ATENAS, Grécia – 3 dias Perfeitos

Três milênios de idade e um grande legado histórico fazem de Atenas o destino perfeito para qualquer pessoa que se interesse por cultura. Some isso a suas paisagens paradisíacas, sua impressionante arquitetura e a culinária esplêndida e temos um destino perfeito de férias.

Atenas pode ser considerada um museu a céu aberto, já que cada centímetro da cidade tem um pouco de história, seja ela antiga como os deuses que eram adorados pelos gregos ou contemporânea, devido às mudanças que a cidade sofreu para recepcionar os Jogos Olímpicos de 2004. Todos esses fatores tornam a cidade que guarda uma das heranças mais importantes do continente europeu o local perfeito para ser conhecido em três dias.

Dia 1

Comece o primeiro dia no Arco de Adriano, um portal monumental que se assemelha em alguns aspectos a um arco do triunfo de estilo romano. O Arco costumava atravessar uma antiga estrada no centro de Atenas para o complexo de estruturas onde existe o Templo de Zeus Olímpico. O Arco foi construído para comemorar a entrada do imperador romano Adriano e honrá-lo por seus benfeitos na cidade, em 132 d.C.

Até hoje não se sabe ao certo quem encomendou o Arco, embora seja provável que os próprios atenienses tenham sido responsáveis pela construção e concepção da obra. Existiam duas inscrições no arco, voltadas em direções opostas, nomeando Teseu e Adriano como fundadores da cidade. Na hora de fazer a sua foto, tente dar uma olhada no ângulo, pois é possível capturar a Acrópole na mesma foto.

Em seguida prossiga até o Templo de Zeus Olímpico, um dos maiores templos antigos dedicados a Zeus, que já era local de adoração de divindades e de antigos heróis desde a pré história.

O templo começou a ser construído em 515 a.C. embora só tenha sido concluído em 124 d.C., sob o governo do imperador Adriano, 638 anos após ter sido iniciado. O templo tinha 104 colunas colossais de 15 metros cada e era o maior de toda a Grécia. Ele também abrigava uma estátua do imperador atrás do edifício e no interior do edifício havia uma imensa estátua de ouro e marfim de Zeus.

No entanto, o templo caiu em desuso após o saque de uma invasão bárbara em 267 d.C. Depois desse evento o templo não foi restaurado, sendo reduzido a ruínas ao longo dos séculos. Em 425 d.C., o imperador cristão Teodósio II proibiu a adoração dos deuses antigos e perseguiu os pagãos no final do Império Romano. Nos séculos seguintes após a queda do Império Romano, o templo foi sendo desmantelado e sua estrutura foi sendo utilizada para a construção de casas e igrejas em outras partes da cidade. No local hoje é possível ver 15 das colunas originais e uma outra coluna que caiu durante um temporal em 1852.

Em seguida, siga pela rua Areopagitou, um calçadão que se tornou exclusivo para pedestres pouco antes dos Jogos Olímpicos de 2004. Não deixe de admirar a paisagem enquanto anda pela rua, é possível observar a Acrópole do lado direito da rua.

Ao final da rua você chegará a uma área verde chamada Filoppapou onde está localizada a colina de mesmo nome, conhecida como Colina das Musas e é um dos melhores lugares para contemplar Atenas do alto. No topo também está localizado o monumento funerário construído em homenagem a Julio Antíoco Filopapo, último príncipe do reino de Comagene, falecido em 116 d.C.

Após descer a colina, siga para Ágora Antiga, um ancestral centro de vida social, política e comercial de Atenas na antiguidade.

O local era como o coração da cidade, as reuniões que aconteciam ali eram debates políticos como eleições, celebrações religiosas, atividades comerciais e intervenções artísticas como peças de teatro. A Ágora Antiga era composta por um amplo espaço aberto cercado por diversos edifícios públicos com muitas funções diferentes.

Em seu interior existem monumentos em excelente estado de conservação, como o antigo centro comercial da cidade que hoje abriga o Museu de Ágora e o Templo de Hefesto, um dos templos datados de Antes de Cristo mais bem conservados de Atenas.

Existe a crença de que no tempo do Império Bizantino os ossos do lendário herói Teseu estavam enterrados no Templo de Hefesto, porém na realidade os supostos ossos foram enterrados no século V a.C. em outro local perto da Acrópole.

Saindo da área, você estará na região de Monastirakiou, um dos melhores locais para comer bem na cidade. Pare para almoçar no Bairaktaris Tavern Sigalas, um restaurante especializado em culinária mediterrânea e grega. No almoço é comum ter música ao vivo, tipicamente grega.

Após a refeição siga para o Museu da Acrópole de Atenas, uma das principais atrações da cidade e um dos museus mais importantes do país.

O museu foi aberto em 2009 e suas coleções têm como foco as descobertas feitas no sítio arqueológico da Acrópole de Atenas durante escavações. O moderno prédio foi construído para abrigar a coleção que até então residia em um outro edifício construído em 1878 que com as descobertas constantes acabou se tornando pequeno para abrigar a coleção e hoje é o local onde estão expostos todos os artefatos encontrados em toda a área da Acrópole desde a Idade do Bronze até a Grécia dos períodos romano e bizantino. A estrutura foi construída sobre algumas ruínas da antiga Atenas que até hoje são escavadas e é possível ver essas ruínas através de pisos de vidro.

A visita ao museu começa antes mesmo de se adentrar suas dependências. A entrada conta com um tipo de átrio aberto em que é possível caminhar por cima de escavações da cidade. Foram criadas plataformas onde o visitante consegue ver as ruínas poucos metros abaixo. Quando o visitante entra no museu, recebe do guia um mapa que sugere a rota a ser seguida para a visitação. Em sua visita, não deixe de seguir o planejamento pois dessa forma as obras estarão em ordem cronológica e assim você não perderá nada.

A visita começa no térreo, nesse piso se encontra a Galeria das Encostas da Acrópole, uma seção totalmente feita de vidro, incluindo o chão, permitindo que o visitante aviste a escavação que ocorre no interior do museu. Essa galeria exibe os santuários que foram criados nas encostas da Acrópole, assim como os objetos que os atenienses usavam em seu cotidiano através dos séculos.

A galeria seguinte é a da Galeria da Acrópole Arcaica que tem como foco apresentar artefatos que datam do século VII a.C. e vai até o final das Guerras Persas em 79 a.C. que contempla o período arcaico. Esse foi o período que nasceu a democracia grega, que houve avanços na economia, arte e vida intelectual. A galeria expõe representações do povo que vivia na região naquela época. Subindo as escadas você encontra um centro multimídia que exibe um filme sobre o Parthenon, não deixe de assistir antes de seguir para o próximo piso.

O terceiro piso do museu abriga a Galeria do Partenon, em que a estrutura original do edifício foi recriada em medidas exatas e ajudam o visitante a ter um vislumbre de como a construção era no passado. A galeria ainda contém textos explicativos que contam como o edifício foi construído e informa o visitante de em que outros locais no mundo existem pedaços do Partenon.

Descendo as escadas, no primeiro piso encontram-se as duas últimas exposições do museu. Os principais monumentos que constituem a Acrópole Clássica são o Propylaia, o Templo de Atena e o Erecteion, todos em exibição no museu. É possível ver o teto de Propylaia, o parapeiro de Atena e adornos de Erecteion.

A última exposição é a Galeria do “século 5 a.C. ao século 5 d.C.” e todas as representações encontradas nesse período de deuses, heróis, temas mitológicos e retratos. Nessa galeria também existem cópias de obras primas clássicas e representações de filósofos e figuras históricas.

O final da visita indica o momento de conhecer o cartão postal de Atenas, a Acrópole.

A palavra acrópole vem do grego e significa algo como “cidade no ponto mais alto”. Na Grécia Antiga, a Acrópole de Atenas era uma cidadela que ficava sobre uma grande colina a 150 metros acima do nível do mar, abrigando diversos edifícios de grande significado arquitetônico e histórico.

No século V a.C., após o fim das Guerras Persas, foi ordenada a construção desses edifícios, entre eles: o Propileu, o Erecteion, o Templo de Atena Nike, os Teatros de Dionísio e Herodus Atticus e, claro, o mais famoso deles, o Parthenon. O período romano foi marcado por reparos causados pela idade e pelas guerras. No século II d.C., um senador construiu um grande anfiteatro. Durante o período bizantino, o Parthenon foi usado como uma igreja, dedicada à Virgem Maria.

Após a Guerra da Independência Grega (1821-1829), a maioria das características que datavam dos períodos bizantino, franco e otomano foram removidas do local em uma tentativa de restaurar o monumento à sua forma original. Devido a diversas intervenções militares, poluição e idade, vários edifícios da Acrópole começaram a mostrar sinais de desgaste. Em 1975, teve início um amplo projeto de restauração, que ainda está em andamento.

A porta de entrada para a Acrópole é o Propileu, edificação datada de 432 a.C., construída em mármore branco e cinza que funcionava como uma espécie de portal para os visitantes. Partes do telhado ainda está no lugar e é fascinante perceber a grandiosidade do local.

O Templo de Atena foi construído cerca de doze anos depois do Propileu e era um centro de adoração à deusa na esperança de que ela intercedesse em favor dos atenienses na Guerra do Peloponeso contra os espartanos.

Em seguida, vá em direção ao Partenon, um dos edifícios mais famosos do mundo, criado em homenagem a Atena, deusa da sabedoria e padroeira de Atenas. Esse é o edifício mais importante de toda a Acrópole e a estrutura sobrevivente mais importante da Grécia Clássica e simboliza a democracia grega. Toda a Acrópole foi seriamente danificada durante o cerco de 1687 e parte da estrutura foi removida no começo dos anos 1800 e hoje podem ser encontradas no British Museum, em Londres.

Não vá embora até o por do sol, a Acrópole oferece uma das mais belas vistas da cidade e esse certamente será um ponto alto da sua visita.

Para terminar o dia, desça a escadaria da Acrópole e pare no Anafiotika, um restaurante muito agradável que oferece pratos tipicamente gregos e diversas outras opções. Não deixe de pedir uma taça de vinho e termine a primeira noite em terras gregas com o que ela tem de melhor a oferecer.

Dia 2

Se recomenda iniciar cedo o segundo dia, indo ao porto de Atenas e pegando um ferry com destino a Ilha de Aegina, viagem que dura ao redor de 1 hora.

Ao chegar na cidade, ande por suas ruas, pare em alguma sorveteria e experimente um refrescante sorvete de pistache que é tradicional na ilha e se permita andar sem rumo enquanto descobre as ruas estreitas e charmosas.

Aegina foi a primeira capital da Grécia moderna e embora seja pouco conhecida entre os turistas internacionais que preferem as ilhas mais famosas como Santorini e Mykonos, o local é bastante frequentado por cidadãos gregos de férias que buscam a tranquilidade que destinos mais populares nem sempre podem oferecer.

Comece a sua visita à ilha vendo a cidade do topo e o melhor local para fazer isso é a partir da colina onde está localizada o Templo de Afaia, um dos três locais do triângulo sagrado da Grécia – ao lado do Partenon e do Sunião. Com muitas figuras evocativas às mães com os seus filhos, ele é conhecido por muitos como um lugar de culto materno. Por estar no alto da colina, o caminho até o templo é belíssimo e chegando lá você terá uma vista deslumbrante de um dos lados da ilha.

Ao andar pela cidade, não deixe de tirar uma foto da igreja ortodoxa grega Santo Agios Nektarios, construída em 1846, com base no modelo da Igreja de Santa Sofia em Istambul.

A ilha tem como forte característica sua estrutura preparada para receber visitantes e isso também se reflete na gastronomia local. Quando sentir fome, não deixe de ir ao Kriton Gefsis, um dos restaurantes mais conhecidos no centro da cidade onde você poderá desfrutar de um excelente serviço em um ambiente muito agradável e de pessoas hospitaleiras que fazem você se sentir em casa. Recomendamos o peixe preparado à moda mediterrânea enquanto se escuta a música ao vivo que o restaurante oferece aos visitantes diariamente no almoço.

Após a refeição, siga para a praia de Agia Marina e relaxe na areia ou tome um banho de mar. Nessa região de praia existem lojas, pequenos cafés e bares e outros estabelecimentos. Não deixe de fazer uma caminhada pela orla antes de voltar para Atenas no final do dia.

Ao retornar para Atenas, siga para a Praça Monastiraki, uma das mais movimentadas da cidade, onde existem diversas opções gastronômicas e é comum que que os restaurantes disponibilizem mesas e cadeiras na parte externa, o que é ótimo para dias quentes de verão. A recomendação de jantar neste segundo dia de roteiro é o Efcharis, restaurante especializado em culinária grega onde você poderá experimentar pratos típicos e deliciosos.

Dia 3

Comece o terceiro dia no Museu Histórico Nacional de Atenas, que hoje está abrigado no edifício que serviu como Parlamento Grego até 1930.

O Museu conta a história da Grécia Moderna, incluindo o período do domínio otomano com a queda de Constantinopla em 1453, a Guerra da Independência Grega em 1821, a ocupação sofrida na II Guerra Mundial e o desenvolvimento político até os dias atuais.

O corredor central, para a direita e esquerda da entrada, está decorada pelos bustos de mármore dos reis da Grécia e de personagens históricos, além de duas figuras de proa de navios utilizados na Guerra da Independência em 1821. Há também uma grande pintura em óleo mostrando o massacre de Ilha de Chíos por Lykoúrgos Kogevínas, um artista das ilhas jônicas. É uma cópia de um trabalho de 1827 por Delacroix.

Após a visita, siga para a Praça Syntagma, uma das mais importantes da cidade e onde está localizado o Parlamento Helénico, sede do Poder Legislativo da Grécia.

O edifício do Parlamento representa o período inicial do neoclassicismo grego, sendo construído entre 1836 e 1840 e servindo originalmente como o palácio de Otto, príncipe da Bavária, que foi o primeiro rei da Grécia entre 1832 e 1862. Após a deposição de Otto, entre 1863 e 1922 o edifício serviu como residência da família real até 1922, sendo remodelado em 1930 para enfim abrigar o Parlamento Grego e tendo sua primeira sessão parlamentar no local em 1935.

Em frente ao Parlamento estão localizadas duas guaritas onde ficam os guardas presidenciais. Ao centro encontra-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, criado em 1932 e é em frente a ele que diariamente, de hora em hora, acontece a troca de guardas em Atenas. A cerimônia é bastante coreografada e atrai muitos turistas para o local. Aos domingos, as 11hs da manhã acontece a troca oficial da guarda que conta com a presença da banda militar.

O Parlamento fica localizada na Praça Syntagma, uma das mais importantes da cidade e que em tradução para português quer dizer Praça da Constituição. Todo o espaço foi construído em 1843 a mando do rei Otto e hoje é nesse local que acontecem comemorações e manifestações públicas na cidade.

Após a visita siga para o Jardim Nacional de Atenas, um coração verde no centro da cidade.

Os jardins foram criados em 1839 para ser um jardim de verão para a realeza, e no ano de 1923 foram abertos ao público. O urbanista dos jardins viajou pelo mundo todo em busca das plantas mais exóticas e especiais e a marinha grega fez o mesmo. O resultado é a ampla diversidade de flora do parque que tem atrativos como o pequeno lago artificial onde vivem diversas aves aquáticas, uma estufa, algumas ruínas de antigas edificações e inclusive um pequeno zoológico em que se podem ver alguns animais.

Após a pausa faça uma visita ao Estádio Panathenaico, o primeiro estádio de atletismo da capital grega. O local foi construído no ano de 566 a.C. e sediou a primeira Olimpíada moderna em 1896.

A primeira construção do local data de 566 a.C. e foi erguido para alojar a equipe atlética dos Jogos das Panateneias, festas realizadas em homenagem à deusa Atena. A primeira construção era em madeira e ao longo dos séculos foi sendo remodelado até ser reconstruído em mármore no ano de 329 a.C. e em 140 d.C. foi ampliado para a capacidade de 50 mil assentos. O local sofreu muito com invasões e desastres naturais e apenas em 1895 ele foi novamente reformado para os Jogos Olímpicos de 1896 e tinha capacidade de receber até 80 mil pessoas. Atualmente o local é usado para celebrações de importantes conquistas de atletas gregos como o Campeonato Europeu de Futebol em 2004. No mesmo ano as Olimpíadas voltaram a ser sediadas em Atenas e o Estádio Panathenaico recebeu as competições de tiro com arco e a chegada da maratona feminina e masculina.

Após a visita faça uma pausa para almoço na região. Conheça o Spondi, um restaurante que une culinária mediterrânea com técnicas da cozinha moderna sendo uma opção diferenciada para o almoço na cidade.

Após a refeição siga para um dos mais importantes museus de antiguidades do mundo, o Museu Arqueológico de Atenas.

O museu foi fundado em 1829 e abriga artefatos gregos que datam desde a Pré-História até a Antiguidade Tardia. É o maior museu da Grécia e é considerado um dos maiores museus do mundo, além de conter a mais valiosa coleção de itens da antiguidade grega do planeta. O museu funciona no mesmo prédio desde 1889 e foi construído em um estilo neoclássico assim como o jardim na frente do museu.

O edifício foi bastante modificado ao longo dos anos, sendo a modificação mais drástica no ano de 2004 em virtude das Olimpíadas, contemplando atualização técnica e estética do prédio, a instalação de um sistema de ventilação eficiente e a reorganização do museu em virtude do terremoto de 1999. Embora atualmente possua 8 mil metros quadrados de galerias, existem discussões sobre a necessidade de haver mais uma expansão visto que a coleção do museu segue crescendo.

A coleção conta com mais de 11 mil artefatos que oferecem um panorama da civilização grega desde a Pré-História. Apesar de conter exposições provisórias elogiadíssimas, existem 5 coleções permanentes que se destacam como a Coleção de Antiguidades Pré-Históricas que inclui obras das grandes civilizações que se desenvolveram ao longo do Mar Egeu de 6.000 a.C. até 1.050 d.C., contemplando os períodos Neolítico, Cicládico e Micênico além de achados dos assentamentos da antiga cidade de Thera, localizada onde hoje é Santorini.

A Coleção de Esculturas apresenta o desenvolvimento da antiga escultura grega do século VII a.C. até o século V a.C., apresentando em seu acerto obras primas únicas.

O museu conta com dezenas de galerias fantásticas que certamente não podem ser vistas em apenas um dia. Para otimizar tempo em sua visita já que há mais o que ver em Atenas, sugerimos conferir as Coleções de Esculturas, Coleções de Vasos e Objetos Menores e Coleções de Antiguidades Egípcia, que é considerada uma das melhores do mundo e inclui mais de 6 mil artefatos, estando em exposição cerca de mil.

Após sair do museu, siga para o Monte Lycabettus, o ponto mais alto da cidade.

Com 227 metros de altura, o Monte Lycabettus é o ponto mais alto de toda a cidade, contrariando a crença popular de que esse título pertencia à Acrópole. A colina de calcário leva consigo lendas populares de que o local já foi um refúgio de lobos, já que a palavra “lycos” significa “lobo” em grego. Segundo a mitologia, a deusa Atena criou o monte quando acidentalmente deixou cair uma montanha de calcário enquanto construía a Acrópole.

Embora ao visitar o local você possa ver a base da montanha coberta por pinheiros, eles não estiveram ali desde sempre. As árvores foram plantadas em 1880 e o reflorestamento continuou até 1915, criando o visual que temos como referência hoje. O local é sem dúvidas o melhor observatório da cidade, além de possuir diversos locais a serem visitados no topo.

Existem duas opções para subir ao monte, a primeira é subir a pé os quase 300 metros em uma subida muito íngreme, o que pode ser um desafio até mesmo para quem tem um bom preparo físico. Por isso, desde 1965 existe um bondinho que faz o trajeto por um túnel escavado no interior da montanha. A subida dura menos de cinco minutos.

Ao chegar ao topo, além da vista estonteante de Atenas em todas as direções, você encontrará a Capela de São Jorge, construída por volta de 1870 no mesmo lugar do antigo templo de Zeus Extremo. O interior da igreja é bastante adornado por pinturas de motivos bíblicos, vale a pena parar e observar por alguns minutos.

Também na colina existem o Teatro de Licabeto, construído em 1954 por iniciativa da atriz Anna Synodiou com o objetivo de realizar apresentações de teatro à moda antiga. O teatro tem capacidade para 3 mil pessoas e durante o verão muitos eventos são realizados no local. Ao por do sol se encaminhe para o observatório e veja a noite chegar a Atenas da melhor vista da cidade.

 

Para a ocasião, vale a pena jantar um pouco mais cedo e ficar na colina, pois o restaurante Orizontes Lycabettus é sem dúvida a mais bonita vista da cidade somada com a premiada cozinha do restaurante. Peça um vinho e se despeça de Atenas observando essa cidade histórica em um de seus melhores ângulos.