reverenciados do país. Foi lá que Martin Luther King Jr. reuniu multidões com seu histórico discurso “Eu tenho um sonho”, em 1963.

Monumentos e memoriais, bairros ecléticos, verdadeiro sabor local – Washington, D.C. é um lugar diferente de qualquer outro. É a sua casa longe de casa, com museus gratuitos e o jardim da frente da América. O inesquecível horizonte da cidade é marcado por alguns dos monumentos mais célebres do mundo. As estruturas fantásticas, estátuas e templos que ornamentam o National Mall contam histórias fascinantes por meio de sua história e design.

 

Dia 1

Para começar o tour por Washington comece por um dos pontos mais emblemáticos e historicamente importantes da cidade, o Lincoln Memorial.

O monumento construído no ano de 1922 em homenagem ao 16º presidente Abraham Lincoln tem um formato de templo grego e atrás das 36 colunas está localizada a imponente estátua de quase seis metros de altura representando o presidente. O epitáfio que está gravado na parede atrás da estátua é mais um reforço da importância do presidente para a história americana: “Neste templo, como nos corações do povo, para quem salvou a União, a memória de Abraham Lincoln é conservada para sempre.”

Após a visita, siga até o Vietnam Veterans Memorial também conhecido como The Wall que foi construído em homenagem aos membros das forças armadas que serviram e faleceram na Guerra do Vietnã que durou vinte anos. O memorial é uma parede de granito preto com os nomes de cerca de 58 mil homens e mulheres que foram mortos ou desaparecidos em ação.

A curta distância da parede existem mais dois monumentos, o The Three Servicemen e o Women’s Memorial. Ambos se tratam de estátuas de bronze, sendo a primeira a retratação de três soldados propositalmente retratados para honrar a diversidade étnica norte-americana e a segunda retrata três mulheres cuidando de um soldado ferido.

Em seguida, caminhe até o World War II Memorial, um monumento dedicado aos americanos que serviram as forças armadas durante a Segunda Guerra Mundial. A construção conta com 57 pilares, cada uma representando os 48 estados americanos existentes em 1945 além do Distrito de Columbia, Alasca, Havaí, a Commonwealth das Filipinas, Porto Rico, Guam, Samoa Americana e as Ilhas Virgens Americanas. O pilar central do arco onde os pilares estão concentrados conta com duas inscrições: Atlantic a norte e Pacific a sul. A construção foi aberta ao público em 2004 após um concurso para eleger o melhor projeto em 1997 que foi o do urbanista Friedrich St. Florian.

Seguindo o passeio, siga até o Washington Memorial, um obelisco de 170 metros de altura criado no ano de 1885 como memorial a George Washington, sendo a construção mais alta do mundo até 1889 quando a Torre Eiffel foi inaugurada. Segue até hoje sendo a estrutura mais alta da capital.

O monumento é constituído basicamente de mármore e granito e pode ter o seu reflexo visto por todo o espelho d’água que se estende do Lincoln Memorial até o World War II Memorial. Após a reabertura da construção em 2014, após ter sido danificada por um terremoto, se tornou possível subir até o topo do obelisco e ter uma vista privilegiada de toda Washington D.C.

Após a visita vá ao Smithsonian National Museum of American History ou Museu Nacional da História Americana em português. É um museu dedicado a ciência, cultura, tecnologia e política americana. O acervo é constituído por mais de três milhões de peças que datam do período colonial até os dias atuais.

A exibições do museu são divididas em alas dos três salões de exibições em três andares. O primeiro andar possui exposições sobre transportes e tecnologia, ciências e inovação. O primeiro andar ainda conta com uma cafeteria e uma loja do museu. No segundo andar, ideais americanos são o destaque da coleção que conta com a bandeira que voava sobre o Forte McHenry no porto de Baltimore durante a guerra de 1812. No terceiro andar, as exposições estão focadas em Guerras que o país esteve envolvido, a vida pessoal e pública dos homens que ocuparam a presidência do país e por fim, exposições que apresentam entretenimento, esportes e música dos Estados Unidos.

Para o almoço, vá ao Old Ebbitt Grill, um restaurante clássico, no estilo de saloon que é um dos mais antigos de Washington D.C.  A comida é tipicamente americana, existem opções de lagostas a steaks. O restaurante está quase sempre cheio, então lembre-se de fazer uma reserva antes de planejar a sua visita.

O restaurante fica estrategicamente localizado ao lado da próxima atração, a Casa Branca. O edifício teve a sua construção inicial em 1792 e a partir de 1800 começou a ser usada como residência oficial do Presidente dos Estados Unidos além de ser a sede oficial do poder executivo do país.

Para os curiosos, existe um tour virtual no site oficial da Casa Branca que mostra com detalhes do interior da residência já que não são permitidas visitas, mas nada impede os turistas de irem até a frente da casa e tirar uma bela foto.

Após a visita, vá até o National Museum of Natural History, que contém uma coleção de mais de 125 milhões de espécies de plantas, animais, fósseis, minerais, rochas, meteoritos e objetos culturais humanos. O museu foi fundado em 1910 e está instalado em um edifício de estilo neoclássico e foi o primeiro a ser construído na região norte do National Mall.

Logo na entrada do museu, um elefante em tamanho real recepciona os visitantes. O salão dos oceanos é muito impressionante, contanto com exemplares de animais, bem como fósseis e até mesmo a mandíbula de um tubarão branco, sendo um dos destaques uma réplica em tamanho natural de uma Baleia Azul pendurada no teto.

Em um outro salão a temática é A Era do Gelo onde existem exposições de fósseis de animais que viveram nessa época e uma representação dos homens que viveram nesse período.

O Fossil Lab também é muito interessante, já que é uma sala de vidro onde os paleontólogos trabalham e os visitantes podem observar enquanto eles fazem o delicado trabalho de limpeza e conservação das peças.

Uma das exposições mais importantes está localizada na sala dos dinossauros. A exposição conta com mais de 45 fósseis distribuídos pela sala, desde os dinossauros aquáticos até o os voadores. A exposição é muito impressionante e é possível passar horas ali dentro.

Na sala vizinha está localizada a exposição de mamíferos dessecados dos quais alguns deles foram parte da coleção pessoal do presidente Theodore Roosevelt. É uma imersão na selva, e é possível encontrar um leão, onça pintada, girafa, entre outros animais. Se tem a impressão de a que qualquer minuto um dos animais vai se mexer.

Ainda existem coleções sobre antropologia, gemas e pedras naturais além de pedras semipreciosas brasileiras. Um outro salão muito interessante é o Butterfly Pavillon, uma estufa de borboletas coloridas além dos estágios de evolução das lagartas até se tornarem borboletas. A exposição Written in Bone mostra o trabalho da perícia forense e como crimes foram solucionados através dos ossos das vítimas. Também existe uma estátua Moai original da Ilha de Páscoa, múmias, artefatos culturais africanos, artigos sobre o universo e muito mais.

Ao final da visita, certamente já terá escurecido. Para o jantar, vá ao Hill Country Barbecue, o melhor lugar da cidade para comer um típico barbecue americano com direito a música ao vivo.

 

Dia 2

Comece o segundo dia no Capitólio, sede do Congresso Nacional. O Senado e a Câmara dividem o prédio que marca os pontos cardeais que dão nomes as ruas da capital. O edifício fica localizado na ponta do National Mall, de frente a um grande espelho d’água e rodeado por jardins. A arquitetura do edifício é marcada pelo domo no centro da construção e no alto, a Estátua da Liberdade esculpida em bronze vigia a cidade. Toda a região é um excelente passeio, independentemente da visita ao Capitólio ou não.

Falando em visitas, elas são permitidas em tours guiados muito disputados, então lembre-se de fazer suas reservas ao planejar a sua viagem. O tour dura cerca de 45 minutos e o ponto alto da visita é a rotunda onde é possível ver o interior do domo. No início do tour é reproduzido um vídeo sobre a história do Capitólio e em seguida irá iniciar o passeio pelo prédio. O visitante passa por alguns corredores da casa, verá obras de artes e ouvirá explicações sobre o prédio.

Quando o tour termina, a visita continua no Exhibition Hall onde existe uma mostra sobre a história do Capitólio onde estão em exposição alguns documentos raros do Arquivo Nacional e da Biblioteca do Congresso. Entretanto, o destaque fica para a réplica do Capitólio.

Após a visita, vá ao National Museum of the American Indian onde a população nativo-americana é homenageada. Esse é o primeiro museu americano dedicada totalmente aos povos nativos. O acervo busca apresentar a cultura indígena através de peças de arte, tradições e línguas desses povos. O conteúdo abrange populações de toda a América e inclui desde o período pré colombiano até peças da Amazônia.

A arquitetura do prédio, bem diferente do estilo neoclássico que predomina no National Mall, é uma atração à parte.

Para o almoço, permaneça no prédio e vá até o Mitsitam Native Foods Café. O restaurante é famoso pela qualidade dos pratos típicos de diversas regiões das Américas e é uma ótima forma de se manter dentro da cultura por mais alguns momentos.

Após a refeição, vá ao United States Holocaust Memorial Museum. Ele conta em sua Exposição Permanente a história através de artefatos históricos, vídeos e testemunhas oculares.Esta história é contada em detalhes pela ótica das pessoas perseguidas e mostra os horrores sofridos pela comunidade judaica durante o Holocausto. É uma visita que impacta profundamente o visitante e é impossível não se sensibilizar com o conteúdo apresentado.

O Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos inspira cidadãos e líderes em todo o mundo a enfrentar o ódio, impedir o genocídio e promover a dignidade humana.

Ao estudar as escolhas feitas por indivíduos e instituições durante o Holocausto, profissionais das áreas de aplicação da lei, judiciário e militar, assim como diplomacia, medicina, educação e religião, obtêm novas percepções sobre suas próprias responsabilidades hoje.

Desde sua inauguração em 1993, o museu recebeu mais de 40 milhões de visitantes, incluindo 99 chefes de estado e mais de dez milhões de crianças em idade escolar. Algumas áreas do museu requerem idade mínima de 11 anos.

Em seguida, parta em direção ao Jefferson Memorial, um monumento criado em homenagem ao presidente Thomas Jefferson, construído em 1943, e que teve a estátua de bronze de Jefferson adicionada um ano depois. A construção em formato de cúpula homenageia o presidente que foi um dos autores da Declaração de Independência dos Estados Unidos.

O caminho até o Memorial é tão bonito quanto a construção em si graças à plantação de cerejeiras que foram presentes do Japão em 1912.

Para o final da tarde, vá até o Kennedy Center, um centro de artes inaugurado em 1971 que abriga espetáculos de dança, música, teatro, ópera e outras apresentações artísticas. Faça suas reservas com antecedência e aproveite o começo da noite dentro dessa emblemática casa.

Para jantar, vá ao Fiola Mare, especializado em frutos do mar que fica no Waterfront da cidade. Se o dia estiver quente, não deixe de sentar-se na varanda do restaurante que tem vista ao Rio Potomac e termine o segundo dia na cidade em grande estilo.

 

Dia 3

Para começar o último dia em Washington, atravesse o Rio Potomac e vá ao Arlington National Cemetery, emblemático cemitério onde soldados são sepultados desde a Revolução Americana.

A ideia de visitar um cemitério pode parecer estranha e até mesmo um pouco mórbida, mas o Cemitério de Arlington é um tradicional ponto turístico de Washington D.C., principalmente pelas notórias figuras que estão enterradas ali.

Na sua visita não deixe de passar pelo túmulo do presidente John Kennedy, seus irmãos, filhos e esposa Jacqueline. No memorial existe uma chama eterna que foi acesa pela ex-primeira dama no enterro do presidente.

Um outro ponto é o Túmulo do Soldado Desconhecido onde estão sepultados três soldados não identificados: um da Primeira Guerra, um da Segunda Guerra e um terceiro da Guerra da Coreia. O monumento foi criado em homenagem a todos os soldados que serviram o país e desapareceram em combate ou não foram identificados. Há sempre um soldado protegendo o túmulo e ocorre a troca da guarda de hora em hora.

Apesar de ser um local melancólico, em algumas colinas é possível ter uma visão privilegiada de Washington e é muito interessante reconhecer alguns locais ao longe. O cemitério é muito bem preservado e apesar de ser muito grande, uma caminhada pelas dependências em um dia ensolarado pode ser revigorante.

Em seguida, vá ao National Air and Space Museum, o mais popular entre os museus do Smithsonian. O museu possui o maior acervo de aeronaves e naves espaciais do mundo. O museu também é um centro de pesquisa sobre a história, ciência e tecnologia da aviação além de também cobrir a ciência terrestre e planetária, geologia e geofísica.

O átrio central do museu conta com a exibição Marcos do Voo, com algumas das aeronaves mais importantes da história da aviação. São oito aeronaves penduradas no teto, passando por um avião-foguete, um modelo da primeira sonda a voar com sucesso para outro planeta, a primeira aeronave onde foi feito o primeiro voo supersônico, entre outros. No piso do átrio está localizado um foguete, amostras de rochas lunares, um míssil soviético e diversas outras peças distribuídas pelo espaço.

O museu possui mais de 50 mil peças e todo ano são adicionadas diversas outras. Para enriquecer ainda mais a experiência do visitante, existem dois simuladores de voo interativos no museu. A exposição How Things Fly é um sucesso entre as crianças pela interatividade com as peças e pelo aprendizado adquirido nas exposições.

A galeria Explore The Universe mostra o universo através de telescópios e fotografias, e conta como as pesquisas estão evoluindo e o que vem sendo descoberto com o passar do tempo.

Uma das galerias de mais sucesso com o público é a Exploring The Moon e ela retrata como foi a Missão Apollo à Lua. Muitas vestimentas estão expostas e declarações dos astronautas envolvidos na viagem.

A Space Race também é uma das galerias favoritas do público. A história da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética é contada sob o ângulo da corrida espacial entre as potencias que buscavam se destacar mais do que a outra criando mísseis, satélites e outros tipos de artefatos. Existem diversas aeronaves expostas em todas as galerias que o visitante pode adentrar e interagir.

Após a visita, siga em direção ao National Museum of African American History and Culture, museu fundado em 2003 e estabelecido permanentemente em 2016. Até a data da sua abertura definitiva em 2016, o museu se tornou o primeiro museu do mundo a abrir na internet antes de concluir a sua estrutura física que se destaca em relação aos outros edifícios de Washington.

O Smithsonian listou o número de itens da coleção do museu para mais de 40.000 objetos até maio de 2019.  Cerca de 3.500 itens estão em exibição ao público.

Os itens obtidos pelo museu foram inicialmente recebidos, conservados e armazenados no Smithsonian Museum Support Center em Suitland, Maryland. Depois que os artefatos foram selecionados para exibição, gráficos e etiquetas para cada item foram fabricados. Também foram compradas vitrines para cada item e exibindo montagens ou estojos especialmente projetados, artesanais para objetos particularmente frágeis, importantes ou de tamanho incomum. A instituição contou com a doação no valor de 2,5 milhões de dólares do jogador de basquete LeBron James para a realização desse projeto.

A coleção do museu contém uma série de itens raros datados dos séculos XV em diante.

Vários itens são do São José Paquete África, um navio negreiro afundado escavado na costa da África do Sul em 2015. O naufrágio é de propriedade dos Museus Iziko da África do Sul, e os itens serão emprestados a longo prazo ao museu. Itens de propriedade de Harriet Tubman, incluindo utensílios para comer, um hinário e um xale de linho e seda dado a ela pela rainha Vitória do Reino Unido. Itens relacionados incluem um retrato fotográfico de Tubman e três cartões postais com imagens do funeral de Tubman em 1913.

Um bebedouro segregado da era Jim Crow com o sinal “colorido” (indicando que era para ser usado somente por negros). Vestidos e outras peças de moda da estilista Ann Lowe que desenhou roupas para as famílias Roosevelt e Rockefeller. Ela também desenhou o vestido de noiva de Jacqueline Bouvier para seu casamento em 1953 com John F. Kennedy.

O acervo do museu conta com centenas de peças importantes para a comunidade afro-americana e é uma parada obrigatória na sua visita a Washington.

Em seguida, faça uma pausa para almoçar. Ande algumas quadras e tenha uma refeição no Cedar, restaurante de culinária contemporânea que cultiva os próprios ingredientes no rooftop da casa.

Após a refeição, siga até a United States National Arboretum, o local é aberto ao público todos os dias do ano, exceto no Natal. Estabelecido em 1927 por um ato do Congresso, o Arboreto visa aumentar a importância estética, ambiental e econômica das plantas paisagísticas e ornamentais. A atração faz isso através de jardins e exposições, pesquisa botânica de longo prazo e conservação de recursos. A propriedade deslumbrante de 446 acres contribui para uma visita inspiradora e visualmente cativante em qualquer época do ano.

O Arboreto apresenta uma impressionante coleção de plantas, cada uma com sua própria exibição. Uma das mais populares é a coleção de coníferas Gotelli, que mostra coníferas originárias de vários climas, incluindo as regiões ártica e subtropical. Bordos japoneses, gramíneas ornamentais e narcisos combinam com as coníferas para criar uma variedade atraente de cores. Não deixe de parar no mirante, onde você terá uma visão completa do jardim enquanto descansa.

O National Bonsai & Penjing Museum é outra característica notável do local. O museu é uma coleção fascinante de lendárias árvores japonesas e chinesas em miniatura. A arte japonesa do bonsai remonta a mais de mil anos, uma prática de cultivar belas árvores e mantê-las em um tamanho específico através da poda. A arte do penjing é uma versão ainda mais antiga da mesma prática. Você aprenderá sobre essa arte fascinante e seus elementos de conversação ao se deslumbrar com essas esculturas vivas e cenas naturais.

Como se não bastasse, ainda existem as colunas do Capitólio. A instalação permanente apresenta 22 colunas que sustentavam o pórtico leste do Capitólio dos EUA quando foi construído em 1828. Depois que a cúpula do Capitólio foi concluída em 1864, os construtores perceberam que as colunas não foram adequadamente construídas para apoiar a cúpula, criando um visual estranho. A questão estética não foi resolvida até 1958 e foi necessário aguardar até a década de 1980 para as colunas encontrarem seu local de descanso no prado Ellipse, no Arboreto.

Após esse momento revigorante, é hora de visitar o último museu do tour, o International Spy Museum.

O edifício em si já é uma atração a parte. O prédio foi projetado pelo arquiteto Richard Roger, o mesmo que projetou a fachada do Centre Pompidou em Paris. O prédio é todo cercado de vidro e ao mesmo tempo não revela nada do interior, já deixando o seu interior sugestivo, já que se trata de um museu de espionagem e o disfarce é parte essencial desse trabalho.

Assim que o visitante adentra o lobby do museu, ele já se depara com um Aston Martin DB5 que foi usado no filme da franquia 007 contra Goldfinger. Também existe um drone usado para missões de reconhecimento fotográfico aposentado pela inteligência americana.

O International Spy Museum é dividido em galerias temáticas. Em geral, em cada uma delas também passa um vídeo com o depoimento de ex-espiões, o que torna tudo mais interessante. O visitante é inserido na temática do museu como um espião que tem uma missão a cumprir designada no Briefing Room. Em todas as galerias um monitor dá dicas ao visitante de como ele pode desvendar a missão.

A visita ao museu começa no 5º andar, onde ficam as galerias com temática de Roubo de Segredos, Códigos Secretos e Técnicas Usadas em Missões Secretas, contemplando sabotagens a propagandas do governo.

Na primeira galeria, diversos acessórios usados em espionagem estão expostos. Interceptadores de conversas inseridos em objetos como canetas e armas como o batom-revólver são alguns exemplos.

Na galeria de Códigos Secretos, o destaque são as versões da máquina Enigma, considerado o primeiro computador do mundo criado pelo britânico Alan Turing para encriptar mensagens durante a Segunda Guerra Mundial.

Já na seção de Técnicas Usadas em Missões Secretas, há diversas menções as técnicas de disfarce e distração. O visitante também é convidado a se disfarçar para não ser identificado no encontro com o informante. Ainda existe uma análise psicológica de John Kennedy e Kruschev, líderes da Guerra Fria ao final dos anos 1960. É possível perceber os traços de personalidade que os levaram a tomar decisões que mudaram a história de ambos os países.

 

No 4º andar estão localizadas as galerias sobre História da Espionagem e os Desafios Atuais da Espionagem. Além dessas galerias, existe uma outra área onde é mostrado como era Berlim durante a Guerra Fria, com o muro ainda a dividindo sob o ponto de vista da espionagem.

Na galeria de História da Espionagem existe uma espécie de linha do tempo das principais operações de espionagem, desde os tempos de Genghis Khan até propagandas governamentais atuais. O Infinity Room também é um ponto importante do museu, um quarto de espelhos que faz um paralelo com os desafios da vida cibernética.

A última galeria do andar, a de Desafios Atuais da Espionagem expõe um painel com 10 espiões russos presos em 2010 que viviam como cidadãos americanos. Esse fato inspirou a produção da série The Americans que conta a história de uma família de espiões russos que se infiltra na vida da classe média americana enquanto continua em missão.

A visita termina no Debriefing Room onde o visitante recebe a avaliação da capacidade de espionagem baseado nas tarefas que foram executadas durante a estada no museu. É uma experiência única quando se trata de museus, não deixe de visitar quando planejar a sua viagem.

Para finalizar os três dias em Washington, vá jantar no Lafayette Restaurant que oferece de frutos do mar a massas onde presidentes e outras figuras do governo costumam jantar. Nada mais simbólico para encerrar seus três dias perfeitos na capital dos Estados Unidos.